E de uma aceitável condenação das acções concretas contra os homossexuais rapidamente escala para a pretensão totalitária de fiscalizar pensamentos e intenções, procurando castrar qualquer opinião que não coincida com a ortodoxia.
A Homossexualidade é uma "escolha"?
Aqueles que desfraldam o "orgulho gay" e abanam o rabo nas marchas do "orgulho", garantem que sim. A ciência, pelo seu lado, parece indicar que se trate de uma condição biologicamente determinada. Por exemplo, este estudo de Ivanka Savic e Per Lindström , demonstra, sem margem para grandes dúvidas, que nos aspectos relevantes a arquitectura cerebral dos homossexuais masculinos é semelhante ao das mulheres heterossexuais e vice-versa. Para além disso a homossexualidade existe noutros mamíferos que não apenas o homo sapiens pelo que, a menos que se trate de uma "escolha" de um certo chimpanzé, resta a biologia como explicação. No sentido estatístico do termo é uma anormalidade, tal como o génio, também ele sustentado em cérebros com mais ou melhores conexões, ou as habilidades futebolísticas do Cristiano Ronaldo, sustentadas não sei em quê.
Nesta perspectiva, o "orgulho gay" é algo ridículo. Que um indivíduo se orgulhe de ser génio, ou meter golos como o caraças, faz algum sentido. Que se orgulhe de uma diferença que não lhe dá qualquer vantagem, não faz sentido nenhum, excepto como fuga para a frente.
É uma doença?
O fundamento biológico não torna a homossexualidade uma doença. O seu portador nasce apenas com uma característica biológica que não lhe confere vantagens reprodutivas pelo que, naturalmente, tenderá a ser "passada" cada vez menos às gerações futuras.
O que faz crescer as espécies, são pulsões sexuais puras e duras e as nossas são exactamente iguais às dos outros mamíferos. O modo como as estilizamos é que é diferente. Gostamos de embrulhar a coisa em palavras elevadas e sublimes, mas o que está lá dentro são as poderosas forças do sexo e da morte. Eros e Tanatos, a estratégia racional, ainda que não racionalizada, de escapar à morte e ao tempo, espalhando ao máximo os genes que assegurarão a continuidade.É uma das principais razões pelas quais desaguámos no presente como espécie bem sucedida. A cultura vem depois, para suavizar, estilizar, enfeitar, humanizar. Paradoxalmente, o facto de haver mais homossexuais na nossa espécie, pode dever-se exactamente ao ambiente culturalmente hostil, porque durante muitos séculos a homossexualidade foi socialmente estigmatizada e poucos se atreviam a assumi-la, acabando por procriar no seio de relações hetero normais. Principalmente as mulheres que não tinham escolha. Com a "saída do armário", os homossexuais já não precisam de fingir pelo que as suas configurações genéticas serão cada vez menos passadas às gerações seguintes e o mecanismo darwinista remetê-los-á para a irrelevância estatística. Assim, paradoxalmente, o orgulho "gay" terá como consequência a longo prazo, com mais ou menos complexidade, com mais ou menos factores influenciadores, o confinamento dos homossexuais a uma percentagem reduzida, semelhante à de outras espécies de mamíferos. Não desaparecem (e ainda bem, a espécie pode vir a necessitá-los e a variedade é uma das armas da espécie) mas tornam-se marginais…, outliers, no sentido estatístico da palavra.
Preconceito
Nada há de escandaloso ou preconceituoso nisto, a não ser que se considere Charles Darwin e Mendel como maldosos homofóbicos.
Todavia eu tenho preconceitos relativamente à homossexualidade. Tenho e reivindico o direito de os ter. Faz parte da minha liberdade básica e não penso abdicar dela. Mas, contrariamente à correcção política vigente, penso que os preconceitos sobre a homossexualidade não são o resultado da ignorância ou da maldade. Pelo contrário, sou da opinião que as razões mergulham fundo nos nossos arquétipos colectivos, e estão presentes na maioria das pessoas.Por uma questão de conveniência ou boa educação, controlamos o impulso de fazer chacota, disfarçamos a aversão, retocamos a máscara, tal como fazemos com pessoas estranhas, obesas, deformadas, etc. A moral vigente dá polimento às atitudes mas na viela iluminada da nossa consciência, não podemos esconder de nós próprios o que realmente somos: velhos primatas prontos a matar e morrer, caso a natureza nos alcance.
Eu não sou hipócrita a não ser quando me convém. Consigo conversar civilizadamente com qualquer pessoa e disfarçar o que realmente penso, em suma, agir com correcção. Mas isso é apenas verniz social.
Também não gosto de ver uma pessoa com um furúnculo no nariz.
Não gosto e pronto, viro a cara e olho para coisas bonitas. Mas se a pessoa insiste em vir meter-me o furúnculo à frente dos olhos, e exige o meu respeito pelo furúnculo, e esfrega-o no furúnculo de outro tipo em público e diz que tem orgulho e quer que o estado reconheça e dignidade do furúnculo, a situação torna-se irritante.É isto que se está a passar.
Há quem pense que os outros devem submeter-se à sua visão da homossexualidade como um sinal de "modernidade", de "progressismo". É uma guerra cultural que tem de ser rechaçada.
Casamento homossexual
Quanto à "discriminação do casamento", a argumentação não me convence. Até porque a malta que agora exige o "casamento gay", é exactamente a mesma que tende a desvalorizar o casamento tradicional. Porque razão pretende esta gente estender aos homossexuais um estatuto que tanto critica, trazendo o Estado para o interior de uma relação que o não necessita, é algo que me faz torcer o nariz. Entendo que os próprios pretendam ter acesso aos benefícios que o Estado garante aos casais heterossexuais. É racional que assim o desejem. Ora o Estado, enquanto comunidade politicamente organizada, tem interesse em proteger e incentivar relacionamentos normais, com potenciais benefícios para a sociedade. A começar pela procriação, condição sinequanon da sobrevivência da sociedade.
Mas também a família, o equilíbrio, a educação das gerações, o controle da agressividade que a testosterona provoca, (basta ver a estatística de acidentes entre homens novos solteiros e casados, ou saber que os homossexuais não fazem cavalinhos nas motas para impressionar as fêmeas, para se ter uma ideia do que isto significa), a noção de uma "razão" de vida, etc, etc, tudo boas consequências empíricas de uma relação normal. Nem todos têm estes benefícios? Claro que não mas isso só se sabe à posteriori.
Pelo seu lado, as relações homossexuais não são vantajosas para a espécie, até ver. Certamente que interessam a alguns indivíduos, mas há uma certa arrogância em alguém considerar que aquilo que é bom para ele, é automaticamente bom para a sociedade. A meu ver, a sociedade apenas deve "pagar" aquilo que é potencialmente do seu interesse. A homossexualidade não o é. As sociedades humanas não necessitam de proteger juridicamente, ou incentivar a relação homossexual, porque dela não colhem quaisquer benefícios. Pode um estado legislar sobre a relação homossexual, mas não se vêem razões de "bem geral" que o justifiquem. De qualquer modo, se se vier a estender o contrato de casamento à relação homossexual, não se entende porque há-de parar aí.
A fêmea escolhe. E é porque a fêmea escolhe que o macho se exibe e se arrisca, e quer mostrar que é melhor que o outro e que tem melhores genes. Porque a fêmea não tem outra estratégia senão a escolha criteriosa. As suas oportunidades são finitas, tem de jogar pelo seguro. Não tem biliões de óvulos para desperdiçar e se hipoteca um, convém que valha a pena porque o vai carregar durante muitos meses e porque a cria será indefesa durante anos. Os seus genes sobreviverão ao tempo e à morte, se a cria sobreviver. Tem de escolher bem… tem de escolher bons genes e um parceiro que proteja a cria.Essa é a sua estratégia. Subliminar, não racionalizada, na maioria das vezes, mas que se mostra clara nos comportamentos normais. Quase tudo se joga na biologia. A "correcção política" é uma moda de gente mimada, numa época mimada.Assim que a natureza reclama o seu lugar, as Sabinas voltam a ser raptadas e os homossexuais a levar com ovos na testa.
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