tag:blogger.com,1999:blog-35245120549238317792024-03-13T02:05:32.214+00:00PSITACÍDEOAo sabor da imaginação e do momentoUnknownnoreply@blogger.comBlogger696125tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-89638880231552351082011-10-01T00:12:00.048+01:002011-10-10T12:45:23.077+01:00EROSÃO<div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-size: large;">Erosão, um fenómeno natural e previsível, mas que surpreende sempre.</span></strong></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-size: x-small;">Luiz Chinguar </span></div></div><div style="text-align: right;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-size: x-small;">Setembro 2011</span></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">«A destruição do solo, isto é, a perda da substância apropriada à vegetação, deve acelerar-se à medida que a terra é mais cultivada e os habitantes mais industriosos consomem uma quantidade muito maior os seus produtos de toda a espécie.»</div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Jean Jacques Rosseau-Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens-1755. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">«A Natureza sabe ser generosa quando se faz alguma coisa por ela.» Hidrólogo francês a respeito da excelente resposta da Natureza aos benefícios ambientais feitos nas margens das auto-estradas francesas. </div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><strong>1. - História</strong></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Água, ar e solo é a tríade sobre a qual assenta a vida na Terra. A degradação de qualquer destes componentes traz sérias implicações a todas as formas de vida. Mas sempre houve, e haverá, uma degradação natural intrínseca das transformações da biosfera. A poluição da água, devida às grandes enchentes, a poluição do ar devida aos incêndios naturais e vulcões e a perda lenta do solo foram sempre fenómenos naturais ligados à vida da Terra.</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Só a partir da étapa industrial-século 18- que originou as fábricas, as grandes cidades, a mecanização da agricultura e as terraplenagens, é que os processos de contaminação, poluição e erosão se aceleraram e tomaram proporções tais que originaram a ruptura brusca do equilíbrio, até então existente. </div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As primeiras preocupações generalizadas incidiram sobre a água e o ar por serem componentes de utilização direta.</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">O solo, por ser de utilização indireta e restrita, não mereceu, de imediato, as devidas atenções , embora já houvesse gente perspicaz antecipando um problema futuro. A degradação do solo começou, verdadeiramente, a merecer as primeiras atenções no célebre mês de maio de 1934. J.Dorst, no seu livro “Antes que a natureza morra”(São Paulo, Blucher,1973) faz a seguinte descrição:</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">«<em>Em 1931, no momento da famosa depressão económica americana, surgiu uma terrível seca que se prolongou nos anos seguintes. O solo ressecado totalmente degradado, privado de toda e qualquer proteção vegetal, converteu-se em poeira finíssima arrastada pelos tufões. O dia 12 de maio de 1934, especificamente, permanecerá nos anais da utilização das terras como um dia de luto, pois as grandes planícies foram vítimas de um cataclismo, sem precedentes na história americana. Com efeito, os ventos arrancaram violentamente as terras reduzidas a poeira de uma vasta zona estendendo-se sobre o Kansas, o Texas, o Oklahoma e a parte ocidental do Colorado, arrastando-se para leste em nuvens negras e fazendo-as atravessar dois terços do continente americano. Uma parte dessa poeira caiu sobre o leste dos Estados Unidos, escurecendo o ceu de Washington e de Nova York; uma outra parte foi transportada até ao Atlântico. A região, de onde toda essa terra foi retirada, chamada desde então “Bacia do Pó”(Dust Bowl), foi vítima de uma erosão eólica cujos estragos se repetiram por várias vezes durante esse mesmo período</em>.»</div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A origem deste desastre ecológico foi imputada somente à ação do homem que contrariou as mais elementares leis naturais. A cobertura vegetal, sobretudo as gramíneas (capins),foi eliminada nas grandes planícies dos Estados Unidos e substituída por campos de cereais, cujo poder protetor, em relação ao solo, é bastante reduzido. </div><div style="text-align: justify;">A mecanização agrícola, que apareceu após a guerra na Europa (1914-1918), foi a grande responsável pela eliminação da vegetação natural em milhares de hectares. A mecanização teve origem no aproveitamento dos primeiros tanques de guerra aparecidos em 1917. Pode afirmar-se que foi ela que deu um colossal impulso à agricultura; esta nasceu de sucata bélica. </div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As grandes planícies nos Estados Unidos, com chuvas escassas, sujeitas a grandes tufões, ficaram altamente vulneráveis à erosão eólica, depois da eliminação mecanizada e fulminante como nunca tinha acontecido, de toda a cobertura vegetal.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">Devido a este desastre foi criado nos Estados Unidos o serviço de conservação do solo (Soil Conservation Service) que serviu e serve de modelo, embora infelizmente não copiado pela maioria dos países no mundo. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-n3yXnc9qU3s/ToZEaX5TrMI/AAAAAAAAE2c/iEExwCadW-Q/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326px" src="http://1.bp.blogspot.com/-n3yXnc9qU3s/ToZEaX5TrMI/AAAAAAAAE2c/iEExwCadW-Q/s400/1.jpg" width="400px" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 1</strong> Imagem aterradora do Dust Bowl no centro dos E.U.A. em 1934.</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">De lamentar que ainda hoje prevalece a perniciosa teoria de que as florestas devem ser convertidas, indiscriminadamente, em pastos ou culturas “«...porque é preciso alimentar o mundo.» Um desmatamento é sinal de progresso. Terras desmatadas significam que a terra está “aproveitada”, a floresta é um obstáculo ao progresso. Isto está a ser ampliado com a ideia sobre os abusivamente denominados biocombustíveis. Bio significa vida e eles onde entram é para destruir a vida natural que lá existe! </div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As restrições ou até proibições ao mau uso do solo não são bem aceitas, às vezes até ridicularizadas. O que interessa é agradar ao povo, deixando proliferar os meios anárquicos, e predatórios, de ocupação e mau uso do solo através de uma agricultura oportunista, que apodamos de mineradora, de um pastoreio indiscriminado, de loteamentos ou urbanizações irracionais, de minerações mais do que discutíveis, de pedreiras mal dirigidas, de terraplenagens irracionais e de extracção de areias dentro do leito de rios, perniciosas,quando não fatais, porque alteram a mecânica fluvial. E, sobretudo, o atropelo às leis que protegem o ambiente, à invasão criminosa, ao arrepio das autoridades, de áreas convertidas, após lutas insanas de defesa, em zonas protegidas.</div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">À exceção de muito poucos países, onde a preocupação pela salvaguarda dos três componentes vitais-água, ar e solo-é uma constante diária, nota-se, por todo o mundo, uma violenta deterioração dos solos, com perda de recursos essenciais para a agricultura. Esta deterioração inclui a erosão do solo, a compactação e consequente impermeabilização, o aumento da salinização de terras irrigadas, a perda de bons solos em favor do desenvolvimento urbano, danos nas colheitas devidas à poluição do ar e água e a consequente extinção de espécies vegetais e animais.</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">A degradação dos solos está ocorrendo rapidamente, em muitos países, com o aumento das condições propícias para desertificação nas regiões áridas e perda da fertilidadde, ou até da aptidão para a agricultura, nas regiões mais humidas.</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">A falácia dos biocombustíveis, infelizmente, é um catalisador no já grave problema de erosão, degradação e contaminaçãos dos solos com os “cidas”(herbicida, insecticida, pesticida etc). Não somos radicais quanto aos insecticidas, especialmente com o DDT que, indiscutivelmente, baixou a taxa de mortalidade da malária; somos, sim, pelo seu uso indiscriminado e despropositado para salvaguardar as agriculturas mineradoras nas quais incluímos, como é óbvio os abusivamente intitulados biocombustíveis; o nome correto será agro-combustíveis. </div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">A engenharia civil, por onde passa, deixa feridas na paisagem. Nas terraplenagens nunca houve a preocupação de repor a cobertura vegetal natural. É frequente, especialmente ao longo das estradas, depararmos com antigos locais de empréstimos de aterros, totalmente erodidos e sem drenagem, com inestéticos taludes de cortes onde se não vislumbra o mínimo interesse em seu revestimento vegetal.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="292px" src="http://4.bp.blogspot.com/-O3ayJTyX3uA/ToZEajLRG7I/AAAAAAAAE2k/ypTlGIeFCiw/s400/2.jpg" width="400px" /></div><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 2</strong> Imagem após a grande tempestade de pó (Dust Bowl) em 1934. Esta tragédia, que obrigou à migração do grande parte dos agricultores do centro oeste dos Estados Unidos, foi o assunto em torno do qual se desenvolveram dramas familiares magistralmente descritos por John Steinbeck no romance “As Vinhas da Ira”,( Henry Fonda) transportado para o cinema por John Ford. O solo ficou imprestável para a agricultura durante muitos anos; teve que se fazer laboriosas recomposições do solo arável. Foram trabalhos brilhantes do SCS (Soil Conservation Service) sob orientação do agrónomo Hugh Hammond Bennet o “pai” da conservação do solo. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
Só quando os taludes começam a desfazer-se é que aparece uma intervenção dos orgãos responsáveis, com custos que poderiam ter sido minimizados a tempo. <br />
<br />
A terra vegetal, proveniente das “limpezas” iniciais, chamada anedoticamente de “expurgo”,é na maioria das vezes levada a depósito, ou seja, é abandonada em locais de onde não surgem reclamações. O mesmo se passa na triste paisagem que testemunha uma antiga pedreira, geralmente com águas estagnadas, onde não raro morrem crianças afogadas. É tempo de se disciplinarem todas as operações que levem à descaracterização da paisagem. Um simples abate de uma árvore é um atentado ambiental. E que dizer sobre os incêndios? <br />
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<strong>2. - Erosão </strong><br />
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A erosão, sendo um fenómeno natural, é a principal causa da modelagem da Terra. A existência de solos férteis de aluvião é devida aos fenómenos erosivos qu se processaram ao longo de milhões de anos. Segundo Gottschalk «erosão é o desgaste da Terra».<br />
Um modelo simplificado de erosão compreende a desagregação, o transporte e a deposição do solo que podem ser executadas por diversos agentes.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"></span></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-wY6SyJ8PCGA/ToZEall4_7I/AAAAAAAAE2s/cQbTYH4zc-8/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="194px" src="http://3.bp.blogspot.com/-wY6SyJ8PCGA/ToZEall4_7I/AAAAAAAAE2s/cQbTYH4zc-8/s320/3.jpg" width="320px" /></a></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 3</strong> Localização da Bacia do Pó (Dust Bowl) no centro oeste norte americano, abrangendo os estados de , Wyoming,Dakota do Sul, Nebrasca, Colorado, Kansas,Oklahoma,Texas, Novo Mexico e parte norte do México..</span></div><br />
Quando o modelo se processa ao longo de um tempo apreciável, às vezes fora da escala humana, estabelece-se um estado de equilíbrio, e a erosão não traz danos ao meio ambiente,pelo contário, até contribue para a vida e reprodução de animais e plantas. É a erosão geológica, normal ou lenta. A turbidez dos rios, causada pela erosão normal, proporciona alimento para os peixes, e consequentemente para toda a cadeia alimentar fluvial, além de aumentar a fertilidade dos solos a jusante. Todas as grandes civilizações do passado-Egito, India e China principalmente-basearam as suas economias nas planícies aluviais compostas de sedimentos muito férteis. A Terra, desde a sua génese, tem experimentado sempre este tipo de erosão e a sua modelagem atual a ele deve ser imputada.<br />
<br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-6U86kzhsDL8/ToZEhcdF2JI/AAAAAAAAE20/7rOm8LEu3oA/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198px" src="http://3.bp.blogspot.com/-6U86kzhsDL8/ToZEhcdF2JI/AAAAAAAAE20/7rOm8LEu3oA/s320/4.jpg" width="320px" /></a></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 4</strong> Modelo geomorfológico Erosão - Deposição</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Quando o modelo se processa em tempo muito curto há uma ruptura brusca do equilíbrio , com arrastamento exagerado de materiais, e suas consequências são desastrosas para o meio ambiente. A erosão anormal ou acelerada é unicamente provocada pelo homem. Por isso é ,também, designada por erosão antropogénica ou erosão antrópica.</div><br />
<strong>2.1 - Agentes da erosão</strong><br />
A erosão é provocada pelos seguintes agentes:<br />
Vento-dá origem à erosão eólica.<br />
Água- origina a erosão hídrica, a mais comum e de maiores efeitos.<br />
Gravidade-responsável pelo movimento de solos e rochas, altamente mortífera. Exemplo:os deslizamentos de encostas nas grandes cidades.<br />
Gelo-existente só em climas muito frios, provoca enormes desmoronamentos e esmagamentos, devido às diferenças de temperaturas ou grandes perturbações nas massas polares em equilíbrio instável.<br />
<br />
<strong>2.1.1- Vento </strong><br />
É o agente principal nas regiões áridas ou semi-áridas. Nestas, em topografia plana, com solos de pouca coesão, a ação do vento é demolidora, como já citámos o desastre Dust Bowl originado pelo vento. Conforme o diâmetro das partículas de solo os sedimentos podem percorrer centenas de quilómetros antes de depositarem. <br />
Para haver erosão eólica é condição primordial estarem os solos bem secos; isto dá-se em regiões onde a chuva anual é inferior a 300 mm. Os efeitos em grande escala só podem ocorrer quando há ventos constantes e fortes em vários níveis e sobre extensas áreas planas. <br />
<br />
Um caso interessante é o loess uma palavra que deriva do alemão loss (solto). Trata-se de uma partícula de solo muito fino constituído por argila e silte em percentagem maior do que 50%. Ocorre principalmente no norte da China e dos E.U.A. onde se processam violentas tempestades de areia que arrastam o solo até centenas de quilómetros. O rio Amarelo na China deve o seu nome à deposição dos sedimentos (loess amarelo), ao longo de milhares de anos, arrastados pelos ventos e depois pela erosão hídrica. <br />
<br />
As regiões do mundo, sujeitas à erosão eólica, são o centro dos Estados Unidos (onde se desenvolveu o Dust Bowl) o norte de África, o interior da Rússia, a China, a península Arábica, o Irão, o sul de Angola e toda a Namíbia, o centro da África do Sul e a parte central da Austrália.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-mpz68S27p88/ToZEhuWEnsI/AAAAAAAAE28/p8C-vR-t01w/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="277px" src="http://3.bp.blogspot.com/-mpz68S27p88/ToZEhuWEnsI/AAAAAAAAE28/p8C-vR-t01w/s400/5.jpg" width="400px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 5</strong> Erosão eólica no mundo</span></div><br />
<strong>2.1.2- Água -Erosão hídrica</strong><br />
Pode ser :<br />
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Pluvial- quando provocada pelas chuvas.<br />
Fluvial- quando se processa nas linhas de água- rios, ribeiros e córregos.<br />
Lacustre- quando se verifica em lagos ou albufeiras<br />
Marinha - originada pela água do mar e seus infinitos fenómenos.<br />
<br />
Estas erosões podem aparecer combinadas: por exemplo uma chuva intensa pode provocar um enxurrada, com arrastamento de encostas inteiras; estas, ao entraram nos rios, associam-se à erosão fluvial provocada pela velocidade do rio.<br />
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<strong>2.1.3- Gravidade</strong><br />
<strong></strong><br />
Quando o peso do material excede as forças de resistência, representadas pelo atrito entre o solo e as rochas, ocorre a erosão por gravidade. As forças de resistência do solo ficam muito fracas quando há um aumento de infiltração provocado pela destruição da cobertura vegetal ou quando se efetuam cortes em terraplenagens que não levam em conta a estabilidade dos taludes.<br />
A erosão por gravidade inclue os deslizamentos de encostas e o afundamento de áreas planas, às vezes fora da época das chuvas.<br />
A queda de terras situadas nas margens dos rios é, também, um tipo de erosão por gravidade, conhecida popularmente por “desbarrancamento”. Este fenómeno é novo em Angola devido ao garimpo desenfreado de diamantes nos rios que principiou após a independência em 1975. <br />
<br />
O deslizamento de encostas, infelizmente, vai-se tornando comum, à medida que se fazem urbanizações, às vezes sem estudos adequados, ou invasões “morro acima” sem quaisquer critérios técnicos e muito menos com preocupações de segurança.<br />
<br />
<strong>2.1.4 – Degelo</strong><br />
<br />
O congelamento da água, com fraturas e fendas, provoca a desintegração das rochas.As grandes massas de gelo (glaciares) podem triturar os materiais transformando-os em pequenos blocos que são arrastados pela águas do degelo. Além da própria erosão local estes materiais irão provocar mais erosões a jusante. Um fenómeno de grandes proporções é o dos glaciares que, na sua essência, são grandes “rios”de gelo que se deslocam lentamente libertando quantidades brutais de energia. É um lento trabalho de atrito. Os glaciares entram, muito lentamente, no mar, onde se precipitam, espetacularmente. Agora é comum ver-se isso na TV, aproveitado pelos catastrofistas do aquecimento global, que atribuem este fenómeno natural como sendo uma sua consequência.<br />
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<strong>1.5 Erosão hídrica pluvial</strong><br />
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É o escopo deste artigo, daqui para diante denominada simplesmente por erosão. A chuva é o agente da erosão e o seu trabalho compreende a desagregação, o transporte e a deposição dos materiais carreados ou sedimentos.<br />
<br />
A desagregação é feita pelo bombardeio do solo através das gotas de chuva; pode ser por salpicos, ou por impacto ou embate. A erosão por impacto é a de maior poder destruidor e, por isso, é a principal forma de desgaste do solo. Ém áreas muito planas há uma atenuação do impacto devida ao fato de se acumular água que, ao tomar uma certa espessura, acaba por cobrir o solo e serve de colchão para o amortecimento da força das gotas. A erosão por impacto é mais severa em vertentes muito inclinadas e desprovidas de vegetação, justamente as condições mais frequentes na construção de estradas, nas minerações, nos loteamentos, nas invasões urbanas anárquicas e, sobretudo, em práticas agrícolas sem preocupações ambientais (agricultura mineradora).<br />
<br />
Uma vegetação densa anula toda a energia cinética (velocidade) das gotas, motivo por que é de fundamental importancia não se abandonar um solo desnudado (sem vegetação). Quanto mais baixa for a densidade da vegetação maior é a erosão, mas esta lei pode ser controlada por um rigoroso controle do solo. Nas regiões equatoriais, onde as chuvas são intensas e frequentes, registam-se baixas taxas de erosão em virtude da cobertura vegetal possuir uma alta densidade e um rápido poder de recuperação.<br />
A destruição da massa verde equatorial, através do fogo ou meios químicos que inibem a sua rápida recomposição, está acelerando um novo processo de erosão em terras que, naturalmente, nunca viriam a sofrer tal fenómeno. Como já referimos atrás, a ilusão dos biocombustíveis está provocando fenómenos erosivos até nas regiões equatoriais. A agricultura para biocombustíveis é, francamente, mineradora, não é dirigida por agricultores mas por por gestores que tratam o solo como um meio provisório para atingir lucros. Logo que há perda de fertilidade “levanta-se o acampamento”. <br />
As regiões no mundo mais sujeitas à erosão por impacto são aquelas onde as chuvas anuais se situam entre 400 a 1 000 mm. Em regiões de poucas chuvas (abaixo de 400 mm), e irregulares, não há condições para a erosão pluvial porque o solo se encontra ressecado e absorve, de imediato, a água precipitada. Regra geral estas regiões, quando o solo é plano, estão sujeitas à erosão eólica.<br />
<br />
Já as regiões, cuja precipitação anual está entre 400 a 1000 mm são as mais vulneráveis à erosão. As chuvas não são suficientemente abundantes e frequentes para a ocorrência de grandes e densas massas florestais, como no Equador, mas o volume das chuvas é suficiente para ultrapassar o grau de ressecamento do solo e originar escoamentos apreciáveis.<br />
As áreas no mundo mais sujeitas à erosão hídrica pluvial, mesmo com vegetação natural, são: o México, o sul da península ibérica, norte da África, os países africanos situados nos trópicos e no sul do continente, a Índia e o centro oeste da Austrália.<br />
As regiões no mundo, sujeitas à erosão hídrica, após retirada da cobertura vegetal, são: América Central, Venezuela,Colômbia, Equador, Perú, Brasil, Uruguai, parte da Argentina, os países equatoriais da África, o sudeste asiático , incluindo a Indonésia, a parte norte da Austrália.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-d06AWFlkHOM/ToZEh_twpOI/AAAAAAAAE3E/o6vGS2HJSvg/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231px" src="http://4.bp.blogspot.com/-d06AWFlkHOM/ToZEh_twpOI/AAAAAAAAE3E/o6vGS2HJSvg/s320/6.jpg" width="320px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 6</strong> Erosão pluvial no mundo</span></div><br />
A verificação de que o impacto é o fator fundamental, nos processos erosivos da água, é muito recente. Na antiguidade fracassaram todas as tentativas de defesa contra a erosão porque não se tinha conhecimento de tal fato. Podemos admitir que foram estes fracassos que contribuíram para o colapso de antigas civilizações que tinham a sua base na agricultura.<br />
<br />
Quando a intensidade da chuva excede a capacidade de infiltração do solo, a água acumula-se na sua superfície e depois escoa vertente abaixo, com alturas muito irregulares, dando origem à erosão por lençol ou erosão laminar que termina logo que a inclinação do terreno diminui, ou seja quando desagua numa linha de água. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-T3gAJpcZ9FU/ToZEoYm1CAI/AAAAAAAAE3M/a_cFWf-U1tQ/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214px" src="http://3.bp.blogspot.com/-T3gAJpcZ9FU/ToZEoYm1CAI/AAAAAAAAE3M/a_cFWf-U1tQ/s320/7.jpg" width="320px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 7</strong> “Montanhas da Lua” um sugestivo nome relativo a erosões geológicas localizadas ao sul de Luanda, à direita da estrada litorânea que segue para o Lobito. Ao longo de milhares de anos o solo, muito friável, foi sendo arrastado pelas chuvas intensas. À medida que diminui a inclinação da falésia o solo tende a estabilizar-se podendo chegar a uma situação de equilibrio como se vê na parte superior da fotografia (à esquerda) onde já é visível a vegetação natural. A falésia tende a recuar, sempre, mas muito lentamente. Nesta erosão não houve intervenção humana. </span></div><br />
<div style="text-align: justify;">No momento em que os filetes de água de reunem, abrindo caminhos preferenciais, a erosão laminar dá origem à erosão por sulcos. Estes, ao longo do tempo, vão-se aprofundando e alargando de tal maneira que atingem dimensões incontroláveis, originando as barrocas, ravinas ou voçorocas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A erosão por sulcos pode ser corrigida com máquinas agrícolas: a profundidade ainda é sustentável (até 30 cm). Quando os sulcos se aprofundam, com a perda de milhares de m3 de solo, já não se consegue repor as condições anteriores, há que lidar com inesperadas situações.</div><div style="text-align: justify;">Se as erosões laminar e por sulcos forem eliminadas, e as águas disciplinadas, também o voçorocamento ou ravinamento desaparecerá. Como se consegue frear estas erosões? É óbvio, através de densa cobertura vegetal, de disciplina de águas e do uso racional do solo.</div><div style="text-align: justify;">Quando a inclinação diminui, com a consequente diminuição da velocidade, verifica-se a deposição do material carreado (deposição). Quanto maior o diâmetro das partículas (sedimentos) mais rapidamente elas se depositam. Quanto menor a velocidade mais depressa elas depositam.</div>Em hidrologia existe o seguinte dogma: “tudo o que aumenta a velocidade da água é mau, tudo o que diminui a velocidade da água é bom”. <br />
<br />
<strong>Os fatores da erosão são:</strong><br />
A chuva ( óbvio, condição sine qua non para a erosão hídrica), o solo, a topografia, o uso do solo e a sua cobertura vegetal.<br />
A intensidade da chuva é a condição primordial para que se verifique uma erosão por impacto. Mede-se em milímetros por hora- mm/h (é o mesmo que litros por metro quadrado L/m2 ). È considerada chuva erosiva quando a intensidade ultrapassa 25 mm/h. À medida que a intensidade da chuva aumenta cresce também a energia das gotas. O diâmetro de uma gota pode ir de 0.1 mm (nevoeiro) até 6 mm ( temporal). <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-xfEN_wFbzM8/ToZEob3CcjI/AAAAAAAAE3U/ZL_CluXQUuw/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" src="http://4.bp.blogspot.com/-xfEN_wFbzM8/ToZEob3CcjI/AAAAAAAAE3U/ZL_CluXQUuw/s320/8.jpg" width="219px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 8</strong> Sulco em vias de se transformar em ravina. Neste caso só a primeira metade (superior) é susceptível de recomposição; na metade inferior terá que se abrir, devidamente controlado, um canal de escoamento, e terá que se implantar uma rígida disciplina de águas pluviais, através de culturas em curvas de nível. </span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Acima de 76 mm/h o valor da energia das gotas mantêm-se constante porque a formação do lençol de água é tão rápida que o impacto das gotas é dissipado na própria água que se acumula. Mas, neste caso, forma-se um escoamento rápido e violento que arrasta até objectos pesados. O valor da energia da chuva no impacto denomina-se erosividade.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">A menor ou maior facilidade que um solo apresenta ao ataque da água, seja por impacto ou por arrastamento, denomina-se erodibilidade. Quanto mais fino for um solo maior será a sua erodibilidade. Um solo friável (que se desfaz facilmente) possui uma percentagem de areia fina e silte sempre superior a 50%. Solos muito finos, como se disse atrás, até são arrastados pelo vento.</div><div style="text-align: justify;">A inclinação e comprimento das áreas ocupadas também influem na maior ou menor taxa de erosão. É o fator topográfico. Em agricultura é de bom alvitre, mesmo em regiões pouco afeitas à erosão, que não se efetuem práticas agrícolas normais em áreas com uma inclinação maior do que 3%. Quando o terreno é inclinado devem-se adotar práticas agrícolas especiais, como sejam mecanização segundo curvas de nível, terraços, cordões de vegetação natural, disciplina de águas, coberturas vegetais adequadas e resistentes ao arrastamento etc. </div><div style="text-align: justify;">Um outro fator que interfere na taxa de erosão é a cobertura vegetal. Solos bem guarnecidos de cobertura vegetal oferecem maior resistência ao impacto das gotas de água e ao seu consequente arrastamento. È lamentável que se depare, em qualquer estrada por onde se circule, imensas feridas na paisagem natural, produtos da intervenção humana; modernamente é inadmissível porque os fenómenos erosivos já são amplamente conhecidos. Um corte ou um aterro devem merecer, de imediato, uma boa cobertura vegetal de modo a manter a paisagem verde e o solo protegido.</div><div style="text-align: justify;">Finalmente o ultimo fator é o da ocupação humana: práticas agrícolas, urbanização, estradas aeroportos e obras hidráulicas. As primeiras são as mais importantes, não só pelas extensas áreas que ocupam como, também, são as mais descuidadas e mais renitentes em obedecer às medidas mais racionais de proteção. Infelizmente só são adotadas boas práticas agrícolas depois de uma amarga experiência.</div><div style="text-align: justify;">As práticas agrícolas devem obedecer a determinados regras, estabelecidas para a região de acordo com todos os outros fatores- chuvas, erodibilidade, inclinação e cobertura vegetal adequada e atempada. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Erosão pluvial em Angola </strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A maior parte do país está inserida na zona tropical húmida, ou África Pluviosa, susceptível à erosão hídrica pluvial. O país apresenta um padrão equilibrado de chuvas abundantes. </div><div style="text-align: justify;">As chuvas, de certo modo, acompanham o relevo. Como já afirmámos, em ensaios anteriores, a geomorfologia angolana tem a configuração de um prato de sopa virado ao contrário; uma área de 820 000 km2 , ocupando 65% do território, com altitudes entre 1500 m a 1000 m, uma área de 96 300 km2 ocupando 7,8% com altitudes acima de 1 500 m, até 2 620 m , uma área de 204 110 km2 ocupando 17%, uma área subplanaltica com 65 540 km2 ocupando 5,3% e, finalmente a orla marítima com 60 750 km2 correpondendo a 4,9 % do território. </div><div style="text-align: justify;">É muito favorável o regime de chuvas em Angola, embora o litoral esteja sob influência da Corrente Marítima de Benguela que, vinda do Antartico, portanto fria, condiciona a precipitação na orla marítima. Chove pouco e irregularmente, embora nunca sujeito a secas. Mas, mesmo assim, também se registam chuvas intensas que encontram solos erodíveis: um exemplo é a paisagem próximo de Luanda conhecida como “Montanhas da Lua”. </div><div style="text-align: justify;">No interior, nos planaltos chove abundantemente, e com regularidade, influência da proximidade do Equador, embora, para sul já se faça sentir a influência dos desertos do Calaári e do Namibe, mas, ainda, sem inibição dramática de chuvas. </div><div style="text-align: justify;">Em todo o território de Angola as chuvas são fortemente erosivas; são vulgares as que apresentam intensidades maiores do que 25 mm/h. Podem ocorrer, anualmente, chuvas com intensidades superiores a 75 mm/h. As chuvas erosivas em Luanda provocam sempre estragos, infelizmente com perda de vidas, devido à elevadíssima taxa de ocupação urbana caótica. </div><div style="text-align: justify;">O fator solo é outra agravante. A maioria dos solos do país têm uma forte percentagem de areia fina e silte. Há uma teoria geológica que argumenta que grande parte dos solos dos planaltos de Angola provieram da erosão eólica dos desertos a sul, especialmente do sistema Karroo.</div><div style="text-align: justify;">O embasamento geológico de Angola é quase todo granítico, uma rocha mãe que produz areia siliciosa originando solos com pouca coesão e fraca fertilidade. “Deus tira com uma mão mas dá com a outra”: estas areias quartzosas estão se valorizando nos tempos atuais. São um bom suporte para o fabrico de betões de alta resistência e são uma inestimável matéria prima para o fabrico de vidros e material eletrónico. Há países, com muito loess, que, disfarçadamente, dão valor à areia de Angola. </div><div style="text-align: justify;">A ocorrência de erosão é tanto maior quanto menor for a cobertura vegetal. Em Angola pode ocorrer perda de solo, devida à chuva, mesmo em solos com cobertura vegetal. Esta facto é notório em muitas regiões do país: estamos a lembrarmo-nos de Massango (ex-Forte República) onde são visíveis, até com uma certa beleza, erosões geológicas que, infelizmente, se vão acelerando sob a influência humana. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como se forma uma ravina? Apresentaremos um exemplo baseado em uma experiência dos idos anos sessenta. Em meados daquela década foi construída uma vala de rega, na margem esquerda do rio Luena; no seu final, onde se pressupunha que ela já não teria água, não foi construída qualquer estrutura de dissipação, ou seja teria que se ter feito um manilhamento da vala de modo a conduzir-se o resto da água, devidamente “domesticada”, de novo para o rio. As águas livres, agravadas pelas chuvas, tomaram um caminho de gentio (pé posto) e, devido à inclinação do terreno, em pouco tempo abriram um sulco, logo transformado em ravina que se tem alargado ao longo dos anos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-BBvN4rrO07k/ToZEoqyT6BI/AAAAAAAAE3c/N-gwwuwOk2A/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" src="http://2.bp.blogspot.com/-BBvN4rrO07k/ToZEoqyT6BI/AAAAAAAAE3c/N-gwwuwOk2A/s320/9.jpg" width="290px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><span style="font-size: x-small;">Fig 9</span></strong> <span style="font-size: x-small;">Ravinas em vias de cortarem a estrada. O ramo-tronco já atingiu o perfil de equlíbrio e, portanto, está com vegetação. No fundo é visível a água, o que significa que atingiu o nível freático, esgotando-o, lentamente, deste modo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-wguaQmhRXg8/ToZEu2FP6RI/AAAAAAAAE3k/SUYAxp1S5bs/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266px" src="http://3.bp.blogspot.com/-wguaQmhRXg8/ToZEu2FP6RI/AAAAAAAAE3k/SUYAxp1S5bs/s400/10.jpg" width="400px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 10</strong> Uma ravina recuperada com obras de correção torrencial: construção, em escada, de pequenas barragens de gabião. É visível a notável recuperação da voçoroca, até com um certo ar de beleza; a vegetação natural respondeu em dobro!</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Os anos de guerras civis, após a independência, além de muitos outros males, originaram um violento ataque à flora. Especialmente ao redor das cidades, sujeitas a um brutal aumento da taxa de ocupação, registou-se uma devastação das florestas e até dos arbustos. As fotografias atuais do país, especialmente nas zonas urbanas, mostram-nos uma paisagem calva e desoladora. </div><div style="text-align: justify;">O problema da erosão em Angola, muito agravado devido à pressão demográfica sobre a cobertura vegetal, é sério e tem tendência a aumentar; ele não se resolve com concursos públicos, com projetos executados em gabinetes a milhares de quilómetros, em computador, com empreitadas e empreiteiros e, muito menos com betão e gestores. A erosão é para ser prevista, evitada, contida, mitigada e até resolvida ao longo do tempo e nos locais; implicitamente concluimos que tem que haver um orgão governamental sempre presente e atuante nos multiplos problemas que foram surgindo. Foi assim com o Soil Conservation Service (SCS) dos Estados Unidos: fundado em 1932 este orgão é o que melhores resultados apresentou, podemos afirmar que ele deu origem à nova ciência de conservação do solo. Nos Estados Unidos é estritamente governamental, não tem parcerias publico-privadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O “pai” da conservação do solo em Angola é o madeirense engenheiro Augusto Sardinha; nasceu em 1912 e foi para Angola em 1939. Em 1947 a cidade de Silva Porto (Cuito) sofreu um fortíssimo temporal que originou uma enorme ravina que cortou a estrada de acesso à gare da ferrovia. A voçoroca foi preenchida porque assim era fundamental para a cidade.Foi um trabalho homérico! A ravina foi totalmente consolidada, um projeto do eng.Sardinha, espantoso para a época em que pouco se sabia sobre erosão e de parcos recursos.Tinha-se saído de um devastadora guerra mundial, onde tudo faltava. O transporte de terras fez-se com vagonetas tipo Décauville.</div><div style="text-align: justify;">O engenheiro Sardinha projetou e dirigiu muitas obras de correção torrencial, em outras regiões de Angola, especialmente em Nova Lisboa (Huambo); foi um inovador na estabilização de dunas na Baía dos Tigres e em Porto Alexandre (Tômbua). Estes trabalhos foram elogiados em várias revistas da especialidade e mereceram, até, a visita de técnicos estrangeiros. Além de combate à erosão o engenheiro Sardinha projetou e implantou muitos polígonos florestais em Angola de grande impacto social (provimento de lenhas), ambiental (cortinas contra o vento e secagem de pântanos em redor das cidades) e tecnológico (indústrias de madeira e celulose). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se Angola quiser retomar as obras de defesa dos solos terá que se ter em conta que a - ampla participação das populações locais é fundamental. O recurso a empreiteiros é inócuo, porque são obras que exijem vigilância constante e atuação rápida. Só as populações locais o podem fazer, através de obras de administração direta. São empreendimentos que não obedecem a prazos e cujas verbas têm que ser bem gerenciadas. As populações têm que sentir que as obras se destinam aos seus filhos e netos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-G-EQU_xvTB4/ToZEu44n1cI/AAAAAAAAE3s/Bzi2JcAg7_4/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" src="http://3.bp.blogspot.com/-G-EQU_xvTB4/ToZEu44n1cI/AAAAAAAAE3s/Bzi2JcAg7_4/s320/11.jpg" width="191px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 11</strong> Uma ravina recuperada com obras de correção torrencial: construção, em escada, de pequenas barragens de gabião. É visível a notável recuperação da voçoroca, até com um certo ar de beleza; a vegetação natural respondeu em dobro!</span></div><br />
A defesa e conservação de solo é uma ciência nova que começou a ser desenvolvida depois do desastre ambiental de 1934, nos Estados Unidos da América, conhecido como “Dust Bowl” (bacia da poeira)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-7Fht1bXISzA/ToZEvBIcv7I/AAAAAAAAE30/EyKg3DU7PPU/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" src="http://1.bp.blogspot.com/-7Fht1bXISzA/ToZEvBIcv7I/AAAAAAAAE30/EyKg3DU7PPU/s320/12.jpg" width="250px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 12</strong> Restituição do excesso de água de um canal para o respetivo rio. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O “abandono” da água </span><span style="font-size: x-small;">de uma </span><span style="font-size: x-small;">vala provoca erosões graves, como sucedeu em Luena, conforme descrevemos atrás. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-aSqlNHWDM_Q/ToZE0MutsoI/AAAAAAAAE38/Ai9qAFZO73E/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215px" src="http://2.bp.blogspot.com/-aSqlNHWDM_Q/ToZE0MutsoI/AAAAAAAAE38/Ai9qAFZO73E/s320/13.jpg" width="320px" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig13</strong> Um sugestivo exemplo de conservação do solo. A voçoroca está estabilizada e </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">as águas foram disciplinadas através de defesas e” curvas de nível”. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Angola, inserida na zona tropical de chuvas intensas e solos frágeis, está sujeita a perder solo arável logo que se façam grandes atividades agrícolas ou de engenharia, sem que se leve em conta a temida susceptibilidade à erosão. </div><div style="text-align: justify;">Somos muito cepticos quanto aos agronegócios dos combustíveis: eles estão acelerando o custo dos alimentos, estão provocando a destruição de florestas naturais e são um grande negócio (para grandes empresas somente!). Os países com grandes extensões territoriais, fraca densidade demográfica e abundância de água são os mais procurados para esta agricultura mineradora. </div><div style="text-align: justify;">Os intencionalmente denominados “bio combustíveis” são apenas negócios dirigidos por gestores. Não é preciso acrescentar mais nada! Pobres solos e pobre Natureza! A agricultura merece melhor sorte e, sobretudo, mais respeito!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-FgaiB25WTpM/ToZE0TbcnxI/AAAAAAAAE4E/7LjDFqa1P9A/s1600/14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240px" src="http://2.bp.blogspot.com/-FgaiB25WTpM/ToZE0TbcnxI/AAAAAAAAE4E/7LjDFqa1P9A/s320/14.jpg" width="320px" /></a></div><div style="text-align: center;"><em><span style="font-size: x-small;"><strong>Fig 14</strong> Agricultura extensiva de acordo com as tecnicas da conservação do solo. Cultura em “curvas de nível” contínuas e contíguas. As águas são encaminhadas, com pouca velocidade, para as respetivas linhas de água. É uma agricultura que envolve grandes investimentos, ou seja, os solos terão de corresponder com boas taxas de rendimento. Infere-se que é uma agricultura onde o dono sente orgulho e tenciona passá-la aos seus descendentes.É uma agricultura sustentável, não é mineradora.</span></em></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-5595463274820985512011-08-26T10:46:00.006+01:002011-08-26T23:17:17.562+01:00HÁ 30 ANOS ATRÁS DOS ÁRBITROS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-e6tKJ5ABt4w/TlgSTWMiomI/AAAAAAAAE18/-HZgFO4GW_k/s1600/A_furia_do_dragao_momento_hist%25C3%25B3rico%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="177px" qaa="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-e6tKJ5ABt4w/TlgSTWMiomI/AAAAAAAAE18/-HZgFO4GW_k/s320/A_furia_do_dragao_momento_hist%25C3%25B3rico%2529.jpg" width="320px" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><strong><u>Há 30 anos atrás dos árbitros</u></strong></td></tr>
</tbody></table>Aqui fica o registo de um desses momentos históricos </div><div style="text-align: center;">em que nada aconteceu aos valentes jogadores <br />
- nem um cartão amarelo clarinho !!!<br />
<strong>Assim se ganham campeonatos !!!</strong></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-52050764143104552272011-07-14T09:36:00.001+01:002011-07-14T16:00:08.264+01:00ADD - CARTA DE INDIGNAÇÃO AOS NOSSOS GOVERNANTES<div style="text-align: center;"><strong><span style="color: #cc0000;">Carta enviada por email a Passos Coelho, Paulo Portas e Nuno Crato</span></strong></div><br />
<div style="text-align: center;"><a href="mailto:pm@pm.gov.pt"><span style="color: #3d85c6;">pm@pm.gov.pt</span></a></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #3d85c6;"></span></div><div style="text-align: center;"><a href="mailto:gabinete.mne@mne.gov.pt"><span style="color: #3d85c6;">gabinete.mne@mne.gov.pt</span></a></div><div style="text-align: center;"><a href="mailto:gmec@mec.gov.pt"><span style="color: #3d85c6;">gmec@mec.gov.pt</span></a></div><br />
Ex-mo Senhor Dr. Pedro Passos Coelho, Primeiro-ministro de Portugal<br />
Ex-mo Senhor Dr. Paulo Portas, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal<br />
Ex-mo Senhor Doutor Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência de Portugal<br />
<br />
<br />
Sou um cidadão normal, eleitor, contribuinte, nascido em Angola (3ª geração) mas português por opção, interessado e preocupado com o país mas com um estigma que há uns tempos para cá me açoita: sou professor. <br />
É nestas condições que me pretendo dirigir a Vossas Excelências, com o maior respeito, obviamente, mas também com a noção de que devo ser respeitado e a obrigação de tornar claro sentimentos de indignação, que são comuns a mais de uma centena de milhar de professores, estou certo, incapazes de dar a cara por acomodação, por inoperância, por medo ou até mesmo por desleixo. Desistiram mas eu oiço-os diariamente, oiço as suas revoltas e sei que neste momento sentem o que estou a sentir. Sinto-me, sentimo-nos, enganados e, naturalmente, revoltados. E os Senhores sabem disto.<br />
Os senhores não podem, não é não devem, é não podem mesmo, mas é que não podem mesmo, enquanto cidadãos, como eu, dizer uma coisa e depois, em menos de um mês, como governantes, e com poder nas mãos, dizerem ou fazerem outra. Não podem usar-nos. É falta de lealdade. Oiçam o que disseram em período de campanha eleitoral pela rádio e TV e leiam com o mínimo de atenção e cuidado o que escreveram em memorandos e programas de governo a propósito deste incompetente modelo de avaliação de desempenho docente (ADD). Os nomes que lhe chamaram e o enterro que lhe fizeram. No dia 5 de Junho era assim, até já tinham dias antes aprovado na Assembleia da República a sua suspensão. Estavam contra, literalmente contra um modelo que em menos de um mês é rigorosamente o mesmo, sem tirar nem pôr.<br />
E neste contexto, estritamente da ADD para não divagarmos, quando chegaram ao governo, não encontraram “esqueletos no armário”, encontraram o mesmo modelo anacrónico, burocrático, mentiroso, injusto, irresolúvel, impraticável, e, acima de tudo odioso. É o espelho do ódio a uma classe que anda há 6 anos a tentar, mais do que ridicularizá-la, espezinhá-la. Este modelo não foi alterado, é o mesmo do dia 5 de Junho e do dia 12 de Julho, dia em que escrevo. Repito, exactamente o mesmo.<br />
O que me custa, Senhor Primeiro-ministro e Senhores ministros, é que esta ADD não vale nada, nada mesmo, não tem pés nem cabeça, não avalia nada, não é fiável nem tem qualquer equidade, é desigual e injusta, extremamente injusta. Custa-me ver professores a mostrarem fotografias banais de actividades apenas para evidenciarem a sua participação, de relatarem almoços e jantares de Natal ou Páscoa na escola como evidências do seu envolvimento na comunidade escolar ou, incrivelmente, ver autênticos tratados de evidências nas secretarias de professores que esperam por uma avaliação ao quilo. Tudo sem jeito e sem ponta por onde se lhe pegue. Cada um à sua maneira, intra-escolas e inter-escolas. O tempo que se continua a perder, as toneladas de papel e tinta que se tinham evitado estragar em tempo de crise…<br />
Mas o que me custa ainda mais, muito mesmo, é que os Senhores sabem isto tudo, colocados no poder pelo voto com o que prometeram, esqueceram-se de cumprir com a palavra dada em tão poucos dias mesmo sabendo que o que lá encontraram é o mesmo que sempre lá esteve e que os senhores conheciam completamente e tanto glosaram e ridiculizaram. Parecem, infelizmente, inacreditáveis as semelhanças com o anterior governo.<br />
Considero isto, uma falta de respeito e uma enorme deslealdade, obviamente que considero. E também não gosto de ser enganado, reportando-me ao nosso saudoso Pinheiro de Azevedo, “é uma coisa que me chateia”. Não gosto e acho indecoroso para ficar só por aqui.<br />
Eu tenho o direito de ser respeitado e a minha integridade em 37 anos de ensino, com o investimento, à minha custa, de uma vida feita em prol da educação e da escola não me posso permitir ver denegrida a honorabilidade que sempre coloquei no que amo como professor. Por isso escrevo a Vossas Excelências com a mesma revolta que tinha o sangue dos Lusitanos, com a mesma determinação pela verdade e pelo respeito com que Antero de Quental e Ramalho Ortigão se bateram em duelo pela honra e dignidade, em defesa de valores que aprendi, desde criança, a ver cumpridos com a palavra dada pelo meu avô e pelo meu pai. Bastava a palavra. Outros tempos.<br />
Lamento profundamente a forma tão fácil e ligeira com que se diz e desdiz, o incumprimento persistente com que se falta à palavra, a promessa fácil e como é usada para se atingirem fins. Razão tinha Bordalo Pinheiro.<br />
Mas também me revolta, e muito, a forma como fui usado por Vossas Excelências para conseguirem chegar ao poder. Estou francamente indignado. <br />
<br />
Senhor Dr. Pedro Passos Coelho, Primeiro-ministro de Portugal<br />
Senhor Dr. Paulo Portas, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal<br />
Senhor Doutor Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência de Portugal<br />
<br />
Não vou pedir para que este modelo, tal como está e esteve há um mês antes de chegarem ao poder, seja suspenso imediatamente porque essa é evidentemente uma exigência, e é uma exigência que deve partir, em primeiro lugar, do próprio governo. <br />
As escolas precisam de paz e de trabalho empenhado, precisam de verdade e de justiça, tudo coisas que esta ADD não revela.<br />
O governo precisa de respeitar os professores e de cumprir com o que prometeu quando pedia votos antes de ter o poder. Se era para não cumprir, tivessem-no dito antes. É assim que a abstenção às urnas cresce e depois os governantes, sem pundonor, se queixam.<br />
Que diriam ou que fariam Vossas Excelências no meu lugar se eu lhes tivesse pedido o voto e depois, à socapa e no imediato, como é de facto o caso, estando no poder, passasse a fazer e a dizer o contrário? Não se revoltavam? Evidentemente.<br />
A política em Portugal conspurca-se cada vez mais em limites insustentáveis. Os Senhores não encontraram neste modelo de ADD, números irreais, estatísticas alteradas, engenharia contabilística, não, não encontraram. O que encontraram e já conheciam, e bem, foi uma completa ausência de regulação em princípios de precisão, fiabilidade de dados que devem ser rigorosos e válidos, com respeito pela transparência, credibilidade dos instrumentos, clareza, coerência, isenção, rigor e equidade. Não é uma avaliação justa nem confiável e a ambiguidade que se verifica, dificulta sobejamente as necessidades que deveriam estar subjacentes à justiça, seriedade, verdade e integridade. Nada disto é novidade para o governo e os professores não podem ser desconsiderados. <br />
Portugal é um país com mais de 800 anos de História e com actos tão nobres como o de Egas Moniz no cerco a Guimarães por ter faltado à palavra dada. O governo eleito tem de cumprir com a palavra dada, tem obrigação de ser verdadeiro e, ao menos, estar ao nível da verdadeira dimensão da História deste país. A suspensão deste modelo de ADD, já, é um imperativo nacional. Exige-se que o seja.<br />
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Respeitosos cumprimentos<br />
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Francisco Teixeira Homem (BI 7356693)Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-11652511841001980762010-11-05T00:00:00.003+00:002010-11-05T00:05:48.178+00:00SPORTING CLUBE DE PORTUGAL - UM CLUBE A SÉRIO !!!!!<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Para todos os Sportinguistas, e "outros", para que tomem conhecimento de algumas realidades.... </strong><strong>20 factos verídicos:</strong></span><br />
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1. O SPORTING é o único grande Clube Nacional que não alterou o seu ano de fundação (veja-se slb e fcp) <br />
2. O SPORTING é o único Clube do Mundo que, neste momento, tem dois museus oficiais (Lisboa e Leiria).<br />
3. O SPORTING possui o Jornal de clubes mais antigo do Mundo (o primeiro número foi publicado a 31 de Março de 1922).<br />
4. O SPORTING detém (mudialmente)o jogador com melhor média de golos em jogos do Campeonato Nacional (Fernando Peyroteo com 1,68 golos/jogo). Até hoje não foi ultrapassado... <br />
5. O SPORTING cedeu o 1.º jogador português à Selecção da Europa: José Travassos em 1955 (vitória da Selecção da Europa à Inglaterra por 4-1, em Belfast).<br />
6. O SPORTING é, actualmente, o único Clube mundial que formou dois FIFA World Player: Luis Figo (2001) e Cristiano Ronaldo (2008) . Vamos a caminho do 3º com NANI...<br />
7. O SPORTING desde o início das competições europeias de clubes, só é ultrapassado em n.º de participações pelo Real Madrid (54) e Barcelona (53). Os Leões somam 51.<br />
8. O SPORTING apontou o 1.º golo na Taça dos Clubes Campeões Europeus, em futebol: João Martins frente ao Partizan de Belgrado, a 4 de Setembro de 1955. <br />
9.O SPORTING tem 22 taças europeias conquistadas, o Real Madrid 26 e o Barcelona 66. No entanto, somente os «leões» e o Barcelona venceram em quatro modalidades distintas.<br />
10. O SPORTING ainda hoje detém recordes nos títulos europeus conquistados (excepto andebol): <br />
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» Atletismo: Único Clube europeu com vitórias em pista e cross: por 2 vezes sagrou-se hexacampeão em cross.<br />
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» Hóquei em patins: Maior goleada de sempre por 33-1 ao H. Gujan (França), nos quartos-de-final da Taça CERS, em 1983/1984.<br />
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» Futebol: Maior goleada de sempre por 16-1 ao Apoel Nicósia (Chipre), nos oitavos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças, em 1963/1964. <br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #38761d;">...convém lembrar uma Vitória sobre o grande Manchester United por 5-0 em Alvalade, para a Taça das Taças da Europa...</span><br />
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11. O SPORTING é o 2.º Clube europeu com maior n.º de atletas olímpicos (109 até Pequim’08) a seguir ao Barcelona. No entanto, estes 109 atletas «leoninos» actuaram em 10 modalidades distintas e, os do Barcelona, apenas em seis.<br />
12. O SPORTING é o único Clube nacional (e dificilmente haverá outro na Europa e no Mundo), que nos últimos 48 anos teve atletas em todos os Jogos Olímpicos realizados. <br />
13. O SPORTING, desde que existe o Comité Olímpico Português, esteve em 24 dos 28 Jogos Olímpicos realizados (apenas ausente em 1920, 1934, 1936 e 1956). <br />
14. O SPORTING é a equipa portuguesa com mais medalhas olímpicas conquistadas (8 no total: 3 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze). <br />
15. O SPORTING teve o 1.º atleta nacional a participar nos Jogos Olímpicos (António Stromp, em Estocolmo – 1912), bem como o 1.º atleta nacional a conquistar uma medalha de Ouro (e a ouvir o Hino Nacional): Carlos Lopes em Los Angeles – 1984 – , na difícil prova da maratona. <br />
16. O SPORTING detém a maior goleada da história dos Campeonatos de Portugal (18-0 ao Torres Novas, em 1927/1928), dos Campeonatos Nacionais (14-0 ao Leça, em 1941/1942) e das Taças de Portugal (21-0 ao Mindelense, em 1970/1971). <br />
17. O SPORTING detém o recorde de golos (por equipa) numa só época do Campeonato Nacional: 123 golos em 26 jornadas (época 1946/1947) com uma média fantástica de 4.7 golos por partida. <br />
18. O SPORTING, segundo uma reportagem da BBC, está num patamar superior ao Ajax: “O clube holandês é considerado um clube de topo na formação. Um estatuto apenas igualado pelo Sporting. Os «leões» possuem, no entanto, uma Academia mais bem apetrechada”.<br />
19. O SPORTING é o Clube que mais jogadores cedeu à Selecção Nacional em fases finais do Campeonato do Mundo de futebol (24 no total vs 21 do Benfica e 18 do Porto). <br />
20. O SPORTING assume a sua dimensão mundial quando olhamos para os 380 Núcleos, Filiais e Delegações espalhados pelos cinco continentes, sendo o único Clube nacional com esta presença universal e verdadeiramente global. <br />
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<strong><span style="color: #38761d;">O conteúdo desta mensagem de correio electrónico e seus anexos não é confidencial pode e deve ser divulgado, por forma a acabar com os "enganos" de alguns ...</span></strong> <br />
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<strong>ahhhh ... e também não andou a telefonar aos árbitros</strong>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-76955139449151391182010-11-02T10:55:00.000+00:002010-11-02T10:55:03.514+00:00INCÊNDIOS FLORESTAIS: FATALISMO, CONFORMISMO OU FALTA DE PLANEAMENTO? (1)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_tvpmh4EI/AAAAAAAAE1E/gndr88Bz-FA/s1600/icend1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="97" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_tvpmh4EI/AAAAAAAAE1E/gndr88Bz-FA/s320/icend1.jpg" width="320" /></a></div><span id="goog_475976674"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span id="goog_475976675"></span></div><div style="text-align: justify;">Agosto é o pior mês do ano. As pessoas ficam atacadas pelas férias, os desastres nas estradas multiplicam-se, envolvendo mortos e feridos, o calor torna-se desagradável, as pessoas amontoam-se nos aeroportos, as bibliotecas fecham e, a somar às tragédias das estradas, os incêndios florestais regressam, com uma regularidade mais do que previsível, mas infelizmente nunca encarados em termos científicos. Improvisação é o que mais se vê no combate aos fogos florestais.</div><div style="text-align: justify;">No Brasil dizem que “agosto é o mês dos cachorros loucos” . Foi em 25 de Agosto de 1954 que o presidente Getúlio Vargas se suicidou e isto repercutiu-se em termos históricos. Foi também em Agosto de 1961 que o presidente Janio Quadros se demitiu, deixando todos os brasileiros perplexos, desconsolados e desencantados com a democracia, precipitando o Brasil para mais uma situação política adversa. </div><div style="text-align: justify;">Em Agosto, em Portugal, quando abro a janela de manhã e olho para cima, vejo quase sempre, em dias de céu límpido, umas nuvens escuras, acastanhadas que induzem desconfiança : não é água mas fumaça. De incêndios, embora os meios de comunicação, de dia para dia, estejam diminuindo as notícias e reportagens sobre fogos. A imprensa e a TV minimizam os fogos à medida que aumentam os terrenos calcinados. </div><div style="text-align: justify;">Este ano (2010) arderam 125 852 ha (43 608 de povoamentos florestais e 82 244 ha de matos totalizando 20 927 ocorrências com 3 638 incêndios florestais É a maior área ardida nos últimos 4 anos, correspondente a quase duas vezes a área da ilha da Madeira (796 km2 ). Em 2 de Outubro ainda se registaram incêndios. </div><div style="text-align: justify;">Há áreas em Portugal que já arderam 14 vezes em 30 anos; como pensar em repovoamentos?</div><div style="text-align: justify;">O belo património português (flora,fauna e propriedades) vai desaparecendo, um pouco, todos os anos. Fatalismo é a atitude com que se encaram os incêndios florestais. Não é, e está muito longe de o ser!</div><div style="text-align: justify;">De entre todos os desastres naturais, terramotos, tsunamis, vulcões, tornados, furacões, deslizamentos e entre os provocados pelo homem,os incêndios são os mais previsíveis. A nossa historiografia de fogos vem desde tempos imemoriais: os dados meteorológicos, a esplêndida cartografia, o conhecimento sobre as propriedades de todas as matérias inflamáveis, o sensoriamento remoto por satélites, os telemóveis,os meios aéreos e, até, as observações casuais de pessoas experientes, são mais do suficientes para se definirem estratégias de prevenção, detecção e combate. Infelizmente todos os anos repete-se sempre o mesmo cenário de tragédias, com as florestas e parque naturais sendo devorados pelo fogo. Agora já se assiste à perda de vidas humanas, de animais domésticos e de casas. Não é pela TV ou jornais, infelizmente cada vez mais parcos em noticiar incêndios, que é possível aquilatar os danos à biodiversidade. Ninguém os menciona!</div><div style="text-align: justify;">E as pessoas comuns perguntam angustiadas: mas não haverá maneiras de minimizar estes incêndios e, até, de evitá-los? Será que vai arder todo o país?</div><div style="text-align: justify;">O melhor combate ao fogo, como diria monsieur de La Palisse, é evitá-lo. A engenharia, com todos os seus ramos, dispõe hoje de métodos aperfeiçoados de modo a defender eficazmente a massa florestal dos fogos. </div><div style="text-align: justify;"><strong>1) Ordenamento do território</strong></div><div style="text-align: justify;">Tudo começa com um bom ordenamento do território definindo áreas específicas de acordo com as aptidões urbanas, industriais, agrícolas, pecuárias, de mineração e florestais. Um ordenamento, sublinhe-se, para ser cumprido rigorosamente, sem excepções, desculpem-me o pleonasmo. Este é justificado porque, infelizmente, é o que se não verifica na prática. Há sempre um chico esperto que contorna a lei. Constrói-se, à revelia, nos parques naturais e florestais.</div><div style="text-align: justify;">Vamos abordar, apenas, o caso dos incêndios florestais. É particularmente difícil o ataque a fogos em áreas florestais situadas em zonas de relevo montanhoso. Uma orografia desfavorável é uma pesada agravante, mas não é motivo para fatalismos, pelo contrário, é um desafio à ciência e tecnologia.</div><div style="text-align: justify;">As áreas de relevo acentuado são impróprias para agricultura e para gado bovino; resta a floresta. É assim em todo o mundo. Logo, na definição de um parque florestal de exóticas ou de flora natural, tem que se levar em conta vários parâmetros de ordenamento, de implantação, de vigilância e detecção e de combate aos fogos. E, especialmente, de justiça rápida e dura para os incendiários.</div><div style="text-align: justify;"><strong>2 ) Implantação de um polígono florestal</strong></div><div style="text-align: justify;">Depois de definidas as áreas de ocupação- zonas urbanas, pastos, baldios, áreas húmidas, estradas e caminhos, vamos deter-nos, na implantação de um polígono florestal de árvores exóticas, como por exemplo o eucalipto. Estamos a admitir que, “a priori” os Parques Naturais terão que ser os mais bem defendidos, o que não acontece na realidade. </div><div style="text-align: justify;">Basta pronunciar a palavra eucalipto e logo aparecem alguns ambientalistas irados ostentando os velhos slogans de que “chupa toda a água”, “onde entra mata tudo”, “é negócio de multinacionais”. Um pouco com o que se passa com a aversão às barragens, agora a serem construídas “a toque de caixa”, numa tentativa de utilizar a energia eólica ociosa porque é intermitente, difícil de conciliar com a macro-rede elétrica. Este açodamento pelas barragens, além de serôdio, é irónico, se nos lembrarmos da fobia Foz Côa e das campanhas anti-Alqueva. Repentinamente as barragens foram associadas às energias renováveis onde desempenham o papel de melhor sócio. Agora já se não demonizam as barragens!</div><div style="text-align: justify;">O eucalipto não é tão daninho como se apregoa. É uma árvore de crescimento rápido, resistente, adapta-se a quase todos os climas, dá boa madeira para a construção civil, fornece a maior cota de celulose para o fabrico de papel,seca pântanos, purifica o ar. Em resumo é um matéria prima valiosa, é um vector económico a ter em conta.</div><div style="text-align: justify;">Em África o eucalipto substitue com vantagem as lenhas tradicionais que vão escasseando porque as árvores da savana, cada vez mais sacrificadas, não têm crescimento rápido, e não medram em polígono mas apenas associadas a outras árvores. A savana africana caracteriza-se pela biodiversidade. Só por isto o eucalipto salva as plantas raras da savana. </div><div style="text-align: justify;">Em um quadrado de 400 m2 nas savanas do Planalto Central de Angola anotámos, em jeito de rapidez, mais de 100 espécies de flora. A savana africana, embora dê pouca madeira, é de uma enorme riqueza, basta acentuar que abriga milhões de abelhas. É uma massa arbórea de pouca densidade em madeiras. Só o eucalipto a poderá salvar, devido à intensa procura de lenhas para os afazeres domésticos de milhões de africanos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todos os polígonos florestais, sejam em montanha ou em planície, devem ser divididos em talhões, cuja área, de cada um, é definida de acordo com as susceptibilidades apresentadas pelas árvores conforme a sua inflamabilidade No caso específico do eucalipto, em área levemente ondulada em Angola, os talhões quadrados tinham de lado 300 m ou seja uma área de 9 ha. Os talhões eram envolvidos por 4 vias de acesso- 2 aceiros e 2 arrifes . Um aceiro tinha uma largura de 12 m e um arrife de 6 m.</div><div style="text-align: justify;">Um aceiro é um caminho perpendicular aos ventos preponderantes nos meses mais desfavoráveis. Em Portugal o núcleo quente, propício a fogos, desenvolve-se entre 15 de Julho a 15 de Setembro, com o centro de gravidade teórico em 15 de agosto. Para estes 60 dias críticos existem anemogramas ou cartas de ventos, que permitem obter, através de fórmulas empíricas,baseadas na experiência, qual a largura do aceiro. Este é, sempre que possível, perpendicular aos ventos mais desfavoráveis. </div><div style="text-align: justify;">Um arrife é um caminho perpendicular ao aceiro, geralmente com metade da largura deste. Aceiros e arrifes devem ser mantidos apenas com vegetação rasteira, se possível com arbustos que se mantenham sempre verdes ao longo do ano. Um talhão, repetimos, é sempre envolvido por dois aceiros e dois arrifes. O acesso fica facilitado e o fogo está sempre confinado. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_tVLVPsII/AAAAAAAAE1A/-_8CPSB6ohs/s1600/fig1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_tVLVPsII/AAAAAAAAE1A/-_8CPSB6ohs/s320/fig1.jpg" width="196" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 1 Ventos predominantes em Portugal. Graças a dados meteorológicos, obtidos pelos nossos ancestrais, Portugal dispõe hoje de meios de previsão, bastante confiáveis, baseados nestes preciosos valores. Conhecemos muitos observadores de meteorologia, humildes, que hoje são apenas lembrados pelos descendentes, que colheram durante anos a fio, sem interrupções, como é do boa norma em meteorologia, estes dados valiosíssimos, que permitem refutar muitos alarmismos que por aí circulam, mas que nos levam a tomar umas certas precauções. Estas devem incidir sobre a água e os verdes (floresta e matos). <strong>Fonte</strong>: Macedo,F.W.& Sardinha,A.M.(1999)-Fogos Florestais.(2 volumes)Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (U.T.A.D.) Vila Real.Publicações Ciência e Vida, Lda.Lisboa</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_swbAROaI/AAAAAAAAE08/pzE-hIayfEA/s1600/fig2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_swbAROaI/AAAAAAAAE08/pzE-hIayfEA/s320/fig2.jpg" width="206" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 2 Zonas de risco de incêndios florestais em Portugal. O bom acervo científico facilita o estabelecimento de um bom plano de defesa do património natural e humano. A figura mostra-nos quais as áreas de risco de fogos florestais,ou seja onde devem incidir as maiores defesas. <strong>Fonte:</strong> Macedo,F.M.& Sardinha,A.M.-1999. Fogos Florestais(2 volumes). Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro- U.T.A.D Vila Real. Publicações Ciência e Vida,Lda.Lisboa.</span> </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_sUmSeb7I/AAAAAAAAE04/d5LS_phRYDU/s1600/fig3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_sUmSeb7I/AAAAAAAAE04/d5LS_phRYDU/s320/fig3.jpg" width="148" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 3 Isoietas são linhas que unem pontos de igual precipitação No Norte, anualmente, as chuvas passam além de 2 000 mm ( 2000 L/m2,num ano ), mas ao sul atingem 400 mm ,(400 L/m2 ); isto caracteriza uma variedade de micro-climas propícios para uma agricultura de qualidade, especialmente em frutas.Há boas condições para floresta exótica de rápido crescimento. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><strong>Fonte:</strong> Lencastre,A.& Franco F.M.-Lições de Hidrologia (1984). Lisboa. Universidade Nova de Lisboa.</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Se o terreno for muito acidentado, com declives acentuados (inclinações superiores a 30 %), devem-se orientar os aceiros de acordo com a topografia implantando-se acessos, se possível, em linhas de cintura com inclinações até 10%, para poderem circular viaturas normais. Os arrifes, como se afirmou, serão sempre perpendiculares aos aceiros, e, neste caso apresentarão declives muito acentuados. Os ataques aos fogos serão feitos, exclusivamente, através dos aceiros. </div><div style="text-align: justify;">Quando os polígonos florestais são muito grandes (maiores do que 5 000 ha - 5km×10 km- ) é de bom alvitre que,dentro deles, se implantem corpos de água evitando-se as viagens, às vezes longas, para o reabastecimento. Estes corpos de água podem ser obtidos com pequenas barragens de terra, de alvenaria de pedra ou de betão, de altura superior a 10 m, ou escavando depressões do terreno ou aproveitando áreas de empréstimo para aterros ou antigas pedreiras. As áreas montanhosas,onde os vales são muito apertados, são mais vantajosas para armazenamentos de água do que as áreas planas ou levemente onduladas onde os vales são mais abertos e pouco profundos. Consideramos como muito boa uma barragem, ou reservatório, que acumule mais de 100 000 m3 de água, ou sejam aproximadamente 5000 viagens de um auto tanque. É óbvio que o planeamento de um povoamento florestal aplica-se, com maioria de razão, nas medidas de defesa da floresta natural. Se for o caso devem abrir-se aceiros e arrifes.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_r19Y7NTI/AAAAAAAAE00/mH8SktiNWcI/s1600/fig4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_r19Y7NTI/AAAAAAAAE00/mH8SktiNWcI/s320/fig4.jpg" width="153" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 4 Escoamento anual das chuvas compreendido entre 100 mm (em branco) e 800 mm (em azul escuro). A parte mais húmida, com maior escoamento anual, é o NW (noroeste) onde, como é óbvio, se regista a maior precipitação . Um paradoxo: onde mais chove é onde mais arde.</span> <span style="font-size: x-small;"><strong>Fonte:</strong> Atlas do Ambiente- Ministério do Ambiente.</span></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_oc_vyF5I/AAAAAAAAE0k/asECfw60m70/s1600/fig5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" nx="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_oc_vyF5I/AAAAAAAAE0k/asECfw60m70/s320/fig5.jpg" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="font-size: x-small;">Fig 5 Corpo de água dentro de um povoamento florestal na Áustria. Os corpos de água, localizados em pontos estratégicos, com acessos optimizados através da Investigação Operacional, diminuem os tempos de recarga para os auto-tanques e helicópteros. E, também, servem de abrigo para os animais acuados e, indiscutivelmente, valorizam e embelezam a paisagem. </span></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><strong>3) Detecção e vigilância</strong></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><strong>3.1) Patrulhamento terrestre.</strong> “O medo é que guarda a vinha, que não o vinhateiro” é uma frase que ficou na nossa memória e já lá vão umas dezenas de anos. Ela servia de exemplo para as “partículas de realce” em gramática. Hoje serve-nos para enfatizar a extrema acuidade da vigilância ostensiva. Outrora eram os guarda-florestais que desempenhavam, e bem, as tarefas de policiamento e detecção dos fogos. Os termos guarda e policiamento colidem hoje com o politicamente correto vigente nos meios de comunicação e em determinadas correntes políticas. Chamem-lhes o que quiseram mas, se pretendem acabar com esta vergonha, os guarda-florestais darão uma grande ajuda. </div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">É óbvio em todo o mundo: um policiamento ostensivo e uma justiça rápida e dura, diminuem, e muito, a ocorrência de incêndios. Eles são em maioria ateados por mãos criminosas. Verifica-se que, onde há policiamento florestal, a taxa de incêndios é diminuta.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Os meios de policiamento podem dispor hoje de meios sofisticados: boas viaturas todo o terreno, telemóvel, máquinas de filmar (que podem ser instaladas em tripés, escondidas) e fotográficas, binóculos com luz negra para visão nocturna, detectores de calor,sensoriamento remoto através de satélites.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Os meios aéreos para detecção de fogos são imprescindíveis, especialmente para se planear uma estratégia de rápido combate pelos bombeiros. Mas eles não são uma solução total.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><strong>3.2) Torres de vigilância</strong>. Podem ser de madeira, aço ou betão armado. Dispõem no topo de uma cabine toda envidraçada, com visibilidade para todos os lados. Só recebem vigilantes no tempo mais crítico; em Portugal, como já foi afirmado, é em Julho,Agosto e Setembro.</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_ngmSGziI/AAAAAAAAE0g/JkwsaFuJvks/s1600/fig6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" nx="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_ngmSGziI/AAAAAAAAE0g/JkwsaFuJvks/s320/fig6.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 6 Fogos na Península Ibérica em Agosto 2010. Mapa extraído da Internet. Há uma ilógica concentração de fogos, precisamente na área onde mais chove e onde é maior o escoamento anual. Resumindo “quanto mais água, mais arde”. Não alinhamos com os catastrofismos do aquecimento global( quem é o homem para mudar o clima da Terra?) mas ficamos inquietos com o pouco verde do mapa. Pouco menos de metade de Portugal é verde, visto de satélite.Isto não é provocado pelo aquecimento global. Esta visão deve alertar-nos para o cuidado que teremos que ter em relação à cobertura vegetal. Só um planeamento feito pelos sábios deste país pode minimizar este evidente problema. Que tal aumentar rapidamente o nosso verde, e preservá-lo com determinação?</span> </div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-65556215262780557052010-11-02T10:20:00.001+00:002010-11-02T10:56:40.346+00:00INCÊNDIOS FLORESTAIS: FATALISMO, CONFORMISMO OU FALTA DE PLANEAMENTO? (2)A altura das torres de vigilância e detecção depende da topografia e da respectiva localização. Em regra a altura é de 10 m acima da copa máxima. A distância máxima entre torres é em torno de 10 km podendo cobrir uma área de 10 a 15 km2 (4 km×3 km). Uma torre, aproveitando a topografia, pode cobrir mais de 60% da área circundante.<br />
Uma torre é equipada com binóculos de grande alcance e munidos de visão nocturna, um goniómetro que dá um azimute que, cruzado com outros três, fornece a posição exacta do fogo. Também dispõe de detectores de calor, de telemóveis e de GPS. <br />
Nos países onde a vigilância florestal atinge níveis de excelência (Japão, Canadá, Estados Unidos e Austrália) abundam os candidatos para ocupar as torres nos meses mais críticos. Geralmente são pessoas que precisam de solidão para escreverem um livro ou acabar uma tese, que tenham passado por um desgosto, que gostam de privar com a natureza: são vulgares os casais recém casados. Não faltam candidatos nos meses mais críticos.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_koD2boKI/AAAAAAAAE0c/N5UC4UU2fPo/s1600/fig7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" nx="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_koD2boKI/AAAAAAAAE0c/N5UC4UU2fPo/s320/fig7.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 7 No Canadá e E.U.A. os ultraleves e aviões ligeiros de particulares colaboram, intensamente, </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">na detecção dos fogos, mercê de incentivos e benefícios suportados por empresas madeireiras e de celulose.</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_j43olnuI/AAAAAAAAE0Y/ll8mX8LnRHg/s1600/fig8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_j43olnuI/AAAAAAAAE0Y/ll8mX8LnRHg/s320/fig8.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 8 Aeronave russa Beriev Be-200 ES de combate aos incêndios.Versátil, poisa em terra e na água. O poiso na água confere-lhe muita rapidez no enchimento dos tanques de água. Carrega 12 000 L de água, mais do dobro da capacidade do Canadair.É de grande eficiência, mas tem o inconveniente de ser grande e pesado, exigindo uma boa pista. De 10 Julho a 30 Setembro de 2007 voaram 2 aparelhos em Portugal, ajudando a debelar 57 fogos, durante 167 horas e lançando 2,5 milhões de litros de água sobre as chamas. Julgava-se que eles eram um “deus ex-machina”,capazes, por si sós, de extinguir rapidamente qualquer fogo e de resolver o terrível problema dos fogos. Vâ ilusão.Os aviões e helicópteros, no combate aos fogos, são de inestimável ajuda, especialmente na detecção. Bombeiros e sapadores são, indiscutivelmente, o fulcro na extinção de fogos. É com estes que se devem gastar as maiores verbas. São estes que devem ser mais favorecidos.</span> </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_jXVqB3qI/AAAAAAAAE0U/MHXcBpz0BNI/s1600/fig9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_jXVqB3qI/AAAAAAAAE0U/MHXcBpz0BNI/s320/fig9.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 9 Uma torre de vigilância e detecção feita de aço. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Possue vários passadiços proporcionando diversas alturas de observação</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_irhUSRdI/AAAAAAAAE0Q/uB6DDDWyCq8/s1600/fig10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_irhUSRdI/AAAAAAAAE0Q/uB6DDDWyCq8/s320/fig10.jpg" width="213" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 10 Torre de vigilância bem aparelhada</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_iKj7i7CI/AAAAAAAAE0M/V6VQ4ReOHyE/s1600/fig11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_iKj7i7CI/AAAAAAAAE0M/V6VQ4ReOHyE/s320/fig11.jpg" width="192" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 11 Torre de vigilância sofisticada com energia fornecida por painéis solares</span></div><br />
<strong>3.3) Meios aéreos.</strong> <br />
São necessários, especialmente para se planear uma estratégia de rápido combate, no terreno, pelos bombeiros. Mas os meios aéreos não são uma solução total e, muito menos milagrosa..<br />
Além da sua utilidade em detecção, usam-se especialmente quando os incêndios são “de copa”de grande intensidade e em áreas de difícil acesso aos bombeiros. Lançam-se retardantes químicos ou água, antes que eles tomem grandes proporções, até chegarem as equipas de bombeiros.<br />
<strong>3.3.1) Deus ex-maquina</strong> <br />
Na Grécia antiga (490 a 400 AC) o teatro atingiu níveis de excelência. Algumas peças teatrais, daquele tempo, ainda hoje são levadas à cena. À semelhança do que se passa hoje com as telenovelas, os dramaturgos gregos enredavam as peças de tal maneira que depois “se viam gregos” para arranjar um final que satisfizesse o público. Quando já não havia mais imaginação ou tempo (ou, se calhar como hoje, verba) a peça terminava, abruptamente, com um “deus ex-machina”. Através de uma sistema de roldanas descia no palco um Deus que conciliava todas as situações e resolvia rapidamente todas as ambiguidades que se foram desenrolando ao longo da peça. O final era sempre feliz, satisfazendo os melhores desejos dos espectadores.<br />
Esta figura de retórica aplica-se hoje para as situações que se querem resolvidas através de um meio mais curto e, se possível, mágico. O cinema recorre muito ao “deus ex-machina”. Basta recordarmos velhos westerns: quando os índios cercam os colonos e estes já não têm munições, ouve-se uma corneta e aparece, triunfalmente, o 7º de cavalaria com as suas armas de repetição.Nas guerras actuais o helicóptero é o Deus ex-machina para todas as situações. <br />
O exemplo mais recente, aplicado em outra área, é o caso selecção/Mourinho. Pretendia-se arranjar um “deus ex-machina” para a selecção e quem melhor senão Mourinho. Felizmente que o Real de Madrid cortou o “cabo da roldana” e limitou-se a utilizar uma solução antiga mas sempre a única: contrato é para se cumprir.<br />
Pode-se aplicar o “deus ex-machina” aos incêndios em Portugal. Os meio aéeos não exigem muita mão de obra, embora a pouca que intervém seja bem paga. Merecidamente, acrescentamos nós, basta só mencionar o extremo perigo a que se sujeitam os pilotos. Mas os meios aéreos não extinguem um fogo, apenas o retardam, dando tempo aos bombeiros, estes sim os verdadeiros “extintores”, para chegarem perto das chamas.<br />
Os aviões, como se tem verificado através das poucas imagens televisivas, não são um “deus ex-machina” , apenas fazem parte de um combate, aliado aos bombeiros. Sem bombeiros não se extingue um incêndio. Mas, a seguir a uma época catastrófica, logo aparece a solução “caída” do céu: mais aviões para o ano seguinte. <br />
<strong>4) Incêndios urbanos.</strong> <br />
Infelizmente este ano(2010) vimos na televisão incêndios de casas e bens pessoais. Há a lamentar mortes. Como evitar tais tragédias? <br />
Edifícios, fábricas, currais e outras infrastruturas urbanas podem ser defendidas através de meios de prevenção. Em Portugal a região mais ardida (norte) é bem servida de chuvas, podendo-se esperar um escoamento médio pluvial, por ano, da ordem de mais de 300 mm. Admitindo este valor concluímos que uma área de 100 m2 de telhado ou de uma superfície cimentada, pode acumular um volume de água anual de 30 m3 que pode ser armazenado em uma cisterna. <br />
Um moto-bomba, instalada em um rebocável, pode utilizar esta água logo que haja sinais de propagação de fogos. As moto-bombas podem ser propriedade das casas mais abastadas, ou podem pertencer aos bombeiros que as podem emprestar às propriedades que estejam em perigo. No caso das cisternas não encherem em um ano, o que é pouco provável no norte do país, receberão um ou mais camiões de empréstimo de água.<br />
Em anos passados assistimos a um espectáculo penoso: um incêndio de grandes proporções aproximava-se de uma mansão com piscina. Em redor o pânico. Pessoas correndo com um tubo de plástico (diâmetro de 32 mm) que derrete facilmente com o calor, do qual saía um filete que, aplicado na chama, apenas lhe daria mais oxigénio. Outras pessoas acorriam com baldes, ou seja <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_hmmT8gKI/AAAAAAAAE0I/GhxhmsVwJlo/s1600/fig12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" nx="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_hmmT8gKI/AAAAAAAAE0I/GhxhmsVwJlo/s320/fig12.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 12 Bimotor de motores de pistão Canadair o avião mais usado no combate a incêndios Carrega 5500 litros de água.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Pode poisar em terra em e na água uma herança do velho Catalina, hidroavião da guerra 1939/1945.</span> </div><br />
<div style="text-align: justify;">mais oxigénio. E a piscina cheia. Uma moto-bomba móvel,apropriada, com mangueira de lona extensível, facilmente teria molhado toda a área circundante, antes que o fogo se aproximasse.</div><div style="text-align: justify;">Estupefactos assistimos este ano ao incêndio de um depósito de madeiras (?) e a uma instalação de pecuária onde morreram animais calcinados. No primeiro caso cabe bem a expressão “em casa do ferreiro espeto de pau”. </div><div style="text-align: justify;"><strong>5) Combate e rescaldo.</strong> </div><div style="text-align: justify;">São também tarefas ingratas e são desempenhadas pelos bombeiros e sapadores. Aqui os aviões e helicópteros de nada servem. Os bombeiros são os verdadeiros heróis de toda a saga dos incêndios florestais em Portugal.É, talvez, o único sector que funciona bem. E eles trabalham até ao limite. Sobre bombeiros não faremos qualquer comentário, apenas exaramos um louvor. E desejamos que apareça um planeamento científico onde eles vão sentir orgulho em estarem integrados nele. </div><div style="text-align: justify;"><strong>6) Retardantes químicos</strong></div><div style="text-align: justify;">Os retardantes químicos destinam-se a reduzir a inflamabilidade de materiais lenhosos.O primeiro retardante a ser usado foi o borato de sódio, na década de 50, nos E.U.A. Pouco se usou por ser tóxico e corrosivo. Apareceram depois outros como o fosfato mono-amónico, o fosfato bi-amónico. Actualmente são inúmeros os retardantes, com variadas composições químicas.</div><div style="text-align: justify;">Costuma-se adicionar soluções coloridas de modo a orientar o piloto e as brigadas terrestres. O mais conhecido é o oxido férrico de cor avermelhada.</div><div style="text-align: justify;">Até que ponto é que os retardantes químicos contaminam o solo e as águas superficiais e subterrâneas? Em Seia, este ano, pelo que nos foi dado ver, registou-se uma cheia repentina dando origem a um escoamento de cinzas misturadas com a água. Parecia metal derretido ou magma esfriado! </div><div style="text-align: justify;"><strong>7) Cabras</strong></div><div style="text-align: justify;">Quando apareceram umas notícias nos jornais e na TV sobre uma provável utilização de cabras, na limpeza das florestas e das matas, julgámos que era 1º de Abril, mas não era. E o número era impressionante, nada menos do que 150 mil herbívoros seriam destacados para efectuar tarefas que outrora eram desempenhadas pelos nossos ancestrais, no tempo em que a electricidade e o gás não faziam parte da vida quotidiana. Era a lenha que fornecia a energia de uma casa.</div><div style="text-align: justify;">Não é novidade a colaboração das cabras. A primeira esquadra marítima que aportou à Austrália em 1788, com fins de povoamento (com colonos à força, vulgo degredados), já trazia os simpáticos herbívoros para provimento de proteínas. Rústicas como são,elas rapidamente se adaptaram aos novos habitates; de tal maneira que, decorridos mais de 50 anos, já se tinham transformado em praga.</div><div style="text-align: justify;">Sem predadores carnívoros que pusessem em perigo a taxa de natalidade elas espalharam-se por toda a Austrália, mesmo nas regiões onde há escassez de água. Na pequena ilha de Phillip os efeitos foram devastadores, mesmo com a introdução maciça de dingos. Estes são cães selvagens que fugiram ao controle dos humanos e encontraram um ambiente selvagem ideal: presas pacíficas e na maioria muito lentas. Apesar de bastas companhas de erradicação há hoje na Austrália cerca de 3 milhões de cabras enselvajadas.</div><div style="text-align: justify;">Pior sucedeu nas ilhas Galápagos com a introdução de cabras pelos caçadores de baleias, pelos piratas e por marinheiros de várias proveniências. As ilhas de Santa Cruz, Floreana, São Cristóvão e especialmente Isabella foram as mais sacrificadas. Nesta ultima ilha as cabras devoraram todas as gramíneas que eram o alimento preferido das tartarugas gigantes. Estão em curso programas de erradicação das cabras nas Galápagos com grande sucesso.</div><div style="text-align: justify;">As cabras, enselvajadas transformam uma floresta em prado e um prado em erosão. Um replantio florestal fica condenado ao insucesso se aparecerem as cabras. Cabras pastoreadas são uma bênção, cabras abandonadas são uma maldição.</div><div style="text-align: justify;">Na ilha de Porto Santo as cabras também contribuíram para a devastação da flora, muito embora tenham sido os coelhos a maior praga. Em Cabo Verde as cabras selvagens devoraram toda a massa vegetal numa terrível seca em 1792 em que morreu mais de metade da população.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_g0yuqq-I/AAAAAAAAE0E/pZDPdSewb9g/s1600/fig13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" nx="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_g0yuqq-I/AAAAAAAAE0E/pZDPdSewb9g/s320/fig13.jpg" width="320" /></a></div><strong></strong><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 13 Erradicação das cabras , por modernos processos de preservação, </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">na ilha de Isabela no arquipélago das Galápagos.</span></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A limpeza das florestas e das matas, denominada nalgumas regiões de roçado, faz-se há milhares de anos. Com o êxodo para as cidades estas práticas foram abandonadas. Mas hoje há máquinas que facilitam todas as actividades de limpeza e roçado. Mesmo com máquinas é imprescindível a colaboração de pessoas: os sapadores. Há que se criar um corpo de sapadores e há que se desenvolver planos para aproveitamento da massa vegetal que provém das limpezas, especialmente em energia. </div><div style="text-align: justify;">Esta ideia de limpar as matas aproveitando a capacidade devoradora dos simpáticos herbívoros, sugere-nos que se está tentando arranjar “bodes expiatórios” para as terríveis tragédias que todos os anos se abtem sobre Portugal. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_gAJDmjSI/AAAAAAAAE0A/mOTfanufgXw/s1600/fig14.jpg" imageanchor="1" style="height: 218px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; width: 291px;"><img border="0" height="243" nx="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_gAJDmjSI/AAAAAAAAE0A/mOTfanufgXw/s320/fig14.jpg" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 14 Austrália: cabras “limpando” as matas.</span> </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><strong>8) Conclusões</strong></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Incêndios florestais são mais do que previsíveis. No caso português consegue-se planear acções de modo a minimizarem-se as áreas ardidas, ou até a evitá-las. Portugal dispõe de valiosos dados meteorológicos com mais de 50 anos de observações cuidadas e rigorosas. Todo o país está coberto por uma meteorologia eficiente e, portanto, confiável. A meteorologia de previsão em Portugal é das melhores do mundo. Portugal possue muita experiência científica sobre fogos florestais.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">A carta militar, à escala 1/25000 (680 folhas), é excelente, podem-se fazer planeamentos, optimizar itinerários para cada caso, podem-se obter rapidamente as coordenadas de qualquer local, dada a sua simplicidade. O GPS confirma a excelência cartográfica portuguesa. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">A engenharia florestal portuguesa situava-se entre as melhores do mundo. Esta sabedoria foi transplantada para Angola onde foi possível estabelecer bons povoamentos florestais exóticos, protegeu-se, de um modo notável, a diversificada flora angolana. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Um dos maiores feitos da engenharia florestal portuguesa foi a contenção de dunas, no sudoeste angolano desértico (Namibe, Tômbua e Baía dos Tigres), acompanhada de povoamento florestal com árvores apropriadas (casuarinas). Este empreendimento era referido internacionalmente, chegou a ser filmado por equipas da Europa e dos Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify;">Salta à vista que o único meio de reduzir drasticamente os incêndios em Portugal será através de um plano geral que leve em conta as especificidades de cada região. Este plano poderá ser realizado por meio de um cluster (conjunto) de universidades de modo a colaborarem todas as engenharias. Vale ressaltar que não vislumbrámos até hoje a presença de um engenheiro silvicultor, na TV ou nos jornais, durante a época dos fogos ou fora dela. Estão ausentes, porquê? Onde param os engenheiros em Portugal?</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">O plano abrangerá todas as áreas de engenharia (geográfica,topográfica, florestal,agronómica, informática, civil, mecânica e ambiente). Utilizar-se-ão as ultimas “armas” da engenharia como por exemplo a optimização de acções através da investigação operacional. O plano terá que ter em conta, obviamente, a parte policial e jurídica. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Um cluster das nossas universidades poderá produzir um bom trabalho técnico-científico, até know- how para “exportação. Um bom planeamento de combate a incêndios pode despoletar bons estudos e teses de mestrado e doutoramento por preços normais, sem intermediários parasitas, de acordo com as tabela de honorários estabelecida pela Ordem dos Engenheiros. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Uma vez que tanto se propaga o Portugal Tecnológico chegou a altura de se utilizarem os engenheiros, em suas especialidades, e de se aplicar a moderna Ciência da Optimização e da Decisão. O estudo e execução das medidas contra os fogos devem ser entregues aos sábios e não aos mais sabidos. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Uma incompreensível apatia e um estranho silêncio abateram-se sobre os incêndios florestais e sobre as árvores calcinadas e cinzas que deles provieram. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">Incêndios florestais um fatalismo anual? <span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Redondamente, não</span>.</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_ehanbNfI/AAAAAAAAEz0/mkNkOG895SI/s1600/fig15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" nx="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TM_ehanbNfI/AAAAAAAAEz0/mkNkOG895SI/s320/fig15.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: x-small;">Luiz Teixeira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eng.civil<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Outubro 2010</span></i></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-51592715721106753112010-07-13T23:10:00.000+01:002010-07-13T23:10:36.622+01:00O VERDADEIRO CASAMENTO GAY<embed src="http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/LSsZAjfa83DZdVChbJ3p/mov/1" type="application/x-shockwave-flash" allowFullScreen="true" width="400" height="350"></embed>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-189017102331455562010-05-29T20:06:00.000+01:002010-05-29T21:25:44.522+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (1)<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Só me faltava mais esta!”</div><div style="text-align: justify;">Frase atribuida a Salazar em 1966 quando lhe disseram que tinha jorrado petróleo em Cabinda em quantidades mais do que animadoras.</div><div style="text-align: justify;">«A produção petrolífera de Angola aumentou mais de 550% desde 1980 e é de esperar que essa tendência se mantenha, na sequência de uma série de grandes descobertas feitas na segunda metade do anos 90 que, nas palavras de um analista, fizeram de Angola «“...indiscutivelmenete, o local mais promissor do Mundo para a exploração petrolífera”».De: Angola Do Afro-Estalinismo ao Capitalismo Selvagem de Tony Hodges, Editora Principia Cascais Junho 2002. </div><div style="text-align: justify;">«O sucesso é o pior inimigo de si próprio, um convite à cupidez e à extravagância.» David S.Landes em A Riqueza e a Pobreza das Nações, Gradiva 2001. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>1 - História</strong></div><div style="text-align: justify;">O interesse pelo petróleo angolano começou logo que o automóvel fez a sua entrada em Angola em 1912. Imediatamente no imaginário angolano começaram as histórias e as lendas sobre petróleo. </div><div style="text-align: justify;">Mas antes, em 1910, uma firma comercial antecipou-se e conseguiu, em Lisboa, uma concessão para perfuração de petróleo entre Santo António do Zaire (Soyo) e Novo Redondo (Sumbe). Foi outorgada uma concessão de100 000 km2 à PEMA, tendo esta iniciado os trabalhos em 1915. Perfuraram mais de 500 m sem qualquer exito. Desistiram.</div><div style="text-align: justify;">Era vulgar ouvir dizer que em tal parte o petróleo jorrava do solo como se fosse água. Nas anharas humidas em Angola a vegetação rasteira sofre putrefacções, após chuvas persistentes, formando pastas densas e negras, com laivos de gordura, dando a ilusão de que é petróleo. Existir petróleo em Angola era uma frase que os colonialistas não gostavam de ouvir, não fosse ela ouvida pelas multinacionais e, pior, não fosse ela verdadeira. Para susto bastou a PEMA.</div><div style="text-align: justify;">Eles intuiam que o petróleo iria inviabilizar a presença portuguesa nas colónias. O raciocínio estava correcto porque logo que o petróleo em Cabinda começou a jorrar abundantemente, imediatamente irrompeu a independência. </div><div style="text-align: justify;">A existência de asfaltos, um indiciador de petróleo, no norte de Angola, mais convencia os angolanos de que a descoberta de petróleo era apenas uma questão de tempo. Os asfaltos são um parente pobre dos petróleos mas que fornecem uma pista. </div><div style="text-align: justify;">Em 1938, inquieto com a inépcia dos transportes em Angola, o capitão Joaquim Félix, radicado em Angola, empreendeu experimentos, do seu bolso, com os asfaltos dos Libongos. A imprensa apoiou-o, mas as entidades oficiais achincalharam-no. Decorreriam mais 24 anos para que a colónia começasse a pavimentar as estradas, com os seus próprios asfaltos betuminosos, dando razão ao visionário capitão Félix. As autoridades argumentavam que o asfalto dos Libongos não era apropriado para estradas, mas os belgas compravam-no e usavam-no em pavimentações no Congo Belga já na década de 40. </div><div style="text-align: justify;">Em 1952 o governador-geral Silva Carvalho pugnou, com veemência, em Lisboa acabando por convencer Salazar a autorizar a prospecção de petróleo. Desta vez ao sul de Luanda, no Parque Natural da Quiçama. Mas tudo em pequeno, a área escolhida não era muito farta em petróleo.</div><div style="text-align: justify;">Em 1954 jorrou petróleo, pela primeira vez em Angola, pelo poço Benfica situado nos arredores de Luanda. Um ano depois começou a sua extracção comercial, desta vez reforçada com um novo poço batizado de Tobias mais a sul. Em 1955 a concessionáia-Carbonang- foi autorizada a montar uma refinaria em Luanda para processamento do promissor petróleo angolano. Os produtos desta refinaria destinavam-se, inicialmente, ao mercado de Angola.</div><div style="text-align: justify;">Em Maio de 1957 a refinaria, construída em tempo recorde, entrou em funcionamento com processamento de 100 mil toneladas anuais. Angola ficou auto-suficiente em combustíveis. Em 1960 já se processavam 179 mil toneladas de petróleo bruto das quais 65 mil foram absorvidas pelo mercado angolano, o resto destinou-se à exportação. </div><div style="text-align: justify;">O petróleo próximo de Luanda nunca atingiu as grandes expectativas geradas entre a população. Poços rasos de pouco rendimento eram suficientes para o abastecimento interno a para alguma exportação. Apesar de modesta em termos mundiais, esta produção teve o seu merito porque formou quadros medios e inferiores na difícil tecnologia do petróleo. Era já uma incipiente tecnologia de petróleo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>2 - O petróleo de Cabinda</strong></div><div style="text-align: justify;">Mas em 1966 houve um sobressalto: jorrou petróleo em Cabinda em volumes mais do que promissores. Este facto originou a célebre frase, atribuida a Salazar e transcrita acima. Nesse ano já Portugal estava atenazado, por todos os lados, para tomar uma resolução que resolvesse o anacronismo colonial em que estava envolvido. O petróleo de Cabinda foi um catalisador da independência de Angola. </div><div style="text-align: justify;">A produção de Cabinda foi aumentando de ano para ano. Em 1973 as receitas do petróleo sobrepujaram as do café. Em números: petróleo com 147 068 barris diários totalizando 230 milhões de dólares (em 2005 corresponderia a 2,30 mil milhões de dólares); café com 213 407 toneladas totalizando 203 milhões de dólares (em 2005 corresponderia a 2,04 mil milhões de dólares). </div><div style="text-align: justify;">A cifra mil milhões (em matemática 109) corresponde ao bilião no Brasil e nos Estados Unidos. Como esclarecimento adiantamos que a terminologia mil milhões está consentânea com o SI (Sistema Internacional de medições) aceite por todas as nações mundiais com excepção dos E.U.A. No sistema SI (agora também adotado pela Inglaterra) o peso é referido em N (newton) e seus multiplos e a massa é referida em gramas (g) e seus multiplos</div><div align="center"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFiL3et1II/AAAAAAAAEuM/lmy7HKPUg9Q/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFiL3et1II/AAAAAAAAEuM/lmy7HKPUg9Q/s320/1.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 1 Plataforma petrolífera no on-shore (águas rasas) em Cabinda, nos anos 70 do século passado. Em primeiro plano uma “tocha” queimando gás natural uma “obscena” maneira de se verem livres do gás que acompanha, normalmente, a produção de petróleo. Naqueles anos o petróleo era abundante mas o consumo mundial era pequeno. Queimar o gás era a maneira mais cómoda e barata de se obter o petróleo.Ainda hoje o gás natural embaraça a extracção petrolífera em Angola, embora já se faça o seu aproveitamento.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-79551773146154923862010-05-29T20:05:00.000+01:002010-05-29T21:26:19.580+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (2)<div style="text-align: justify;"><strong>3 - O petróleo em offshore de Angola</strong></div><strong></strong><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em relação às jazidas em terra ou em água rasas (até 500 m) os geólogos Richard C.Duncan & Walter Youngquist escreveram um sugestivo artigo na Net (The World Petroleum Life-Cycle 1998) sobre as jazidas de petróleo em todo o mundo (43 países) explicitando-as com curvas de produção ao longo dos anos. Estas levam em consideração o petróleo já extraído e o que pode ser extraído. As curvas abaixo referem-se aos calculos daqueles eminentes geólogos. No caso de Angola não foram incluidas as reservas off-shore descobertas em 1998, após a elaboração das curvas. A nova curva reforça as expectativas angolanas pois augura uma maior “esperança de vida” para o petróleo de Angola.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFksqTqBMI/AAAAAAAAEu8/c2d77T5XirA/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFksqTqBMI/AAAAAAAAEu8/c2d77T5XirA/s320/2.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 2 Curva elaborada por Duncan & Youngquist (1998). A escala vertical refere-se à produção anual e à unidade mil milhões (biliões no Brasil e Estados Unidos). Pormenorizando: 0,35 corresponde a 350 milhões de barris anuais ou sejam 958 904 barris diários. A seguir, em baixo, a mesma curva, adaptada por nós, para barris diários.Não é considerada a existência do petróleo offshore, descoberto após a eleboração deste gráfico. O ramo da curva até 2005 está de acordo com a realidade.</span> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Muitas vezes temos pensado no facto de a independência de Angola ter sido desencadeada atabalhoadamente (com total desconhecimento das realidades e, principalmente, das consequências), a partir de 1974, dando origem a uma descolonização desmiolada (unica na história mundial pelo ineditismo e irresponsabilidade dos “estadistas” que a conduziram). Foi precisamente em 1973, um ano antes, que as multinacionais do petróleo começaram a ver que Angola estava a transformar-se em um promissor campo petrolífero. É uma interessante coincidência, mas mais do que previsível especialmente para aqueles que, naquela época, tinham o privilégio de estudar geo-estratégia mundial. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkq5LPrlI/AAAAAAAAEu0/_JBN3G11TZQ/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkq5LPrlI/AAAAAAAAEu0/_JBN3G11TZQ/s320/3.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 3 A curva elaborada pelos geólogos Richard Duncan e Walter Youngquist em 1998 acima referida.A escala vertical à esquerda refere-se a mil milhões (biliões nos E.U.A e Brasil)e a escala à direita refere-se a milhares de barris diários A escala à direita refere-se a barris diários. Observa-se o grande salto em 1970, a quebra em 1976 (independência) com recuperação em 1980, e o grande salto de 1985 até 1995. Em 1992/1993 registou-se uma ligeira perturbação devida à segunda guerra civil.</span> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 2005 nesta curva, é visível o declínio da produção, que se vai acentuando ao longo dos anos. Esta curva não leva em conta a produção off-shore descoberta mais tarde. Com a nova estimativa, a partir de 2003 a curva sofrerá uma inflexão para cima, melhorando substancialmente as expectativas dos angolanos. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFko2iGL5I/AAAAAAAAEus/4loKuGxUZ48/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFko2iGL5I/AAAAAAAAEus/4loKuGxUZ48/s320/4.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 4 A parte verde (à esquerda) diz respeito ao petróleo já extraído (até 2003) em um total de 5 mil milhões de barris. A parte azul (à direita) diz respeito ao petróleo por extrair, mas não incluindo aquele que foi descoberto recentemente em águas profundas.A nova curva, neste caso, sofrerá uma inflexão para cima a partir de 2003.Segundo Tony Hodges (Angola-Do Afro-Estalinismo ao Capitalismo Selvagem) as reservas petrolíferas angolanas ascendem a mais de 13 mil milhões de barris. O Departamento de Estatística dos E.U.A. refere-se a 9 mil milhões.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkmU0wxRI/AAAAAAAAEuk/U4GbaNWnbYw/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkmU0wxRI/AAAAAAAAEuk/U4GbaNWnbYw/s320/5.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 5 As concessões de petróleo em Angola. Toda a orla marítima, de Cabinda ao Cunene, está tomada por elas. A maior parte está a mais de 100 km da costa (off-shore). Esta exploração é toda em FPSO (Floating Production Storage Offloading) ou seja a produção o armazenamento e a transferência para petroleiros são efectuadas em uma plataforma; dali é transferida para os navios de transporte a longas distâncias. Os angolanos não se apercebem como decorrem estas operações.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É, de certo modo, confortável a possança petrolífera de Angola. Fazendo fé nos números de Tony Hodges (13 mil milhões), devidos às novas jazidas off-shore descobertas depois de 2000, o país tem petróleo para mais 17 anos (2027) admitindo uma produção diária de 2 milhões de barris ou 730 milhões de barris anuais. Se adoptarmos o otimismo petrolífero angolano, que tem coincidido com novas descobertas, podemos imaginar um aumento de produção nas concessões mais a sul de Luanda. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkjaorLNI/AAAAAAAAEuc/BJfsmJGA4bE/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkjaorLNI/AAAAAAAAEuc/BJfsmJGA4bE/s320/6.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 6 Os blocos mais rentáveis no off-shore angolano. Girassol e Dália são do Bloco 17. Está assinalado o poço Tobias que catalisou o entusiasmo dos angolanos sobre o futuro da então colónia.</span> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkhYxZvAI/AAAAAAAAEuU/FDMe97A9X6E/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFkhYxZvAI/AAAAAAAAEuU/FDMe97A9X6E/s320/7.jpg" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Fig 7 Esquema das produções petrolíferas actuais em redor da foz (em estuário) do rio Congo ou Zaire.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-62571868758887920582010-05-29T20:04:00.000+01:002010-05-29T21:26:41.351+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (3)<strong>4 - As FPSO (Floating Production Storage Offloading)</strong> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As FPSO começaram a ser ensaiadas em 1970 mas só se tornaram exequíveis nos anos 90. Elas dispensam os pilares de apoio no fundo do mar e o uso de longos e dispendiosos pipelines. Armazenam o crude “sugado”dos fundos oceânicos e depois passam-no para os navios tanques. Quando “secam” os poços, a FPSO levanta as âncoras e vai para outro local. Quase todas provêm de antigos petroleiros que são reforçados e convertidos em sofisticadas estruturas de extração e armazenamento. Quando são construídas de raiz são as FSU (Floating Storage Unit).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Numa FPSO (Produção, estocagem e transbordo em um único barco) faz-se a extração com armazenamento temporário até 2 milhões de barris; posteriormente virá um navio, a cada 4 dias, para receber o transbordo e fazer o transporte para qualquer parte do mundo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A maior FPSO até hoje construida foi a actual Seawise Giant, um antigo petroleiro que usou os nomes de Knock Nevis, Happy Giant e Jahre Viking. O petroleiro tinha 458 m de comprimento, 69 m de largura e 32 m de altura fora da água. O calado (parte dentro da água) por ser muito profundo não podia passar no canal do Suez e no canal do Panamá. Este petroleiro foi danificado quando atravessava o estreito de Ormuz durante a guerra Irão-Iraque nos anos oitenta. A carcaça foi reconvertida em FPSO e opera no Qatar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmwOMQLlI/AAAAAAAAEvE/9vG1b5nAf84/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmwOMQLlI/AAAAAAAAEvE/9vG1b5nAf84/s320/8.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 8 FPSO Knock Nevis,ex- maior petroleiro do mundo: comprimento de 458 m largura de 69 m calado de 30 m. Não podia passar nos canais de Suez ou Panamá. Ficou semi-destruído na guerra Irão-Iraque quando atravessava o estreito de Ormuz. Foi convertido em FPSO e está em ação no Qatar. Na gravura (a vermelho) uma comparação do seu comprimento com diversos emblemas mundiais.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmx33uDtI/AAAAAAAAEvM/8nykv_57OhI/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmx33uDtI/AAAAAAAAEvM/8nykv_57OhI/s320/9.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 9 Os blocos em exploração em 2009 situam-se entre Cabinda e Luanda, O Bloco 17 alberga 4 FPSO muito produtivas: Girassol, Dália, Rosa e Jasmim.Estão “em frente”de N´Zeto (ex-Ambrizete).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Bloco 17 do off-shore de Angola tem uma reserva de 1000 milhões de barris. A plataforma FPSO Girassol extrai por dia 200 mil barris de crude. Esta plataforma está a 135 km da costa de Angola e opera a uma profundidade de 1350 m. Perto, a 10 km, está a plataforma Dália, com as mesmas características e igual rendimento. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A plataforma Girassol saiu da Coreia, puxada por 2 rebocadores, com destino a Angola, à velocidade de 2 nós (3,7 km) por hora. Atravessou os estreitos de Singapura e Malaca antes de entrar no Oceano Indico. Passou pelo Canal de Moçambique (Pemba) e chegou a Angola após mais de 100 dias de viagem ou 27 mil km.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A FPSO Dália tem 300 m de comprimento, 60 m de largura e 32 m de altura. Era um antigo petroleiro que foi transformado na Coreia do Sul. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A maior FPSO em Angola é a Kizomba: produz 240 mil barris diários e armazena 2,2 milhões de barris. Está ao norte de Dália, no Bloco 15 a 320 km da costa, tem 285 m de comprimento, 63 m de largura e 32 m de altura. Extrai o crude de 1 200 m de profundidade. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmz0ENI-I/AAAAAAAAEvU/pfzOfSVfD30/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFmz0ENI-I/AAAAAAAAEvU/pfzOfSVfD30/s320/10.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 10 Esquema geral de uma FPSO.</span> </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm1STmHkI/AAAAAAAAEvc/hKul56TOqTE/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm1STmHkI/AAAAAAAAEvc/hKul56TOqTE/s320/11.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig11 e 12 Esquema e pormenor de uma FPSO</span></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm3BJ7QNI/AAAAAAAAEvk/mgh59CCWs1k/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm3BJ7QNI/AAAAAAAAEvk/mgh59CCWs1k/s320/13.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 13 FPSO Girassol no Bloco 17 do off-shore a 135 km da costa angolana; extrai petróleo de profundidades em torno de 1350 m. A Sonangol detem 60 % e a Total os restantes 40%. O bloco 17 tem 3 mil milhões de barris de reserva. Estão em operação 71 dispositivos de extração do crude que é armazenado durante 8 dias na própria FPSO e depois transferido para petroleiros que seguem para diversos pontos do mundo. Esta FPSO extrai 240 mil barris diários que são armazenados até perfazerem 2 milhões; a seguir virá um petroleiro carregar este petróleo.</span> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm5PhcP3I/AAAAAAAAEvs/NHAb-vz3cEQ/s1600/14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm5PhcP3I/AAAAAAAAEvs/NHAb-vz3cEQ/s320/14.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 14 A complexidade de uma FPSO. Inquestionável: é uma tecnologia de ponta que abrange todas as engenharias. Estarão os angolanos absorvendo todas estas tecnologias como sucede com o Brasil, onde tudo é feito por brasileiros com as suas universidades desenvolvendo programas de pesquisas? Vale ressaltar que o Brasil é o pioneiro da produção de petróleo em alto-mar. É uma tecnologia de ponta que orgulha os brasileiros: eles não aprendem, ensinam; eles não esperam por outros, empreendem rapidamente.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm8FypZ1I/AAAAAAAAEv0/RNnSiJWTh84/s1600/15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm8FypZ1I/AAAAAAAAEv0/RNnSiJWTh84/s320/15.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig15 Um FPSO: autónoma, é abastecida diariamente com helicopteros e pequenos barcos.É uma mini-cidade. Nesta gravura ela está em viagem: quando o “poço seca” levanta as âncoras e vai para outros mares. Um verdadeiro maná pois não colide com donos de terras, não deixa marcas ambientais, ninguém se apercebe da sua presença.A extracção de petróleo em alto-mar tranquiliza, sobremaneira, as empresas petrolíferas pois não têm de encarar a má vontade dos nacionais. Mas oferece muitos riscos que são expostos por Sonia Shah no livro “A História do Petróleo” ediçãos L&PM Editores, Porto Alegre, Brasil 2006:« As redes de oleodutos submarinos, apesar de muito caras e trabalhosas para a indústria petrolífera, são muito mais seguras do que transportar enormes quantidades de óleo pela superficie do mar em petroleiros e outras embarcações, como exigem os FPSOs. É por isso, ao menos em parte, que os reguladores norte-americanos baniram os FPSOs do Golfo do Méxicoaté 2002». «Os FPSOs podem se movimentar alguns metros para cima e para baixo e se inclinar cerca de quinze graus». Os FPSOs são viáveis no Atlântico Sul onde as ondas raramente atingem uma altura de 5m. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm-_5bGtI/AAAAAAAAEv8/WpEA-eBCl18/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFm-_5bGtI/AAAAAAAAEv8/WpEA-eBCl18/s320/16.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 16 Off-shore de Angola e respectivos blocos. Por enquanto o Bloco 17 é o mais produtivo.</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Há indícios de que existe, mundialmente, mais petróleo no mar do que em terra, tudo depende dos avanços da ciência e da tecnologia.Podemos estar tranquilos, mas sob uma certa reserva, pois asseveram-nos, fazendo fé nos relatórios das multinacionais, que “o petróleo não acaba”. A tranquilidade tem um elevado preço e esse é o evidente aquecimento global, descontando os grandes exageros pseudo-científicos gerados à volta dele.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFnA4VKZ0I/AAAAAAAAEwE/TuZVIAZTzKg/s1600/17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFnA4VKZ0I/AAAAAAAAEwE/TuZVIAZTzKg/s320/17.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 17 Esquema de uma FPSO. A plataforma “suga”, do fundo do mar, e transfere o crude para um petroleiro que conduzirá a preciosa carga para qualquer parte do mundo.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-70383208441178399442010-05-29T20:03:00.000+01:002010-05-29T21:27:09.369+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (4)<strong>5 - As grandes produçõe petrolíferas no mundo</strong><br />
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Desde tempos bíblicos que se conhece o petróleo. Era usado na iluminação e nas cozinhas domésticas. Um derivado, o alcatrão, era usado na calafetagem dos barcos. O Caucaso era a região no mundo onde o petróleo brotava à superficie. O carvão era, então, a grande fonte de energia devido ao seu fácil transporte. A primeira perfuração industrial realizou-se em Baku (Caucaso) em 1848. Em 1850 já era utilizada na iluminação; o célebre candeeiro Petromax (queima petróleo difuso) apareceu em 1857.Até 1850 a base da iluminação era o óleo de baleia. Foi a primeira salvação dos cetáceos, mas não a ultima; ansiamos que os japoneses percam o terrível costume de matar baleias!<br />
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O primeiro poço no continente americano entrou em produção em 1858 em Ontário no Canadá. O coronel norte-americano Edwin Drake em Titusville (Pensilvânia) em 1859 foi o iniciador da indústria petrolífera americana ao perfurar um poço com 20 m de profundidadee produção de 30 barris por dia (1 barril de petróleo tem 159 litros). Mas não eram necessárias grandes produções porque o petróleo era utilizado, apenas, para a iluminação.<br />
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Mas as grandes possanças americanas estavam mais para oeste: Texas e Oklahoma. Os americanos da costa leste, onde se situa o estado da Pensilvania, desdenhavam dos aventureiros que se esfalfavam na procura de petróleo no Texas. Os pioneiros, quando se aventuram, quase sempre são motivo de chacota.<br />
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Com o aparecimento do automóvel tudo mudou. Em 1886 apareceu o primeiro motor de explosão, em 1920 já Henri Ford produzia mais de 1 milhão de carros. Avassalador, o petróleo impôs-se como a primeira fonte de energia. <br />
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<strong>6 - O primeiro poço gigante da história: Spindletop no Texas</strong><br />
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Foi o maior poço de petróleo nos E.U.A. Situa-se ao sul de Beaumont no Texas, a l0 km de Houston.<br />
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Em 27 de outubro de 1900 o engenheiro austríaco Anthony Lucas começou a perfurar um poço em cima de um domo de sal, sob fortes e mordazes críticas de colegas e da imprensa. A incipiente produção de petróleo estava concentrada nos estados da Pensilvânia (onde Drake perfurou o primeiro poço petrolífero da história) e Ohio. As teorias da época condenavam esta perfuração, especialmente a imprensa destes dois estados. Outro arrojo dos “aventureiros” do Texas era a perfuração com brocas rotativas em contraste com a percussão os chamados “pica-paus” (derricks). <br />
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Em 10 de janeiro de 1901, quando a perfuração atingiu os 300 m, (um contraste com a profundidade de 20 m na Pensilvânia) o furo começou a “a roncar e a vomitar lodo negro com pedriscos” , que caiu sobre as pessoas, sobre toda a aparelhagem e sobre uma apreciável área de serviço circundante. Todos se puseram rapidamente a salvo, a uma conveniente distância. E esperaram ansiosos. O fluxo parou mas continuou ameaçador, “roncando”. Todos voltaram, recomeçando as limpezas, mas desconfiados. Parece que foi de propósito, o poço eclodiu com uma fúria que deixou todos estupefactos, mas explodindo de alegria. Irrompeu um autentico geyser de petróleo atingindo os 60 m de altura-mais 18m do que o seu derrick (torre) encharcando tudo e todos com petróleo. Esta cena inspirou cenas semelhantes nos filmes “O Gigante”, “Cimarron” (em Oklahoma) e modernamente no filme “ Haverá Sangue”.<br />
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Spindletop batizado de Lucas, produzia 12 000 m3 (80 000 barris) de crude por dia. Antes deste fenómeno o poço de maior produção no mundo produzia 50 barris diários (8 m3). Havia teorias de que não era possível passar desta marca. O Lucas desmentiu as teorias: fornecia um volume 1 600 vezes maior, um valor inimaginável até então. Spindletop provou que aquecendo as camadas de rocha podem-se obter volumes consideráveis de crude. Provou também a superioridade dos furos rotativos em relação à percussão. Foi o início da moderna tecnologia do petróleo que, desde então, tem sempre desafiado o “status quo”. Quando se julga que “nâo há mais nada para descobrir” aparece uma nova e desafiante tecnologia. O caso mais actual é o das FPSO descritas atrás. Os pioneiros que tentam adoptar novas e ousadas tecnicas são sempre crismados de malucos. Felizmente “eles” persistem nas suas loucuras.<br />
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Em 1903, 2 anos depois, o primeiro furo (Lucas) já estava atabafado com milhares de derricks.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFu8hnfJ4I/AAAAAAAAEwM/cVzpg8xD_XY/s1600/18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFu8hnfJ4I/AAAAAAAAEwM/cVzpg8xD_XY/s320/18.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 18 O célebre poço gigante de Spindletop e os felizes operadores.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFu_yBEidI/AAAAAAAAEwU/QBvQapc3MKA/s1600/19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFu_yBEidI/AAAAAAAAEwU/QBvQapc3MKA/s320/19.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 19 O campo gigante de Spindletop no Texas, 2 anos depois da erupção do Lucas.</span> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvIZtFNcI/AAAAAAAAEwc/IkkZ_4AvyYc/s1600/20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvIZtFNcI/AAAAAAAAEwc/IkkZ_4AvyYc/s320/20.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 20 Sondagem à percussão (pica-pau). Aplica-se quando a profundidade não vai além de 30 m, em rocha mole. Na Pensilvânia o petróleo, em alguns locais, jorrava à superficie; tinha-se como definitiva a ideia de que o petróleo estava sempre muito à superficie. Em Oklahoma, em Spindletop, aplicou-se a perfuração rotativa que atingiu grandes profundidades.</span></div><br />
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<strong>7 - O campo petrolífero super-gigante em Ghawar na Arábia Saudita</strong><br />
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O maior campo petrolífero, até hoje descoberto, situa-se na Arábia Saudita; é Ghawar abrangendo uma área de 7300 km2 (280 km por 26 km), a 250 km e leste da cidade de Riad e a 150 km a Oeste de Qatar. Foi descoberto em 1948 com início da exploração em 1951. Perde eficiência à taxa de 8% ao ano. Produz 5 milhões de barris por dia e 8 mil milhões (8 biliões no Brasil e E.U.A) de m3 de gás natural. <br />
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Recebe a designação de gigante um campo petrolífero que produz mais de 500 mil barris por dia. O campo gigante de Ghawar com 5 milhões de barris por dia é o maior no mundo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvLNGMQAI/AAAAAAAAEwk/GExzIclPETw/s1600/21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvLNGMQAI/AAAAAAAAEwk/GExzIclPETw/s320/21.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 21 Berço da atual civilização o Médio Oriente é hoje a região mais problemática de todo o mundo</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvNzSxSrI/AAAAAAAAEws/BaXQXPnVPho/s1600/22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvNzSxSrI/AAAAAAAAEws/BaXQXPnVPho/s320/22.jpg" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Fig 22 O Medio Oriente detém mais de 60% de todo o petróleo mundial. O eixo desta área nevrálgica é o Golfo Pérsico. É um petróleo “em terra”, de fácil extração e com custos pequenos, que serve para moderar os altos custos do petróleo obtido “no mar”. Os impactos ambientais nunca tomam a gravidade dos que sucedem nos offshores. Os incendios “em terra” debelam-se com relativa facilidade.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvQL88bnI/AAAAAAAAEw0/JWQeaJ5qrEs/s1600/23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvQL88bnI/AAAAAAAAEw0/JWQeaJ5qrEs/s320/23.jpg" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Fig 23 Campo gigante de Ghawar na Arábia Saudita próximo do Golfo Pérsico ou Arábico. Com a evidente depleção do petróleo fácil esta área já é um ponto vermelho de conflitos, no mapa mundial.</span> <br />
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<strong>8 - Nigéria</strong><br />
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A Nigéria foi o segundo produtor africano de petróleo durante os ultimos anos (o primeiro é a Líbia). Quase toda a extração petrolífera nigeriana situa-se no delta do rio Níger. Este rio tem uma área de bacia hidrográfica de 2 117 700 km2 e um estirão de 4 180 km; nasce na Guiné, passa pelo Mali, Niger, e fronteira do Benim antes de atingir o delta. É o terceiro rio mais longo de África, depois de Nilo e Congo. <br />
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O delta é pujante de petróleo embora a produção tenha vindo a cair nestes ultimos anos, não só devido às próprias jazidas, que vão perdendo rendimento ao longo do tempo (ver abaixo a curva de Duncan e Youngquist), como também a circunstâncias sociais que se vão agravando de dia para dia. Os conflitos com as populações locais começaram em 1990 e têm-se agravado desde então. <br />
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Ocupação de terras agrícolas de grande fertilidade com estruturas petrolíferas, com fracos critérios de indemnizações, agravada com terríveis poluições do solo, da água e do ar proporcionaram uma situação de pré-guerra civil. São constantes os ataques às infrastruturas e especialmente aos “pipe lines” (tubagem de transporte) provocando incêndios devastadores com muitas mortes. Esclarecemos aqui que o delta do Níger (como é intrínseco de todos os deltas) é eco-agricolamente muito rico, não é de admirar a sua enorme densidade demográfica. <br />
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A produção Nigeriana tem vindo a cair de tal maneira que já foi sobrepujada por Angola. Além de petróleo o delta do rio Níger é abundante em gás natural, existindo uma refinaria para transformação do gás natural em LNG (gás natural liquefeito). <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvSnO29rI/AAAAAAAAEw8/RCJo9Dux_Pg/s1600/24.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvSnO29rI/AAAAAAAAEw8/RCJo9Dux_Pg/s320/24.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 24 Delta do rio Níger. Rico em petróleo coloca a Nigéria em 10ª reserva mundial com 36,2 mil milhões de barris (36,2×109 ). É a 2ª em África com a Líbia (41,5 mil milhões) liderando.O petróleo da Nigéria é todo in-shore (em terra) o que tem trazido grande turbulência culminada com a pré-guerra civil. Os povos que habitam no delta não se conformam com os tremendos impactos ambientais provocados pela produção e pelas consequentes injustiças sociais. Na verdade o petróleo emprega pouca gente, quase toda com alta qualificação o que significa estrangeiros, denominados, agora, de expatriados. (ex-cooperantes). O petróleo inutilizou vastas áreas agrícolas de elevada fertilidade.</span> </div><br />
Na figura notam-se, a castanho (marron) os imensos e longos pipelines que saem de todos os poços. Isto tem originado pavorosos incêndios, com centenas de perdas de vida, devidos aos furos clandestinos para “re-extração” de crude.<br />
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Esta pequena guerra civil tem desencorajado as empresas petrolíferas que se “estão virando” mais para sul ou seja para Angola. Aqui o petróleo está quase todo em off-shore a mais de 100 km da costa angolana.É uma extração muito longe de qualquer bisbilhotice, os angolanos nunca se aperceberão de tal riqueza e como é extraída.Em termos sociais é, também, uma extração offshore dos olhares curiosos. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvVZdF-kI/AAAAAAAAExE/sLzPXUw5Z7k/s1600/25.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvVZdF-kI/AAAAAAAAExE/sLzPXUw5Z7k/s1600/25.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFvVZdF-kI/AAAAAAAAExE/sLzPXUw5Z7k/s320/25.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 25 Curva da produção de petróleo da Nigéria, segundo Richard C.Duncan & Walter Youngquist (1998). A escala vertical diz respeito à produção de barris de petróleo por ano, multiplicada por 109. Assim 0,8 significam 800 milhões anuais ou 2,2 milhões de barris por dia. Um barril tem 159 litros. Verifica-se que o declínio começou em 2005. Além desta previsão há que acrescentar as intensas perturbações provocadas pela exploração petrolífera no delta do rio Níger: os povos revoltaram-se devido aos choques ambientais e sociais trazidos por ela.Em África a Nigéria perdeu o cetro da exploração petrolífera a favor de Angola. Mas em Angola o petróleo é extraído do mar, a mais de 100 km da costa, longe de todos os olhares.Os angolanos nem se apercebem, no terreno, que são detentores de uma imensa riqueza petrolífera. Mas apercebem-se, e como, que dela nada beneficiam!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-22125507447029642832010-05-29T20:02:00.000+01:002010-05-29T21:27:59.050+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (5)<strong>9 - O petróleo no Mundo</strong><br />
<strong></strong><br />
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Principais países produtores de petróleo<br />
<strong>Valores de produção em 2008 em milhões de barris diários</strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzU8Nl9kI/AAAAAAAAExM/444u4qdZFBQ/s1600/25%2B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzU8Nl9kI/AAAAAAAAExM/444u4qdZFBQ/s320/25%2B.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: Departamento de Estatística dos Estados Unidos da América</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Angola deverá atingir, muito brevemente, os 2 milhões de barris por dia.</span> </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzXBVtddI/AAAAAAAAExU/BbqIAnbzudw/s1600/26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzXBVtddI/AAAAAAAAExU/BbqIAnbzudw/s320/26.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 26 Países produtores de petróleo.</span></div><br />
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<strong>Maiores exportadores de petróleo</strong><br />
<strong>Valores de 2008 em milhões de barris diários</strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzZgXgknI/AAAAAAAAExc/P2KYhpCJ6jQ/s1600/26%2B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzZgXgknI/AAAAAAAAExc/P2KYhpCJ6jQ/s320/26%2B.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte Departamento de Estatística dos Estados Unidos da América</span></div><br />
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<strong>Maiores consumidores de petróleo</strong><br />
<strong>Valores de 2006 em milhões de barris diários</strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzbk1JuwI/AAAAAAAAExk/eHJ2AWtK61w/s1600/26%2B%2B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzbk1JuwI/AAAAAAAAExk/eHJ2AWtK61w/s320/26%2B%2B.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: Departamento de Estatística dos Estados Unidos da América</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">O consumo mundial diário de petróleo cifra-se em torno de 85 milhões de barris (13,5 milhões de m3 ) ou seja é um “ rio” de petróleo com um caudal de 156 m3/s. À velocidade normal da água (1 m/s, inadmissível para petróleo pois, para este na prática, seria muito menor) o crude seria transportado por uma adutora (tubo circular) com 14 m de diâmetro, dia e noite, durante um ano. Para um transporte teórico de petróleo a velocidade no tubo teria que ser muito menor do que 1 m/s o que aumentaria, substancialmente, o respectivo diâmetro. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzd63Q7LI/AAAAAAAAExs/rbcBCb994M0/s1600/27.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzd63Q7LI/AAAAAAAAExs/rbcBCb994M0/s320/27.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig 27 Consumo diário mundial de todos os países do Mundo. Total: 85 milhões de barris por dia.</span></div><br />
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<strong>10 - As 20 maiores reservas petrolíferas do Mundo em 2007</strong><br />
<strong>Valores em mil milhões (biliões no Brasil e E.U.A)</strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzgK-ex_I/AAAAAAAAEx0/pdosPzLZ_cs/s1600/27%2B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzgK-ex_I/AAAAAAAAEx0/pdosPzLZ_cs/s320/27%2B.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: Departamento de Estatistica dos E.U.A</span></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzjfb6UJI/AAAAAAAAEx8/-z5JoNWDoIg/s1600/28.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzjfb6UJI/AAAAAAAAEx8/-z5JoNWDoIg/s320/28.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 28 Segundo Tony Hodges em” Angola Do Afro-Estalinismo ao Capitalismo Selvagem”: «...as reservas totais estimadas do país, incluindo quer as comprovadas, quer as prováveis, ascendiam já, nessa data, a 12 300 milhões de barris, ou seja ao equivalente a 38 anos de produção aos mesmos níveis (MINPET, 2001)».A gravura inclui 9 mil milhões valores admitido pelo Departamento de Estatística dos Estados Unidos da América. Fonte deste gráfico: Internet</span>. </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzoYlAInI/AAAAAAAAEyE/qC3ln-KVwS0/s1600/29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzoYlAInI/AAAAAAAAEyE/qC3ln-KVwS0/s320/29.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Unidades: Billion significa 109 ou no sistema SI (oficializado na União Europeia) mil milhões</span>.</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 29 Países africanos produtores de petróleo. As maiores reservas estão na Líbia (43,7 mil milhões) e Nigéria (36 mil milhões). Seguem-se a Argélia (12,2 mil milhões) e Angola (9 mil milhões) Todas as reservas estão em onshore (em terra) excepto Angola que estão em offshore (no fundo do mar). Em Ghana e no Uganda as reservas foram descobertas muito recentemente. Estes países estão sob forte confusão de sentimentos levantada pela seguinte pergunta: “Será que se vão repetir aqui as mesmas desgraças que grassam por todo o continente africano?”Os produtores africanos estão integrados no segundo time; no primeiro time, até 80 mil milhões de barris incluem-se a Arábia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Venezuela e Rússia.</span> </div><br />
<br />
<strong>11 - Os maiores emissores de CO2</strong><br />
<strong>Valores referidos ao período 1990-2002</strong><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzrZeOdBI/AAAAAAAAEyM/q1Ee5t6xTGQ/s1600/29%2B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzrZeOdBI/AAAAAAAAEyM/q1Ee5t6xTGQ/s320/29%2B.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig A China é o maior emissor de CO2 mas é também o mais populoso país do mundo</span></div><br />
<strong>12 - As descobertas de jazidas</strong><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzu2tsxZI/AAAAAAAAEyU/lz0pvCog9kc/s1600/30.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAFzu2tsxZI/AAAAAAAAEyU/lz0pvCog9kc/s320/30.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 30 O século do petróleo. O período entre 1940 e 2000 foi a época dourada das descobertas de novas jazidas. Isto criou no homem comum uma sensação de eternidade energética, mas a partir de meados dos anos 90 a curva dos consumos passou para cima da curva das descobertas o que prenuncia uma depleção a longo prazo, Mas há reservas colossais de gás natural, basta fazerem-se rápidas reconversões, embora o transporte de gás seja mais problemático e dispendioso.</span> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-39145278924218216382010-05-29T20:01:00.000+01:002010-05-29T21:28:22.345+01:00ANGOLA, 50 ANOS DE PETRÓLEO (6)<strong>12 - Petróleo não convencional</strong><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">Os mais otimistas argumentam que o petróleo nunca faltará, até se descobrir uma outra fonte de energia. Este otimismo é alimentado com a esperança de que se descobrirão mais jazidas no mar, à medida que se vão aperfeiçoando ou aparecendo tecnicas mais evoluídas de prospecção e exploração.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No Canadá, em Alberta na bacia do rio polar Atabasca, existem milhões de toneladas de areias betuminosas que depois de processadas fornecem petróleo. A possança destas areias, convertíveis em petróleo, é simplesmente colossal, da ordem de 3 vezes as reservas da Arábia Saudita. A extração das areias é feita por processos de terraplenagem com gigantescas máquinas. As areias são aquecidas e depois processadas. O processamento é violento em termos ambientais, pois para se obter um barril de petróleo (159 litros) movimentam-se 2 toneladas de areia e é libertado para a atmosfera um volume de CO2 de 3 a 5 vezes maior do que o usual na obtenção do petróleo convencional. Escusado será dizer que os danos ambientais são inimagináveis. Podemos afirmar que, com estas areias a humanidade não sucumbirá com a depleção do petróleo, mas morrerá com a “sufocação” provocada pelo excesso de CO2. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Canadá já extrai, por este processo, cerca de 1 milhão de barris diários. Em Alberta a Greenpeace está atenta e atingem muitas dezenas os seus constatantes e acerados protestos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na bacia do rio Orenoco, na Venezuela, existem iguais jazidas de areias betuminosas na mira das grandes multinacionais de petróleo, em uma área de 12 000 km2. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2clNFccI/AAAAAAAAEzE/23FdrfWZq9o/s1600/31.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2clNFccI/AAAAAAAAEzE/23FdrfWZq9o/s320/31.jpg" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Fig 31 Uma pá-escavadora (shovel) carregando um camião fora de estrada em Alberta. Cada balde tem 20 m3 ; o camião transporta, em uma unica viagem, 200 t (100 m3) de material betuminoso.Pode ver-se ao fundo a profundidade da possança das jazidas.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2e56CcdI/AAAAAAAAEzM/tvbgWqNwUok/s1600/32.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2e56CcdI/AAAAAAAAEzM/tvbgWqNwUok/s320/32.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fi 32 Areia betuminosa de Alberta no Canadá. A possança é colossal, pode-se obter um numero de barris de petróleo 3 vezes superior ao da Arábia Saudita mas só após processamentos muito energívoros e poluentes. Na bacia do Orenoco (Venezuela) existe uma possança da mesma ordem de grandeza. Deus nos valha!</span> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2g_OV8vI/AAAAAAAAEzU/mmTU9wT9Ecc/s1600/33.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2g_OV8vI/AAAAAAAAEzU/mmTU9wT9Ecc/s320/33.jpg" /></a></div><span style="font-size: x-small;">Fig 33 Xisto betuminoso: diferente das areias betuminosas, é mais compacto mas dele se podem, também, obter mihões de barris de petróleo através de processamentos cinco vezes mais danosos para o ambiente do que os utilizados na obtenção do petróleo convencional. Será que vale a pena obter-se uma tal vitória pírrica?</span> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2jLU47XI/AAAAAAAAEzc/Rh3M8kXFeDg/s1600/34.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2jLU47XI/AAAAAAAAEzc/Rh3M8kXFeDg/s320/34.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 34 Uma escavadora gigante em operação nas areias betuminosas do Canadá. Ao fundo podem ver-se carrinhas vulgares umas anãs em comparação com as escavadoras. Dá para se aquilatar os colossais depósitos existentes na área. É uma Arábia Saudita de petróleo, mas em estado sólido.Há já umas teorias estapafurdias preconizando injectar o CO2, proveniente da produção e queima de petróleo no mundo, no solo, ou seja adoptando a velhíssima ação de despachar o lixo para debaixo do tapete. Uma outra ação, ainda mais anedótica, é a descoberta pelos bancos: os países não desenvolvidos, com quotas de CO2 abaixo dos limites, podem vendê-las aos países infractores (créditos de CO2) ou seja pode sempre continuar o “regabofe” da queima indiscriminada de combustíveis fósseis. Trata-se de duas incríveis operações: proteger os países que não têm competência para reduzir a taxa de gases de estufa e abrir mais uma frente de especulações bancárias oferecendo serviços virtuais, desta vez um gás.Já não bastaram as casas e os créditos malparados!</span> </div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2k3QGXeI/AAAAAAAAEzk/bpZfRp-hY6A/s1600/35.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/TAF2k3QGXeI/AAAAAAAAEzk/bpZfRp-hY6A/s320/35.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig 35 Camião gigante, fora de estrada, que faz os transportes de areia betuminosa em Alberta no Canadá.O petróleo não convencional é inicialmente processado como solo, através de terraplenagens. Posteriormente será aquecido com vapor de água, Obtém-se um óleo viscoso que será processado em refinarias. Muita energia gasta e muitos danos ambientais em cima de um rio polar, o Atabasca.</span> </div><br />
<br />
<strong>13 - Conclusões</strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">1) A pertinácia do governador-geral Silva Carvalho em 1952 conseguiu que Lisboa autorizasse as primeiras sondagens de petróleo em Angola, nos arredores de Luanda. A concessão foi entregue a uma firma de capitais maioritários belgas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2) O petróleo em Angola jorrou pela primeira vez em 1954. Foi, de imediato, construída uma refinaria que lançou os primeiros produtos em 1957. Angola passou a ser auto-suficiente para o seu pequeno consumo. As prospecções viraram-se para Cabinda, dada a fraca possança das jazidas proximas de Luanda.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3) Em 1966 jorrou petróleo em Cabinda em volumes que provocaram entusiasmos, preocupações e acenderam luzes amarelas de aviso (optimistas) dentro das multinacionais, e vermelhas (pessimistas) para o governo de Lisboa. Em 1973 o volume de divisas do petróleo sobrepujou o do café, até então o maior suporte económico de Angola. Não citamos os diamantes porque a sua extracção e comercialização passavam ao arrepio da balança comercial angolana. Abordaremos os diamantes em posterior ensaio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4) Sintomaticamente em 1974, um ano depois, iniciou-se o processo de descolonização: Portugal foi obrigado a proclamar a independência de Angola, ou seja a “largar” rapidamente as riquezas petrolíferas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5) Foram dificeis e confusos os primeiros anos da independencia. Nós, naquela santa ignorância que caracteriza os bem-intencionados (e mal informados especialmente) julgávamos qua as multinacionais do imperialismo norte-americano tinham os dias contados em Angola. Elas eram sempre um alvo dos movimentos independentistas.Mas o impossível, visto pela nossa otica, aconteceu: as multinacionais continuaram e a sua segurança acabou por ser feita por tropas, pasme-se, ... cubanas com o auxílio secreto da ...KGB. ´</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6) Duas guerras civis, uma a seguir à independência e outra depois de 1991 atrasaram a exploração petrolífera. Em 1973 a produção era de 158 900 barris diários mas decresceu até 1976 com 46 530 barris; a partir deste ano foi um crescendo até à atualidade, quase a atingir os 2 milhões de barris diários, ultrapassando a Nigéria que está sob perturbações inerentes a guerrilhas internas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7) Dependendo da produção anual o petróleo de Angola durará mais de 15 anos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8) Quais foram as consequências para Angola de tanto petróleo? Como se lidou no país com tanto dinheiro? Será o tema de um nosso próximo ensaio “As fases da economia de Angola”.</div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">Luiz Chinguar</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">Maio 2010</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-80345878686705179452010-04-01T12:26:00.001+01:002010-04-01T12:27:33.730+01:00AGRESSÕES A PROFESSORES NAS ESCOLAS PÚBLICAS EM PORTUGALFoi neste estado que a ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues e os seus dois anões - Valter Lemos e Jorge Pedreira - deixaram as escolas públicas em Portugal.<br />
Só é pena esta bruxa não poder passar por uma destas situações.<br />
É pena !!!!!!!!<br />
<br />
<object width="480" height="360"><param name="movie" value="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/uYdtn6l2sGP5om1Z8pUi/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+Especial/2010/3/quando-a-violencia-entra-na-sala-de-aula31-03-2010-21511.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={1B7D53B9-6898-403A-B067-0C398376FFED}&embed=true&autoplay=false"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/uYdtn6l2sGP5om1Z8pUi/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+Especial/2010/3/quando-a-violencia-entra-na-sala-de-aula31-03-2010-21511.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={1B7D53B9-6898-403A-B067-0C398376FFED}&embed=true&autoplay=false" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="480" height="360"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-5691976791892398842010-03-31T16:48:00.000+01:002010-03-31T16:48:19.651+01:00A GRANDE FAMÍLIA DO MPLA<div style="text-align: justify;">A lista está incompleta. No entanto, já serve para um estudo interessante. Alguém quer trabalhar sobre isto?</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O ministro das Obras Públicas é sobrinho do Roberto de Almeida e há um vice dele, que também é cunhado do José Eduardo. Dizem que estão na calha mais doze familiares da D. Ana para entrarem nos conselhos de administrações das empresas públicas. Viva a democracia!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A GRANDE FAMÍLIA MPLA</strong> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes é marido de uma irmã da primeira dama, Ana Paula dos Santos. Já o Ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem é primo do PR. </div><div style="text-align: justify;">Um outro elemento próximo à família presidencial é o Vice-Ministro do Ordenamento do Território, Manuel Francisco da Silva Clemente Jr que está casado com uma sobrinha de JES que é filha de Marta dos Santos. Clemente Jr esteve antes a trabalhar no Gabinete de Obras especiais com o general Kopelipa. </div><div style="text-align: justify;">No gabinete de JES acaba de ser nomeada uma Secretária para os Assuntos Sociais, Rosa Escórcio Pacavira de Matos que é apresentada como sobrinha do marido de Marta dos Santos, irmã de JES. </div><div style="text-align: justify;">O tio de Rosa Pacavira Matos é no meio da família presidencial tratado por “Ti Pacas”. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Vice-Presidente do MPLA, Roberto de Almeida, também não fica atrás. Tem no governo, um sobrinho, Adão Correia de Almeida colocado como Vice-Ministro para os Assuntos Institucionais e Eleitorais. </div><div style="text-align: justify;">O Ex-Secretario Geral dos “Camaradas” e vice presidente da Assembléia Nacional, João Lourenço tem a sua esposa, Ana Afonso Dias Lourenço como Ministra do Planeamento. </div><div style="text-align: justify;">O Membro do Bureau Político do MPLA, general Antonio “Ndalu” esta familiarmente conotado no governo com Maria de Fátima Monteiro Jardim que é irmã da sua esposa. </div><div style="text-align: justify;">Outro general influente do regime com parentes no executivo é o Ministro de Estado, Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, que está familiarmente ligado ao Ministro da Saúde, José Vieira Dias Van-Dúnem ao procurador da republica Joao Maria e que tem como seus cunhados Kundy Pahama ministro dos antigos combatentes e o secretário para os Assuntos Locais do Presidente da República, André Rodrigues Mingas Júnior. </div><div style="text-align: justify;">Nito Teixeira, o director do Gabinete de JES na sede do MPLA tem, no governo, a sua esposa a exercer o cargo de Ministra do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia, a acadêmica Maria de Cândida Pereira Teixeira. </div><div style="text-align: justify;">Esta por sua vez é irmã gêmea da governadora da Lunda sul, Cândida Narciso cujo marido é o administrador municipal do Cazenga, Tany Narciso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O recém nomeado Director de Gabinete de Quadros dos presidência, Aldemiro Vaz da Conceição é irmão do deputado do MPLA, Gustavo da Conceição. Ambos tem um outro irmão, o adido de defesa na embaixada angolana em Portugal, Fernando Vaz da Conceição "Mussolo". </div><div style="text-align: justify;">Ainda no gabinete presidencial, o recém nomeado Secretário para os Assuntos Diplomáticos e de Cooperação do Presidente da República, Carlos Alberto Fonseca é irmão do embaixador angolano na Singapura, Flávio Fonseca.</div><div style="text-align: justify;"> Agostinho Fernandes Nelumba, o Vice-Ministro da defesa para a Administração e Finanças, é irmão do membro do comitê central, José Nelumba, que é marido de Carolina Cerqueira, a nova “patroa” da comunicação social. </div><div style="text-align: justify;">Ambos Agostinho e José são irmãos do ex-PCA, da ENE, Eduardo Nelumba que também faz parte do CC. Estão ligados à vice-presidente da FESA, Maria Nelumba (Esposa de Eduardo Nelumba, a mesma é igualmente alta funcionaria do Ministério das pescas). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Archer de Sousa Mangueira, o vice ministro do Comércio, é familiar do embaixador angolano no Dubai Rui Mangueira e do antigo director executivo do COCAN 2010, Antonio Mangueira. </div><div style="text-align: justify;">Outro vice Ministro com familiar no partido no poder é o das relações exterior para a Administração e Finanças. O mesmo é primo da deputada do MPLA, Ângela Bragança. </div><div style="text-align: justify;">O vice dos petróleos para a Administração, José Gualter dos Remédios Inocêncio é irmão paterno de Aldina da Lomba, a Secretaria provincial da Reinserção social em Cabinda e igualmente membro do Comitê Central do MPLA. </div><div style="text-align: justify;">Por sua vez, há dois “manos”, a integrarem o governo, o Vice-Ministro das Tecnologias de Informação, Pedro Sebastião Teta e o Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta. </div><div style="text-align: justify;">Tchizé dos Santos, ex-deputada e boss do Canal 2 da TPA e da Semba Produções, é filha do Presidente da República, tal como Zedu dos Santos da direcção do Canal 2. </div><div style="text-align: justify;">Isabel dos Santos, meia irmã dos dois e primogénita do Presidente, tida como possuidora de uma fortuna colossal, investiu pesado em Portugal tendo dado origem a um artigo publicado num jornal português com o título " A mulher mais rica de Portugal é angolana"...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-71954570488970610562010-02-21T17:05:00.003+00:002010-02-21T17:08:48.682+00:00PEDRO FREITAS, UM EXEMPLO. O MEU !!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S4FiyRgeSnI/AAAAAAAAEuE/WQ0dhUhm06Y/s1600-h/Pedro1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ct="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S4FiyRgeSnI/AAAAAAAAEuE/WQ0dhUhm06Y/s320/Pedro1.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Conheci o <strong><span style="background-color: yellow;">Pedro Freitas</span></strong> quando ainda não se tinha passado um ano do dia do seu acidente no Brasil que o deixou tetraplégico.</div><div style="text-align: justify;">Conheci-o em casa, deitado numa cama voltada para a janela onde passava 24 horas sobre 24 horas, incapaz de sacudir uma mosca que lhe passeava o rosto.</div><div style="text-align: justify;">Não foi preciso muito para perceber que estava perante um jovem de enorme valor, essencialmente lutador, um espírito de sacrifício gigante que rebocava a amargura de quem com ele lidava diariamente e suavisava a tristeza do pai João, incapaz de lidar com o que o destino lhe traçou.</div><div style="text-align: justify;">O futuro, os projectos imensos, a ambição, as ideias, a luta diária e permanente ... enfim, uma vida de exemplo para quem se lastima por tudo e nada e se torna afinal de contas de uma dimensão tão minúscula comparada com a do Pedro Freitas.</div><div style="text-align: justify;">Faz algum tempo que não o tenho visto, nem temos falado, a vida é infelizmente um corropio de surpresas, de obstáculos, de pressas e, cada vez mais de menos tempo para tudo aquilo que deveria ser prioritário como as amizades.</div><div style="text-align: justify;">Mas o Pedro Freitas continua a ser para mim um exemplo do tamanho do mundo. Uma referência para os piores momentos, um modelo de luta, de ambição e de de superação. De insatisfação. Uma lição de vida!!!!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este é o seu site, <span style="color: #3d85c6;"><strong><a href="http://www.pedrofreitas.org/">http://www.pedrofreitas.org/</a></strong></span> verão que o que digo é a realidade.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-91456635138736472222010-02-14T17:48:00.005+00:002010-02-14T18:08:00.195+00:00MANIFESTO PRÓ-SOCRÁTICO<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">por Roberto Ceolin </span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">Poeta bohémio e Miguelista</span></div><br />
<span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, sim!</strong></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4BJjg4DI/AAAAAAAAEtU/DlHQIJdu_0E/s1600-h/Imagem7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ct="true" height="143" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4BJjg4DI/AAAAAAAAEtU/DlHQIJdu_0E/s200/Imagem7.jpg" width="200" /></a>Ao contrário do que dizem e escrevem muitos por aí, o Sócrates é boa pessoa</div></div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">isso vê-se logo porque o Sócrates está sempre a sorrir</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é um homem à moda antiga!</div></div>não há cá disparates nem parvoíces com o Sócrates!<br />
o Sócrates nunca mente e quando a verdade não está do seu lado, é porque a verdade está errada!<br />
amanhã o Abrantes já põe a verdade no seu sítio!<br />
<br />
o Sócrates é um homem de virtudes!<br />
o Sócrates é bom pai!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates leva os filhos a safaris em África enquanto os portugueses ficam em casa a apertar o cinto!</div>o Sócrates vai de férias aos Alpes e volta de muletas!<br />
digam os turistas do Algarve, os bons-vivants, a Lili Caneças e o Castelo Branco<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, sim!</strong></span><br />
<br />
o Sócrates quer o bem de todos os portugueses!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates luta pelos interesses dos portugueses, na Europa, na Venezuela, em São Bento, no Largo do Rato, na Portugal Telecom, em todo o lado!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é o novo Vasco da Gama!</div>o Sócrates é como o pai da nação!<br />
se fizessem um teste ao Sócrates descobririam que ele tem o mesmo DNA que o D. Afonso Henriques!<br />
<br />
o Sócrates dá-nos de comer!<br />
O Sócrates consegue-nos dinheiros lá de fora!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">com o Sócrates no poder, os portugueses vão poder ir para o trabalho todos os dias de TGV e receber as suas ajudas semanais da Caritas e do Banco Contra a Fome entregues de avião!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">enquanto ainda existe, diga a uma só voz toda esta Nação Lusitana</div><br />
<span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, sim!</strong></span><br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4C-WdCrI/AAAAAAAAEtc/Sy5KCQENuQs/s1600-h/Imagem8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" ct="true" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4C-WdCrI/AAAAAAAAEtc/Sy5KCQENuQs/s200/Imagem8.jpg" width="191" /></a>O Sócrates apoia as artes!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">O Sócrates gosta de teatro!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o actor preferido do Sócrates é o Diogo!</div>(Que sorte a do Diogo!)<br />
mas o Sócrates também assiste televisão!<br />
o Sócrates é fã do serviço público de televisão!<br />
o Sócrates defende o pluralismo informativo!<br />
o Sócrates até cascou no Santana por causa do Marcelo!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates já vê a TVI à sexta-feira!</div>o Sócrates esteve quase para ouvir a Rádio Renascença, o Cavaco é que não deixou!<br />
o Sócrates quer ver a SIC!<br />
deixem o Sócrates ver a SIC!<br />
<br />
<span style="color: red; font-size: large;"><strong>Abaixo o Crespo! Abaixo, sim!</strong></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Abaixo o Medina! Abaixo, sim!</strong></span></div><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4OLFh6iI/AAAAAAAAEt0/25SVwuqpWgw/s1600-h/Imagem6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ct="true" height="143" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4OLFh6iI/AAAAAAAAEt0/25SVwuqpWgw/s200/Imagem6.jpg" width="200" /></a>Os níveis de cultura literária estão altos como nunca em Portugal porque o Sócrates gosta de literatura!</div>o livro favorito do Sócrates é o “País das Maravilhas”, mas sem a Alice que essa não está lá a fazer nada!<br />
a personagem favorita do Sócrates e a Rainha de Copas com aquela sua mania de mandar cortar cabeças!<br />
a autora favorita do Sócrates é a Isabel Alçada!<br />
o primeiro governo do Sócrates foi “Uma Aventura fora do Parlamento”!<br />
dentro do parlamento não deixam o Sócrates governar!<br />
deixem o Sócrates governar!<br />
<br />
<span style="color: red; font-size: large;"><strong>Abaixo a Oposição! Abaixo, sim!</strong></span><br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates gosta das criancinhas!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates dá computadores às criancinhas!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">com o Sócrates a escola é muito mais divertida e não é preciso perder tempo com trivialidades que o acordo já aí vem!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">com o Magalhães sob as carteiras a ensinar os gaiatos, os professores já têm tempo para serem avaliados e até para virem a Lisboa aos magotes visitar o Sócrates ao sábado!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates acredita nas oportunidades!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer uma nação armada de diplomas na mão!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">dizem os pessimistas que p’raí andam que o Sócrates fecha universidades quando o Sócrates nos seus dias de estudante até ao domingo fazia exames!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates até em inglês escreve!</div><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>God save Socrates! God save him!</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g3-n03flI/AAAAAAAAEtM/qtqfVL_9-Ts/s1600-h/Imagem1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" ct="true" height="156" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g3-n03flI/AAAAAAAAEtM/qtqfVL_9-Ts/s200/Imagem1.jpg" width="200" /></a>dizem os bota-abaixistas que não há liberdade de expressão em Portugal quando o Sócrates gosta tanto dos jornalistas que lhes telefona sempre que pode!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer os jornalistas todos a trabalhar para ele!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates faz tudo pelos jornalistas!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">com o Sócrates nenhum jornalista jamais se encontraria nas longas filas dos centros de emprego!</div>o Sócrates gosta tanto da Manuela Moura que a quis operar para a tornar Cristã!<br />
digam os jornalistas, os apresentadores de televisão, os directores de informação entre outros e outros e outros ainda<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, sim!</strong></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">No nosso país os trabalhadores não querem fazer nada; não param de se queixar e qualquer coisinha é logo é motivo para greves e manifestações. O Sócrates, pelo contrário, é multifacetado e nunca falta ao trabalho!</div>o Sócrates é licenciado!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é bacharel!</div>o Sócrates é engenheiro!<br />
o Sócrates desenha casas!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates licencia parques!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates faz reformas!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates tira-nos da crise!</div>o Sócrates mete-nos outra vez na crise!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates vai!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates vem!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates fica!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer ficar!</div>deixem o Sócrates ficar!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates até oferece o Magalhães ao Rei de Espanha e o Rei de Espanha não manda calar o Sócrates!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é Sócrates!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">digam as nações ibéricas e sul-americanas conduzidas pela batuta do camarada Chávez:</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Que se quede Sócrates! Se quede, sí!</strong></span><br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4GCezILI/AAAAAAAAEts/wuk2KPjiuzg/s1600-h/Imagem10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" ct="true" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4GCezILI/AAAAAAAAEts/wuk2KPjiuzg/s200/Imagem10.jpg" width="150" /></a>Palatino das liberdades individuais, do direito às conversas privadas, à igualdade entre todos os cidadãos e, de acordo com os princípios base da sociedade democrática e republicana, contra todo e qualquer tipo de descriminação, o Sócrates defende as minorias!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates defende os gays!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates defende as lésbicas!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer casar os gays!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer divorciar os héteros, já que ninguém tem culpa!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates ainda não deixa os gays adoptarem mas pelo menos já deixa abortar as mulheres!</div>depois de o Sócrates lhes ter recompensado pelo seu silêncio<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">diga o ILGA – esses ingratos! em falsete</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, viva!</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">as nossas matronas nacionais todas de preto e de bigode podem querer os seus homens feios e a cheirar a cavalo, mas o Sócrates é bonito!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é lindo!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é perfumado!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é charmoso!</div>as mulheres deliram com o Sócrates!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os homens bem vestidos deliram com o Sócrates nos corredores dos teatros nos intervalos da Ópera!</div>os socialistas deliram com o Sócrates!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os professores deliram com o Sócrates!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os enfermeiros deliram com o Sócrates!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é o delírio de sindicalistas, comunistas, bloquistas, anarquistas, e demais istas que andem por aí!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates veste Armani!</div>o Sócrates tem o armário cheio!<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">digam os costureiros e desenhadores de moda em bicos de pés</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><strong><span style="color: red; font-size: large;">Vivá o Socratés! Vivá, vivá!</span></strong></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4Ebaw_vI/AAAAAAAAEtk/pJmtHz7YScU/s1600-h/Imagem9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ct="true" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/S3g4Ebaw_vI/AAAAAAAAEtk/pJmtHz7YScU/s200/Imagem9.jpg" width="193" /></a>Profundamente preocupado com a degradação dos valores morais da sociedade portuguesa contemporânea, com a desagregação da família e a perda dos bons costumes e das tradições nacionais, o Sócrates é católico!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates tem esperança!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates acredita na vinda do Messias!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates espera a vinda do Messias!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é o Messias!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates cala a Ferreira Leite com citações do Vaticano II!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates e o Costa querem ver os gays todos vestidos de branco em frente à imagem do Sant’ António!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates consulta-se com o Arcebispo de Lisboa para o informar de que também se casam os gays!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates ouve a Conferência Episcopal!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">comece o Arcebispo Primaz os seus pontificais dizendo de braços abertos enfrente ao altar-mor</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Socrates vobiscum! Vivat, vivat!</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">quantos não se atropelam uns aos outros para chegar ao topo e uma vez lá esquecem-se dos amigos e já não conhecem ninguém?</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates não é assim!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates rodeia-se de amigos, e telefona-lhes com frequência!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os amigos do Sócrates são felizes, porque o conhecem de longa data, e estão sempre bem, e fazem bons negócios, e são nomeados para bons cargos!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é fiel!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os amigos do Sócrates nem precisam de frequentar a Loja!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é alegre!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates é folião!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates quer saber como correram as férias do Louçã!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">o Sócrates almoça nos hotéis de Lisboa com os amigos onde fala alto com a boca cheia de polvo e engasga-se com os tentáculos!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">os amigos do Sócrates dizem enfrente às câmaras de televisão</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>Viva o Sócrates! Viva, sim!</strong></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">perante os ataques que começam a cair de toda a parte contra o Sócrates, deve esta nação portuguesa substituir os cãezinhos lulus, os gatinhos da avó, os periquitos das gaiolas e os inúteis peixes vermelhos que passam o dia às voltas nos aquários a fazer borbulhas por animais de estimação que sirvam para alguma coisa. Sejam pois substituídos por polvos amestrados que possam aplaudir o Sócrates com oito braços de uma só vez enquanto fazem o pino.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Polvos deficientes com menos de oito braços são I·N·A·C·E·I·T·Á·V·E·I·S!</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">batam palmas todos esses tentáculos</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: red; font-size: large;"><strong>VIVA o Sócrates! VIVA, sim!</strong></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-64578273577578240612010-01-21T17:53:00.003+00:002010-02-14T18:08:29.087+00:00ESCUTAS TELEFÓNICAS - PINTO DA COSTA (GRANDE CAMBADA)<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vejam porque eles se empenham tanto em que as suas “conversas desportivas” não sejam do domínio público. Não tarda muito vai desaparecer!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>E NINGUÉM VAI PRESO !!!!!!</strong></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=WL8BCAUspp0</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=xK6nCGYB8Yw</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=CZAd9kYN5Z0 </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=h6CXBW4FVl0</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=dCvn2tEEj3E</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=qgwoQoNmT6U</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=P2dX61WvLDE</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=G5EMtn0EAYc</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: blue; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.youtube.com/watch?v=wq87BdP3AaM</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: blue;">http://www.youtube.com/results?search_qu...arch_type=&aq=f</span> </span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Assim se ganharam campeonatos !!!!!!</strong></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-32384676373257164342010-01-01T19:14:00.007+00:002010-01-02T23:45:43.556+00:00ISABEL ALÇADA - "A MESTRE DE BOSTON"<div style="text-align: justify;">O <a href="http://psitasideo.blogspot.com/2009/11/curriculo-de-isabel-alcada.html"><span style="background-color: white; color: blue;">curriculo de Isabel Alçada</span></a> não foge à norma da "pedantice" a que este governo PS nos habituou desde que Sócrates utilizou abusivamente o portal do governo para dar informações curriculares <strong>FALSAS</strong> sobre a sua formação académica.<br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Governo/Perfis/Pages/MariaIsabelGiraodeMeloVeigaVilar.aspx">Portal do Governo</a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" ps="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/Sz5D0zYzqBI/AAAAAAAAEsY/UyXFot4twKY/s320/isabel.jpg" /><br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;">Não é <strong>ridículo</strong> que a ministra da educação "<strong><a href="http://sol.sapo.pt/blogs/broca/archive/2009/10/29/Ser_E100_-verdade_3F00_.aspx">mestre de Boston</a></strong>" esteja a preparar o doutoramento desde 1989, há mais de 20 anos, portanto? <br />
</div><div style="text-align: justify;">Não é ridículo que tenha colocado no seu currículo uma "<em>formação</em>" que afinal de contas <strong>NUNCA FOI CAPAZ DE TERMINAR </strong>(por incapacidade?) ?<br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda que num processo de doutoramento fosse necessário tirar qualquer "<em>curso de preparação</em>" (não sei se há) terá isso, por si só, suficiente relevo para ser incluído num curriculo ... de uma ministra? <br />
</div><div style="text-align: justify;">Já agora, de quantos meses ou anos foi esse curso? Ou de quantos dias? Quantas cadeiras? Quantos professores?<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Isto não cheira a "<strong>CAGANÇA</strong>"? Não parece que ela tinha de "encher" a "formação" com alguma coisa "vistosa" que valorizasse a sua vaidade, equilibrasse a sua (in)competência e a deixasse finalmente em bicos de pés, que é verdadeiramente o "ar" que ela está a procurar dar (tal como Sócrates) mostrando ter aquilo que ou não tem ou pouco vale?<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Espelho meu, espelho meu, há alguém com um "<em>curso de preparação para doutoramento</em>" melhor que o meu?</strong><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu teria vergonha em colocar no meu curriculo, para qualquer instituição publica ou privada, um "<em>curso de preparação</em>" para um doutoramente que NUNCA ACABEI. <br />
</div><div style="text-align: justify;">Pelos vistos, esta ministra "<em><strong><a href="http://sol.sapo.pt/blogs/broca/archive/2009/10/29/Ser_E100_-verdade_3F00_.aspx">mestre de Boston</a></strong></em>" não tem vergonha. Tal como Sócrates, afinal. <br />
</div><div style="text-align: justify;">Vale tudo !!!!!<br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-84623419960410440962009-12-19T19:59:00.003+00:002009-12-19T20:01:11.024+00:00VERSÃO MUÇULMANA DE ADÃO E EVA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/Sy0wlDyr5jI/AAAAAAAAEsQ/V-rqLwzi_rw/s1600-h/AdaoEva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/Sy0wlDyr5jI/AAAAAAAAEsQ/V-rqLwzi_rw/s320/AdaoEva.jpg" /></a><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-37232623762723568112009-12-13T17:41:00.000+00:002009-12-13T17:41:16.332+00:00MARCOLINO MOCO ... PARTE A LOIÇA TODA<div style="text-align: justify;">Leia, na íntegra, a carta que o ex-secretário-geral do MPLA e primeiro-ministro de Angola escreveu a Mateus Julião Paulo "Dino Matross" <br />
</div><div style="text-align: justify;">Se em 1956 Viriato da Cruz se isolou, durante uma semana, num quarto do hotel Magestic ao São Paulo, em Luanda, e sentou-se diante de uma máquina de escrever para redigir o Manifesto do MPLA, hoje, passados 53 anos, Marcolino Moco escreveu num computador, a partir do bairro Azul (capital do País), outro (manifesto) que se opõe ao medo e à ditadura do silêncio que diz reinar em Angola. <br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><em><span style="font-size: x-small;"><strong>Por Jorge Eurico</strong></span></em> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O antigo secretário-geral do MPLA e ex-Primeiro-Ministro de Angola foi, no passado dia 24 de Novembro, à Assembleia Nacional (AN) ao encontro do actual secretário-geral do partido no poder. <br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcolino Moco respondia, assim, a uma inopinada chamada de Mateus Julião Paulo "Dino Matross" que - segundo Faustino Muteka, portador do recado ao primeiro - tinha como escopo trocar ideias. <br />
</div><div style="text-align: justify;">A reunião entre os dois não foi tão bacana (permitam-nos o brasileirismo!) como era de esperar. Prova disso é que dias depois Marcolino Moco mandou um pequeno memorando sobre o sobredito encontro ao "camarada Dino Matross". <br />
</div><div style="text-align: justify;">O actual responsável da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada diz, entre outras coisas, na referida epístola, esperar nunca mais ser perturbado quando falar nas suas vestes de cidadão e estudioso de Direito. <br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcolino Moco alerta que o MPLA está a ser arrastado à situação de ser o mais retrógado dos então chamados partidos progressistas de África e aproveita o embalo para declinar o convite que " o camarada diz ter pedido para mim, ao presidente do partido (José Eduardo dos Santos), para ser convidado ao VI Congresso do MPLA (sic!)". <br />
</div><div style="text-align: justify;">Moco diz não aceitar a perspectiva chantagista, condicionante e ameaçadora que "Dino Matross" deixou transparecer do tipo: " se não for, então que não se arrependa" ou "então será abandonado (sic!)". Eis, já a seguir, ipis verbis as palavras de um homem que se diz preparado, desde a "Queda do Muro de Berlim", espiritual e psicologicamente para não viver às custas de lugares em partidos políticos. <br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">“Caro Camarada Dino Matross </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Após consulta à minha família nuclear e alargada, que me deu todo o apoio, e até me surpreendeu, ao declarar que eu nem devia ter ido ter consigo, mando-lhe este pequeno memorando do nosso encontro do dia 24 de Novembro, na Assembleia Nacional. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Na verdade, como deve ter sabido, a minha primeira decisão era não ter ido ter consigo, pela forma como fui abordado, como se eu fosse um desocupado, à chamada de um senhor misericordioso; e também não iria ao seu encontro por desconfiar que me iria dar lições atávicas, sobre as minhas opiniões, como cidadão e académico, em relação ao momento constituinte, que tem suscitado uma grande audiência em Luanda e no exterior, já que vocês, sem nenhum pejo, barraram todo o contraditório em relação ao interior do país, simulando uma grande generosidade em fazer participar o país na elaboração de uma constituição que vocês já sabem qual será. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Só que com o seu cinismo, conseguiu que o camarada Faustino (Muteka) me convencesse que seria uma conversa entre camaradas que iriam trocar ideias, neste momento importante. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Aquilo foi mais degradante, não sei quantas vezes, do que o meu encontro com os camaradas João Lourenço, Paulo Jorge e Nvunda, em 2001, quando eu opinava publicamente sobre a urgência da paz. Devo reconhecer hoje, ter sido injusto com eles porque, foram certamente pessoas como o camarada Matross que os empurraram para aquele cenário, que até não foi tão triste assim, até porque bastante cordial. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Vocês não conseguem nem ter sentido de humor e um mínimo de informalismo, como a camarada Joana Lina, que quase não aceitou os meus cumprimentos, toda ela feita deusa de uma religião que eu não professo. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Pela forma arrogante como me falou não vou mais insistir nas opiniões que tentei trocar consigo, porque vi que o senhor não estava interessado em dialogar, mas apenas em tentar impor-me ideias que - diga-se, mais do que imaginava, horrorosamente atávicas. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">No entanto, quero que fique bem claro que, para mim, as conclusões daquele encontro são as seguintes: </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">1-Reitero, por minha livre vontade, que continuo ligado sentimentalmente ao MPLA (talvez deixe de fazer essa referência pública, e deixe de referir que vocês são meus amigos, se isso tanto vos perturba) conservando o meu respeito ao Presidente do Partido, mas sem temor (como temer um combatente na luta contra o medo colonial e não só!?). O que penso, a partir do nosso último encontro (pode ser que esteja enganado!), é que são vocês que o apoquentam com a ideia de que qualquer referência a ele, desde que seja crítica (mesmo quando positiva) é falta de respeito, é “falar mal do Chefe”, etc., etc., etc.. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">2- Fica claro que como docente, conferencista e cidadão, ninguém, mas absolutamente ninguém, me obrigará a distorcer as minhas convicções científicas, a favor de ideias de um partido qualquer, por mais maioritário que seja e por mais da minha cor que seja. É aí que vocês inventam que eu falo mal do Presidente do Partido, quando as referências são feitas a um cidadão que é Chefe de Estado e especialmente na sua qualidade de Chefe de Governo, num momento importante, em que todos nós temos o dever cívico de contribuir sem medo. Para mim o tempo da vovó Xica de Valdemar Bastos: “não fala política”, já lá vai há muito tempo. Paradoxalmente, o camarada Dino Matross, foi um dos grandes obreiros desta gesta. É pena! Era para nos tirarem o medo dos estrangeiros e nos trazerem o vosso medo?! Eu recuso-me a tremer perante qualquer tipo de novos medos. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">3-Aquelas referências que fez, de forma tão sobranceira e até ameaçadora, sobre o camarada Chipenda (por quem, da lista, nutro um grande respeito), do Paulino Pinto João (degradante!) e de Jonas Savimbi (se não andasse distraído saberia que eu nunca entendi bem das suas razões) foi das coisas mais inacreditáveis na minha vida. O camarada Matross a deixar transparecer que me presto a mendigar os vossos favores ou que tenho medo de perder a vossa protecção? Ainda não se apercebeu que não?! </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Neste ponto, saiba que a minha família e amigos, sobretudo os que vivem no Huambo e um pouco por todo o país, reiteraram-me o seu total e pleno apoio, no sentido de que nem que eu venha a comer raízes e ervas (que até são mais saudáveis que as comidas importadas) não irei pedir esmolas a ninguém, o que não significa dispensar os meus direitos e garantias perante as instituições competentes do Estado. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">4-Declino o convite que o camarada diz ter pedido para mim, ao Presidente do Partido, para ser convidado ao VI Congresso do MPLA. Não aceito a perspectiva chantagista, condicionante e ameaçadora que deixou transparecer do tipo: “se não for então que não se arrependa” ou “então será abandonado”. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Como costumo dizer, desde a “Queda do Muro de Berlim”, em 1989, que estou preparado, sobretudo espiritual e psicologicamente, para não viver a custa de lugares em qualquer partido. E a mensagem que passo sempre aos meus alunos _ e tenho moral para isso _ é esta: “preparem-se como bons profissionais, para a vida; podem aderir a partidos ou assumir cargos políticos, mas não dependam deles em nenhum sentido, porque podem ser enxovalhados, em alguma altura”. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">5-Espero nunca mais ser perturbado quando falar, nas minhas vestes de cidadão e estudioso do Direito. Se a questão é alguma comunicação social, que ainda não se vergou às vossas pressões, andar a divulgar as minhas ideias, o problema não é meu. Mandem fechar tudo o que não fale a vosso favor e deixem-me em paz. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">6- Olhem à volta e vejam como arrastam o MPLA à situação de ser o mais retrógrado dos então chamados partidos progressistas de África! Incapazes de perdoar, do fundo do coração (já nem falo da UNITA e dos chamados “ fraccionistas”) até os próprios fundadores do nosso glorioso Partido, como os irmãos e primos Pinto de Andrade; e um Viriato da Cruz, de cujo punho brotaram estrofes esplendorosas, para uma África chorosa mas em “busca da liberdade”, usando palavras de outro vate da liberdade; o Viriato da pena leve e elegante que riscou o próprio “Manifesto”, donde nasceria uma das mais notáveis siglas da humanidade; sigla que vocês vão, hoje, transmitindo às novas gerações, como o símbolo do culto e da correria atrás de enxurradas de dinheiro e de honrarias balofas! </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Triste espectáculo que fingem não ver! </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Com certeza, já mandaram chamar o nosso “mais novo”, o deputado Adelino de Almeida para nunca mais escrever, como escreveu aquele artigo tétrico, no “Semanário Angolense”, após o desaparecimento do malogrado, talentoso e insigne tribuno, também nosso “mais novo” o ex-deputado André Passy. Dos textos dilacerantemente irónicos do ex-deputado Januário, mas exprimindo com arte as misérias (sobretudo do foro espiritual) que estão a ser criadas neste país, provavelmente nem se importam de reparar: pois, para além de ser já um “ex” é um “mijão de calças”, mesmo aos quase 50 anos, como o camarada Matross gosta de taxar “carinhosamente” todos os jovens que despontam com ideias diferentes das vossas. Por maioria de razão, o mesmo destino (cesto de papéis!) deram, certamente, àquele pujante libelo acusatório de um jovem, a sair dos vinte anos, que me fez chorar (das poucas vezes que chorei, em vida!) onde a vossa e minha geração são postas diante de uma realidade, nua e crua, do amordaçar de sonhos e liberdades que vocês nos anunciaram a todos, mas que ele e os da sua geração só os encontram nos livros de história e no canto esperançoso dos poetas (falo do jovem Divaldo Martins, que também escreveu no “Semanário Angolense”!). </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">7- E sobre todas estas coisas, não mais falarei com o camarada Dr. Dino Matross. Estou indisponível. A não ser em debate público. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Política, na verdade, diversamente do que vocês querem impor, contrariando (mesmo neste tempo de democracia pluralista), o grande Agostinho Neto, que disse não dever ser um assunto de “meia dúzia de políticos”, terá que ser, e será, inexoravelmente, uma questão fora do esoterismo a que vocês a querem submeter, em Angola. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Estou cansado das vossas chantagens e humilhações. Por enquanto, é este o meu manifesto contra o medo e contra uma ditadura do silêncio que não aceito. </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Obs.: Como vocês gostam de distorcer as coisas, guardo cópia deste documento que será distribuído a meus familiares e amigos e, quem sabe, chegará aos militantes de corações abertos, que ainda não os fecharam, ante a vossa inigualável capacidade de manipulação! Quem sabe a todo o país e ao mundo, que para vós não passa dos arredores da Mutamba e da marginal da baía de Luanda?! </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Sem mais </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Luanda, aos 29 de Novembro de 2009 </span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><br />
<span style="color: #990000;"></span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><span style="color: #990000;">Marcolino Moco (Militante livre do MPLA)" </span></em><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-69192037674945888342009-12-13T16:54:00.000+00:002009-12-13T16:54:00.033+00:00O POCESSO CHAMADO "FACE OCULTA"<div style="text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SyUcBPBJgvI/AAAAAAAAErw/Wg9D6u9_Y5Y/s1600-h/mensagemdeamor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SyUcBPBJgvI/AAAAAAAAErw/Wg9D6u9_Y5Y/s320/mensagemdeamor.jpg" /></a><br />
</div><em><strong>José António Saraiva</strong></em><br />
</div><br />
O PROCESSO chamado 'Face Oculta' tem as suas raízes longínquas num fenómeno que podemos designar por 'deslumbramento'.<br />
Muitos dos envolvidos no caso, a começar por Armando Vara, são pessoas nascidas na Província que vieram para Lisboa, ascenderam a cargos políticos de relevo e se deslumbraram.<br />
<br />
Deslumbraram-se, para começar, com o poder em si próprio. Com o facto de mandarem, com os cargos que podiam distribuir pelos amigos, com a subserviência de muitos subordinados, com as mordomias, com os carros pretos de luxo, com os chauffeurs, com os salões, com os novos conhecimentos. <br />
<br />
Deslumbraram-se, depois, com a cidade. Com a dimensão da cidade, com o luxo da cidade, com as luzes da cidade, com os divertimentos da cidade, com as mulheres da cidade.<br />
<br />
ORA, para homens que até aí tinham vivido sempre na Província, que até aí tinham uma existência obscura, limitada, ligados às estruturas partidárias locais, este salto simultâneo para o poder político e para a cidade representou um cocktail explosivo.<br />
As suas vidas mudaram por completo.<br />
Para eles, tudo era novo - tudo era deslumbrante.<br />
Era verdadeiramente um conto de fadas - só que aqui o príncipe encantado não era um jovem vestido de cetim mas o poder e aquilo que ele proporcionava. <br />
Não é difícil perceber que quem viveu esse sonho se tenha deixado perturbar.<br />
<br />
CURIOSAMENTE, várias pessoas ligadas a este processo 'Face Oculta' (e também ao 'caso Freeport') entraram na política pela mão de António Guterres, integrando os seus Governos.<br />
Armando Vara começou por ser secretário de Estado da Administração Interna, José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, José Penedos foi secretário de Estado da Defesa e da Energia, Rui Gonçalves foi secretário de Estado do Ambiente.<br />
<br />
Todos eles tiveram um percurso idêntico.<br />
E alguns, como Vara e Sócrates, pareciam irmãos siameses: Naturais de Trás-os-Montes, vieram para o poder em Lisboa, inscreveram-se na universidade, licenciaram-se, frequentaram mestrados. <br />
Sentindo-se talvez estranhos na capital, procuraram o reconhecimento da instituição universitária como uma forma de afirmação pessoal e de legitimação do estatuto.<br />
<br />
A QUESTÃO que agora se põe é a seguinte: por que razão estas pessoas apareceram todas na política ao mais alto nível pela mão de António Guterres?<br />
<br />
A explicação pode estar na mudança de agulha que Guterres levou a cabo no Partido Socialista.<br />
Guterres queria um PS menos ideológico, um PS mais pragmático, mais terra-a-terra.<br />
Ora estes homens tinham essas qualidades: eram despachados, pragmáticos, activos, desenrascados. <br />
E isso proporcionou-lhes uma ascensão constante nos meandros do poder.<br />
Só que, a par dessas inegáveis qualidades, tinham também defeitos. <br />
<br />
Alguns eram atrevidos em excesso.<br />
E esse atrevimento foi potenciado pelo tal deslumbramento da cidade e pela ascensão meteórica.<br />
QUANDO o PS perdeu o poder, estes homens ficaram momentaneamente desocupados.<br />
Mas, quando o recuperaram, quiseram ocupá-lo a sério.<br />
Montaram uma rede para tomar o Estado.<br />
<br />
José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado - a CGD -, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.<br />
Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país.<br />
MAS, para isso ser efectivo, perceberam que havia uma questão decisiva: o controlo da comunicação social.<br />
<br />
Obstinaram-se, assim, nessa cruzada.<br />
A RTP não constituía preocupação, pois sendo dependente do Governo nunca se portaria muito mal.<br />
Os privados acabaram por ser as primeiras vítimas.<br />
O Diário Económico, que estava fora de controlo e era consumido pelas elites, mudou de mãos e foi domesticado.<br />
O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara).<br />
A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma 'OPA', que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes.<br />
O director do Público foi atacado em público por Sócrates - e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído.<br />
A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo.<br />
<br />
SUCEDE que, na sua ascensão política, social e económica, no seu deslumbramento, algumas destas pessoas de quem temos vindo a falar foram deixando rabos de palha.<br />
É quase inevitável que assim aconteça.<br />
O caso da Universidade Independente, o Freeport, agora o 'Face Oculta', são exemplos disso - e exemplos importantes da rede de interesses que foi sendo montada para preservar o poder, obter financiamentos partidários e promover a ascensão social e o enriquecimento de alguns dos seus membros. <br />
<br />
É isso que agora a Justiça está a tentar desmontar: essa rede de interesses criada por esse grupo em que se incluem vários "boys" de Guterres.<br />
<br />
Consegui-lo-á?<br />
<br />
Não deixa de ser triste, entretanto, ver como está a acabar esta história para alguns senhores que um dia se deslumbraram com a grande cidade.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-76099681235175081472009-12-08T21:35:00.004+00:002009-12-08T21:47:42.006+00:00CASA PIA - A CORAJOSA ANÁLISE DE PEDRO NAMORA<div align="justify">O Dr. Pedro Namora foi um HOMEM corajoso. Não se limitou a pouco, disse os nomes de gente poderosa, que manda, que tem a mania que manda e que se vinga.<br />Teve a coragem que falta a todos aqueles que por ele foram acusados. Enfiaram a carapuça e calaram-se ficando a assobiar para o ar. </div><div align="justify">Disse os <strong>NOMES</strong>, exactamente, os<strong> NOMES</strong>!!! </div><div align="justify"><strong>Apontou-lhes o dedo.!!!</strong><br />Se "<em>quem não se sente, não é filho de boa gente</em>", deveriam, no mínimo, exigir explicações, desmentir ou processar o Dr. Pedro Namora.<br />Mas não, é gente que não presta, gente que se dá bem com a promiscuidade, com a mentira e com a pouca vergonha. </div><div align="justify">Alimentam-se de vaidade e de muita imbecilidade como é o caso de Mário Soares, o grande responsável pela descolonização portuguesa na forma e no modo como se processou e pela mortandade em que "aquilo" deu.<br /><br /></div><p align="center"><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HbBjOs8gE5w&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HbBjOs8gE5w&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-36547009727241391432009-11-18T22:43:00.003+00:002009-11-19T18:01:22.611+00:00ESCUTAS DA FACE OCULTA - A VERGONHA NACIONAL !!!!<a href="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SwWHv8i_BGI/AAAAAAAAErQ/7KUq2NJDiSQ/s1600/meliantes1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 384px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405876185504613474" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SwWHv8i_BGI/AAAAAAAAErQ/7KUq2NJDiSQ/s400/meliantes1.jpg" /></a><br /><p align="justify"><strong>Espaço público </strong></p><div align="justify"><strong>Manuel da Costa Andrade - Professor de Direito Penal na Universidade de Coimbra </strong></div><br /><p align="justify"><strong>Escutas: coisas simples duma coisa complexa</strong> </p><p align="justify">1. O país vem sendo sacudido por um terramoto jurídico-político, com epicentro nos problemas normativos e semânticos suscitados pelo regime das escutas telefónicas. Uma discussão em que se fez ouvir um coro incontável de vozes, vindas de todos os azimutes. E todas a oferecer vias hermenêuticas de superação dos problemas. E a reivindicar para si o fio de Ariana capaz de nos fazer sair do labirinto. Foi como se, de repente, Portugal se tivesse convertido numa imensa Escola de Direito. Mas o lastro que as ondas vão deixando na praia está longe de ser gratificante. Mais do que uma experiência de academia, fica-nos a sensação de um regresso a Babel: se é certo que quase todos falam do mesmo, quase ninguém diz a mesma coisa. Não sendo possível referenciar uma gramática comum, capaz de emprestar racionalidade ao debate e sugerir pontes de convergência intersubjectiva. Se bem vemos as coisas, uma das causas deste “desastre hermenêutico”, com réplicas tão profundas como perturbadoras no plano político, ter-se-á ficado a dever ao facto de se terem perdido de vista as coisas mais simples. Que, por serem as mais lineares e aproblemáticas, poderiam valer como apoios seguros, a partir dos quais se lograria a progressão nas áreas mais minadas pelas dificuldades e desencontros. É um exercício neste sentido, feito sobre a margem das coisas simples, que valerá a pena ensaiar. </p><p align="justify">2. Manda a verdade que se comece por sinalizar um primeiro dado: o problema ficou em grande medida a dever-se a uma pequena intervenção no Código de Processo Penal, operada em 2007. Que introduziu no diploma um preceito, filho espúrio do caso “Casa Pia”. E, por sobre tudo, um preceito atrabiliário, obscuro, desnecessário e absurdo. Logo porquanto, a considerar-se merecida e adequada uma certa margem de prerrogativa processual para titulares de órgãos de soberania, então nada justificaria que ela se circunscrevesse às escutas. E se silenciassem outros meios, nomeadamente outros meios ocultos de investigação, reconhecidamente mais invasivos e com maior potencial de devassa (vg. gravações de conversas cara a cara, acções encobertas, etc.). A desnecessidade resulta do facto de, já antes de 2007, a lei portuguesa conter um equilibrado regime de privilégio para aquelas altas instâncias políticas. Já então se prescrevia que as funções de juiz de instrução fossem, em relação a elas, exercidas por um conselheiro do STJ. Assim, a Reforma de 2007 deixou atrás de si um exemplar quadro de complexidade. Nos processos instaurados contra aquelas altas figuras de Estado, há agora um normal juiz de instrução: um conselheiro que cumpre todas as funções de juiz de instrução, menos uma, precisamente a autorização e o controlo das escutas. Ao lado dele intervém um segundo e complementar juiz de instrução, o presidente do STJ, entrincheirado num círculo circunscrito de competência: só se ocupa das escutas. Isto não obstante os problemas das escutas serem, paradigmaticamente, actos de instrução; e, pior do que isso, não obstante aquele primeiro juiz de instrução ter competência para todos os demais actos de instrução, inclusivamente daqueles que contendem com os mais devastadores meios de devassa que podem atingir os mais eminentes representantes da soberania. Manifestamente, o legislador (de 2007) não quis ajudar. Mesmo assim, nem tudo são sombras no quadro normativo ao nosso dispor. Importa, para tanto, tentar alcançar uma visão sistémica das coisas. E agarrar os tópicos mais consolidados e inquestionáveis, convertendo-os em premissas incontornáveis do discurso. E, por vias disso, fazer deles pontos de partida, lugares obrigatórios de passagem e de regresso, sempre que pareça que as sombras se adensam e as luzes se apagam. </p><p align="justify">3. A começar, uma escuta, autorizada por um juiz de instrução no respeito dos pressupostos materiais e procedimentais prescritos na lei, é, em definitivo e para todos os efeitos, uma escuta válida. Não há no céu — no céu talvez haja! — nem na terra, qualquer possibilidade jurídica de a converter em escuta inválida ou nula. Pode, naturalmente, ser mandada destruir, já que sobra sempre o poder dos factos ou o facto de os poderes poderem avançar à margem da lei ou contra a lei. Mas ela persistirá, irreversível e “irritantemente”, válida! Sendo válida, o que pode e deve questionar-se é — coisa radicalmente distinta — o respectivo âmbito de valoração ou utilização. Aqui assoma uma outra e irredutível evidência: para além do processo de origem, ela pode ser utilizada em todos os demais processos, instaurados ou a instaurar e relativos aos factos que ela permitiu pôr a descoberto, embora não directamente procurados (“conhecimentos fortuitos”). Isto se — e só se — estes conhecimentos fortuitos se reportarem a crimes em relação aos quais também se poderiam empreender escutas. Sejam, noutros termos, “crimes do catálogo”. De qualquer forma, e com isto se assinala uma outra evidência, a utilização/valoração das escutas no contexto e a título de conhecimentos fortuitos não depende da prévia autorização do juiz de instrução: nem do comum juiz de instrução que a lei oferece ao cidadão comum, nem do qualificado juiz de instrução que a mesma lei dispensa — em condições de total igualdade, descontada esta diferença no plano orgânico-institucional — aos titulares de órgãos de soberania. De forma sincopada: em matéria de conhecimentos fortuitos, cidadão comum e órgãos de soberania estão, rigorosamente, na mesma situação. Nem um, nem outro gozam do potencial de garantia própria da intervenção prévia de um juiz de instrução, a autorizar as escutas. </p><p align="justify">4. Uma outra e complementar evidência soa assim: as escutas podem configurar, no contexto do processo para o qual foram autorizadas e levadas a cabo, um decisivo e insuprível meio de prova. E só por isso é que elas foram tempestivamente autorizadas e realizadas. Mas elas podem também configurar um poderoso e definitivo meio de defesa. Por isso é que, sem prejuízo de algumas situações aqui negligenciáveis, a lei impõe a sua conservação até ao trânsito em julgado. Nesta precisa medida e neste preciso campo, o domínio sobre as escutas pertence, por inteiro e em exclusivo, ao juiz de instrução do localizado processo de origem. Que, naturalmente, continua a correr os seus termos algures numa qualquer Pasárgada, mais ou menos distante de Lisboa. Um domínio que não é minimamente posto em causa pelas vicissitudes que, em Lisboa, venham a ocorrer ao nível de processos, instaurados ou não, aos titulares da soberania. Não se imagina — horribile dictum — ver as autoridades superiores da organização judiciária a decretar a destruição de meios de prova que podem ser essenciais para a descoberta da verdade. Pior ainda se a destruição tiver também o efeito perverso de privar a defesa de decisivos meios de defesa. Por ser assim, uma vez recebidas as certidões ou cópias, falece àquelas superiores autoridades judiciárias, e nomeadamente ao presidente do STJ, legitimidade e competência para questionar a validade de escutas que, a seu tempo, foram validamente concebidas, geradas e dadas à luz. Não podem decretar retrospectivamente a sua nulidade. O que lhes cabe é tão-só sindicar se elas sustentam ou reforçam a consistência da suspeita de um eventual crime do catálogo imputável a um titular de órgão de soberania. E, nesse sentido e para esse efeito, questionar o seu âmbito de valoração ou utilização legítimas. E agir em conformidade. <strong>O que não podem é decretar a nulidade das escutas: porque nem as escutas são nulas, nem eles são taumaturgos</strong>. O que, no limite e em definitivo, não podem é tomar decisões (sobre as escutas) que projectem os seus efeitos sobre o processo originário, sediado, por hipótese, em Pasárgada, e sobre o qual não detêm competência. </p><p align="justify">5. É o que, de forma muito concentrada, nos propomos, por ora, sublinhar. Quisemos fazê-lo com distanciação e objectividade, sine ira et studio. Mantendo a linha, o tom e a atitude de anos de investigação e ensino votados à matéria. E sem outro interesse que não o de um contributo, seguramente modesto, para a reafirmação e o triunfo da lei. Pela qual devemos bater-nos “como pelas muralhas da cidade” (Heraclito). E certos de que, também por esta via, se pode contribuir para o triunfo das instituições. E, reflexamente, para salvaguardar e reforçar o prestígio e a confiança nos titulares dos órgãos de soberania cujos caminhos possam, em qualquer lugar, cruzar-se com os da marcha da Justiça. </p>Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3524512054923831779.post-50547791485940244212009-11-18T00:15:00.004+00:002009-11-19T17:59:25.248+00:00SR. DEPUTADO PEDRO DUARTE (PSD)<a href="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SwWHAeqrZTI/AAAAAAAAErI/mvA_XRq_ZQA/s1600/sala_aula_china.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 301px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405875370029966642" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_BCV7wkc5sBg/SwWHAeqrZTI/AAAAAAAAErI/mvA_XRq_ZQA/s400/sala_aula_china.jpg" /></a><br /><div align="justify">Sr. Deputado</div><br /><div align="justify">Não vou perder muito tempo a esta hora da noite. </div><div align="justify">Estou cansado e sem paciência.</div><div align="justify">Queria apenas lamentar a tal POLÍTICA DE VERDADE que foi campanha do PSD e que levou milhares de professores a votarem no PSD como partido alternativo ao PS.</div><div align="justify">Não sei se imagina o quanto esses professores estão arrependidos.</div><div align="justify">Vocês mentem como mente o PS.</div><div align="justify">Antes das eleições eram a favor da suspensão, depois das eleições são a favor da substituição.</div><div align="justify">Uma vergonha.</div><div align="justify">Dissessem isso antes das eleições, faltou-vos a coragem que vos sobra agora em oportunismo.</div><div align="justify">Não acredito que voltem a enganar os professores.</div><div align="justify">Lamento imenso, lamento mesmo muito.</div><div align="justify">Há professores que foram autênticas marionetas. Sentem-se enganado. Os políticos são TODOS uns MENTIROSOS.</div><div align="justify">A sua obrigação era CUMPRIR aquilo que SEMPRE prometeu ANTES das eleições. Por muito que lhe custasse, por muito que verificasse ter errado.</div><div align="justify">Prometer ANTES das eleições uma coisa e DEPOIS fazer outra é, além de tudo, feio. MUITO FEIO.</div><div align="justify">O sr. não conhece, embora pense que conhece, a enormidade de INJUSTIÇAS que se criaram nas escolas. Coisas tremendas que revoltam e deprimem.</div><div align="justify">O sr. não merece o nosso respeito porque não nos respeitou, não respeitou o voto que milhares de professores lhe deram por aquilo que disse na campanha.</div><div align="justify">Apesar disso, desejo-lhe felicidades e que continue a dormir bem.</div><br /><p align="justify">Francisco Teixeira Homem</p><div align="justify">Professor da Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima, em Esgueira, Aveiro</div><div align="justify">Portador do BI nº 7356693 de 16.08.99, do Arquivo de Aveiro</div><br /><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#009900;">(email enviado em 17.11.2009)</span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#ffffff;"></span> </div><div align="left"><span style="font-size:85%;color:#000000;">__________________________</span></div><br /><div align="left"><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><p align="justify"><strong><span style="color:#ff0000;">Resposta do Senhor Deputado Pedro Duarte</span></strong></p><p align="justify">Agradeço o seu contacto.</p><div align="justify">Espero sinceramente que, quando interpretar devidamente a iniciativa que o PSD apresentou no Parlamento, perceba que o PSD deu um contributo decisivo para apagar de vez os malefícios das políticas dos últimos anos na Educação. </div><br /><div align="justify">O PSD preocupou-se por </div><div align="justify">1) acabar com a divisão na carreira; </div><div align="justify">2) criar um novo modelo de avaliação justo e exequível; e </div><div align="justify">3) garantir que não haveria qualquer efeito negativo (designadamente, na progressão na carreira) para os professores que não participaram no processo de avaliação (p. ex. por não terem entregue os objectivos individuais). </div><br /><div align="justify">Num ponto apenas poderá ter razão: não prevemos “castigar” ninguém, revogando os efeitos positivos que essa avaliação possa ter tido para alguns professores (os dos “excelentes” e “muito bons”). </div><div align="justify">Foi uma opção política, que não contraria o que sempre afirmámos, designadamente, na camapnha eleitoral e que creio que contribuirá para que um clima de paz regresse às nossas escolas.</div><div align="justify">Esta é, de resto, a opinião da generalidade dos sindicatos e associações profissionais e da esmagadora maioria dos professores que temos contactado. De qualquer forma, muito obrigado pelas suas reflexões que, naturalmente, foram e serão consideradas.</div><br /><div align="justify">Cumprimentos, </div><br /><div align="justify">Pedro Azeredo Duarte</div><div align="justify">DeputadoVice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD </div><div align="justify">Palácio de S. Bento1249-068 Lisboa - Portugal</div><div align="justify">Tel. +351 21 391 92 47/48/49</div><div align="justify">Fax: +351 21 391 74 89</div><div align="justify">Email: <a href="mailto:pduarte@psd.parlamento.pt">pduarte@psd.parlamento.pt</a></div><div align="justify">Webpage: <a href="http://www.pedroduarte.com/">http://www.pedroduarte.com/</a></div>Unknownnoreply@blogger.com0