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Às vezes dou comigo a pensar em que mundo vivemos nós.
Pior que isso, que país é este onde se desumaniza, se maltrata sem piedade, se obriga a sofrer até à morte a troco sei lá de quê, para não estar a pensar que seja por causa da diminuição do deficit público.
Num país onde, para que tal aconteça, é selectivamente escolhido um ministério - o da Educação - e funcionários especiais - os professores. A coincidência é que já é o segundo caso com professores que dedicaram uma vida ao ensino e a quem lhes é negado o direito de morrer com dignidade e de viver os ultimos dias com a mesma dignidade que os nossos governantes querem para eles próprios e para as suas famílias.
A mensagem parece clara:
"Estás doente? Em estado terminal?Trabalha, malandro que é para ver se morres mais depressa."
É de facto repugnante a forma como andamos a ser tratados e enxovalhádos. De uma Ministra da Educação que em determinada altura disse do alto da sua arrogância que "tinha perdido os professores mas tinha ganho a população" não é para admirar que isto aconteça.
Tal como não é para admirar de um Primeiro Ministro, com um nariz cada vez maior, cuja incompetência está provada na forma oportunista e muito pouco clara como arranjou, num domingo, o seu Diploma e como se andou a pavonear pelo portal do governo com o título de engenheiro que ele próprio mandou retirar quando se viu apanhado e porque, de consciência pesada, sabia que não o tinha, de facto.
O professor de Filosofia, Artur Silva, da Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, foi considerado apto para leccionar apesar de ter cancro na traqueia e uma operação o ter deixado mudo. Tinha mais de trinta anos de serviço quando adoeceu. Morreu no passado dia 9 de Janeiro, aos 60 anos sem direito à reforma.
O professor de Filosofia, Artur Silva, da Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, foi considerado apto para leccionar apesar de ter cancro na traqueia e uma operação o ter deixado mudo. Tinha mais de trinta anos de serviço quando adoeceu. Morreu no passado dia 9 de Janeiro, aos 60 anos sem direito à reforma.
O Estado e o Governo, estão felizes. Pouparam na reforma, abreviando-lhe a morte. É para isto que governam, é isto que sabem melhor.
É o Portugal socialista que diz governar para o povo e pelo povo. E em nome do POVO.
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