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Ao sabor da imaginação e do momento
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O comunismo foi positivo para a economia,
o Exército Zapatista é um “movimento social”
e a globalização quer transformar o mundo
num "vasto casino". Não é o programa do
PCP, são os manuais escolares de História
O Ministério da Educação está preocupado com a colocação dos professores e com as condições das escolas, com as reivindicações dos sindicatos e com as críticas da oposição, com as exigências da burocracia e com as notas dos alunos — está tão preocupado com todas estas coisas meritórias que parece que alguém se esqueceu de um pequeno, inocente e irrelevante detalhe: o que é que se ensina, exactamente, nas salas de aula?
A pergunta é simples e a resposta devia ser simples — mas é um pouco mais complicada do que parece. Nas aulas de História, por exemplo, devia ensinar-se História. Mas, como se percebe, o que se ensina é uma visão perturbadora, ideológica e falsa, absolutamente falsa, da História.
No manual Caminhos da História, para o 12.° ano, editado pela ASA, escreve-se:
“Qualquer que seja o modo como se encare a filosofia comunista, a verdade é que devem ser-lhe creditadas realizações positivas na economia: uma acentuada melhoria dos métodos agrícolas e do rendimento do solo, expansão considerável da industrialização; introdução daplanificaçáo que tem, pelo menos, a vantagem de evitar a superprodução.”
No mesmo livro, o Exército Zapatista mexicano é considerado um “movimento social” que defende o ambiente, a democracia e a justiça, esquecendo que se trata de um movimento de guerrilha num país democrático.
E há muito mais: a globalização vista como um incentivo a que o mundo se transforme “num vasto casino”, a crise dos sindicatos como uma consequência do “egoísmo” de alguns trabalhadores, e etc., etc., etc.
Se comprar casa só está ao alcance de alguns, alugar também não é para todos.
A invasão de estrangeiros endinheirados numa cidade sobrelotada (Luanda foi projectada para receber 500 mil habitantes, hoje tem cinco milhões) fez com que os preços dos arrendamentos disparassem nos últimos cinco anos. Um português expatriado em Angola contou ao DN que o grosso dos engenheiros, advogados e arquitectos estrangeiros estão instalados no centro da cidade, na zona de Kinaxixi. onde pagam em média dois mil euros por mês por um T2 num prédio com mais de 30 anos, sem elevador e com constantes infiltrações, entupimentos e falhas de energia.
Já os altos quadros de empresas estrangeiras e os angolanos milionários vivem barricados em condomínios de luxo em Luanda Sul a 17 km do centro da cidade, resguardados dos musseques que os cercam. Seguranças armados à porta 24 horas por dia, piscina nas traseiras e heliporto no quintal isolam os muito ricos do resto da paisagem decadente. Deslocam-se em seus, jipes e Porsches de vidros fumados indiferentes a que 80% da população da cidade não tenha energia eléctrica (segundo um estudo da UNICEF) e que 11 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza. Uma visita ao Google Earth é esclarecedora das assimetrias abissais. Condomínios em forma de trevo com as suas piscinas de um azul profundo destacam-se entre a imensidão do musseque que do céu parece um amontoado de lata velha.O fosso entre os muitos ricos e os muito pobres escava-se diariamente. Em breve, outro condomínio irá nascer em Luanda Sul. Da responsabilidade do maior consórcio diamantífero de Angola, o Catoca/Endiama, as casas estão a ser comercializadas em segredo, apenas através de contactos pessoais. Ao mesmo passo a que a cólera invade os musseques e as barracas invadem a cidade, constrói-se mais um bunker para os milionários.O luxo na baíaNa baía de Luanda os novos prédios que se erguem com vista sobre o mar são luxuosas sedes de grandes empresas corno a BP e a Exxon Mobil. A requalificação da marginal é uma iniciativa do consórcio Luanda Waterfront Corporation, do empresário português José Récio. muito próximo de José Eduardo dos Santos. O projecto, aprovado pelo Governo em 2005, inclui a construção de parques de estacionamento, de uma nova ponte de acesso à ilha de Luanda, a criação de espaços verdes, a par da construção de hotéis e prédios de escritórios. Inicialmente, foi também aprovada a construção de uma ilha artificial (ver em cima desenho do projecto), inspirada na fanhosa Palm do Dubai. mas os veementes protestos de ambientalistas deram os seus frutos e, por agora, o projecto parece ter sido abandonado.... não havia corrupção, não havia nepotismo, não havia autoritarismo.
Para José Sócrates, agora Angola é um país “livre”, “democrático” e “transparente”, onde se vota com “total liberdade”. Tudo o resto, é invenção dos media... e dos observadores internacionais.
Para a chefe da missão enviada pela União Europeia para fiscalizar as eleições, estas foram um “desastre” — pelo menos em alguns casos pontuais.
Durante todo o processo houve “desigualdades”: “uso indevido dos recursos do Estado por parte do MPLA”, “distribuição de ofertas do Governo” a líderes tradicionais e cobertura televisiva muito favorável ao Governo.
No dia da votação, os cadernos eleitorais — que a missão de observadores considera “um dos controlos mais importantes previstos na lei” — não foram distribuídos e as normas internacionais foram violadas.
Perante estas conclusões, não vale a pena falar das queixas da oposição, dos despedimentos por motivos políticos, do clima de medo geral, do enriquecimento repentino da família de José Eduardo dos Santos, da proibição de entrada de jornais internacionais incómodos, da coincidência da abstenção generalizada em regiões da oposição e dos surpreendentes mais de 8o°h de votos numa eleição democrática com cinco partidos.
Para o Governo português, tudo isto é livre, transparente e especialmente uma enorme oportunidade de negócio.
Por Joaquim Moedas Duarte
Fui professor durante 37 anos na Escola P. Francisco Soares de Torres Vedras e reformei-me em Janeiro passado. Hoje, dia 1 de Setembro, senti necessidade de voltar à escola para dar um abraço solidário aos meus colegas.
Num expositor da Sala de Professores deixei este texto, que partilho agora com o grupo mais alargado dos leitores deste blogue, cujo mérito tenho divulgado sempre que posso.
Não sou protagonista de nada: o meu caso é apenas mais um no meio de milhares de professores a quem este Governo afrontou. Só quem não conhece as escolas e tem uma ideia errada da função docente é que não entende isto.
É doloroso ouvir pessoas que sempre deram o máximo pela sua profissão, que amam o ensino e têm uma ligação profunda com os alunos, a dizerem que estão exaustas e que lamentam não serem mais velhas para poderem reformar-se já. Vejo com enorme tristeza estes colegas a entrarem no ano lectivo como quem vai para um exílio. Compreendo-os bem…Este estado de coisas tem responsáveis: são a equipa do Ministério da Educação e o Primeiro-ministro.A eles se deve a criação de um enorme factor de desestabilização e conflito nas escolas que é a divisão artificial da carreira docente entre 'professores titulares' e os outros que o não são. Todos fazem o mesmo, a todos são pedidas as mesmas responsabilidades, mas estão em patamares diferentes, definidos segundo critérios arbitrários.A eles se deve um sistema de avaliação de desempenho que não é mais do que a extensão administrativa daquele erro colossal.
A eles se deve a legislação que não reforça a autoridade dos professores na escola, antes os transforma em burocratas ao serviço de encarregados de educação a quem não se pedem responsabilidades e de alunos a quem não se exige que estudem e tenham sucesso por mérito próprio.
No ano passado 100 000 mil professores na rua mostraram que não se conformavam com este estado de coisas. O Governo tremeu. Mas os Sindicatos de professores não souberam gerir esta revolta legítima. Ocupados por gente que não dá aulas, funcionalizados e alienados pelo sistema, apressaram-se a assinar um acordo que nada resolveu, antes adiou um problema que vai inquinar o ano lectivo que hoje começa.
Todos os que podem estão a vir-se embora das escolas, é a debandada geral. Gente com a experiência e a formação profissional de muitos anos, que ainda podiam dar tanto ao ensino, retiram-se desgostosos, desiludidos, magoados. Deixaram de acreditar que a sua presença era importante e bateram com a porta. O Governo não se importa, nada faz para os segurar: eram gente que tinha espírito crítico e resistia. «Que se vão embora, não fazem cá falta nenhuma!»
Não, não tenho pena de não voltar à escola. Pelo contrário: entro em Setembro com um enorme alívio. Mas não me sinto bem. Estou profundamente solidário com os meus colegas de profissão e tenho a estranha sensação de que os abandonei, embora saiba quanto isso é pretensioso da minha parte. Vejo com apreensão e desgosto que, trinta e sete anos depois de começar a ser professor, a escola não está melhor.
Sim, regressarei hoje à escola. Mas só para dar um imenso abraço àqueles que, corajosamente, como professores no activo, enfrentam um novo ano lectivo.
Torres Vedras, 1 de Setembro de 2008
Se José Sócrates teve a sua "NOVAS OPORTUNIDADES" para "tirar" uma Licenciatura em Engenharia a um domingo numa Universidade que ele próprio mandou mais tarde encerrar, não fosse o diabo virmos a conhecer mais coisas, com uma disciplina tirada por FAX, quatro disciplinas feitas por um professor seu amigo e mais 25 (vinte e cinco!!!) disciplinas oferecidas por equivalência PORQUÊ que este jovem não havia de ter também a sua "NOVAS OPORTUNIDADES"?
Via mais rápida para o sucesso, NÃO HÁ. Só mesmo o tal Diploma conseguido por FAX com muito suor e lágrimas pelo José Sócrates nas barraquinhas de marroquinaria da tal, já encerrada, Universidade Independente. Vejam a revista Sábado do dia 21 de Agosto, página 28.
Esta verdadeira OFERTA que são as "Novas Oportunidades" e os "Cursos de Formação e Educação de Adultos", são uma treta. São uma forma de os alunos fugirem SEMPRE, vou repetir, SEMPRE aos exames nacionais ficando com o 12º ano. Em 6 meses, um aluno com o 5º ano (antigo 2º ano) fica com habilitações do 9º ano (antigo 5º ano) e, passados mais 6 meses, fica com o 12º ano (antigo 7º ano+1).
Tudo isto sem as disciplinas tradicionais, apenas com disciplinas temáticas e outras que passam pela "experiência de vida".
Pois bem, mas o que é certo é que o atleta olímpico Pedro Póvoa dos Ultra da Ribeira da claque dos Super Dragões do Futebol Clube da Fruta, aproveitando-se desta OFERTA e do Estatuto de Alta Competição, (que permite a esses atletas escolherem qualquer curso com qualquer média) é candidato a Medicina, na Universidade do Minho.
E depois a culpa continua a ser dos professores.
Ai Scolari, Scolari ... : E o burro sou eu?
"Lançar a esta hora foi muito complicado. De manhã só estou bem é na caminha." Marco Fortes - Lançador do Peso, classificado em 38º
"A arbitragem estava feita para ganhar a chinesa."Telma Monteiro - Judoca, classificada em 9º lugar
"Não me dou nada bem com este tipo de competições." Vânia Silva - Lançadora do Martelo, classificada em 46º
"Vou de férias. Não vou participar nos 5.000 metros porque não vale a pena." Jessica Augusto - Meio Fundista, eliminada nos 3.000 metros obstáculos
"A égua entrou em histeria com o écran de vídeo." Miguel Ralão Duarte - Cavaleiro, desistiu na disciplina de «dressage»
"Ai Car****! Ainda bem que já passou a prova." Vanessa Fernandes - Atleta de Triatlo, Medalha de Prata
"Não me recandidato e saio de consciência tranquila" (19.08.2008 ) "Admito recandidatura para o 5º mandato" (22.08.2008 ) Comandante Vicente Moura - Presidente do COP
"Aproveito a ocasião para deixar uma palavra de confiança e homenagem a todos os atletas portugueses participantes nos Jogos Olímpicos." José Sócrates - 1º Ministro, não foi a Pequim
... para já não falar no Sérgio Paulinho que DESISTIU (!?) em cima da hora de ir aos Jogos "por causa da asma" depois de andar a receber um subsidio de alta competição para se preparar para os Jogos durante 4 anos
É GRAVE esta falta de verdade. MUITO GRAVE mesmo. E revolta muito mais a forma ardilosa como a empresa procurou OBRIGAR ao cumprimento de um contrato sem terem a possibilidade que a lei confere de, com lisura, seriedade e serenidade o resolverem se nessa reflexão chegassem a essa conclusão.