... não havia corrupção, não havia nepotismo, não havia autoritarismo.
Para José Sócrates, agora Angola é um país “livre”, “democrático” e “transparente”, onde se vota com “total liberdade”. Tudo o resto, é invenção dos media... e dos observadores internacionais.
Para a chefe da missão enviada pela União Europeia para fiscalizar as eleições, estas foram um “desastre” — pelo menos em alguns casos pontuais.
Durante todo o processo houve “desigualdades”: “uso indevido dos recursos do Estado por parte do MPLA”, “distribuição de ofertas do Governo” a líderes tradicionais e cobertura televisiva muito favorável ao Governo.
No dia da votação, os cadernos eleitorais — que a missão de observadores considera “um dos controlos mais importantes previstos na lei” — não foram distribuídos e as normas internacionais foram violadas.
Perante estas conclusões, não vale a pena falar das queixas da oposição, dos despedimentos por motivos políticos, do clima de medo geral, do enriquecimento repentino da família de José Eduardo dos Santos, da proibição de entrada de jornais internacionais incómodos, da coincidência da abstenção generalizada em regiões da oposição e dos surpreendentes mais de 8o°h de votos numa eleição democrática com cinco partidos.
Para o Governo português, tudo isto é livre, transparente e especialmente uma enorme oportunidade de negócio.
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