22/02/2007
- Professora com leucemia, obrigada a dar aulas
Uma docente da Escola EB 2/3 de Cacia, em Aveiro, que se encontrava de baixa há cerca de dois
anos, após lhe ter sido diagnosticada uma leucemia, foi obrigada pela Caixa Geral de Aposentações a regressar ao serviço para cumprir um período mínimo de 31 dias de trabalho. Manuela Estanqueiro, de 63 anos, tinha pedido para ser aposentada por incapacidade, mas, após uma junta médica realizada em Novembro, não só viu a pretensão recusada como teve a baixa médica suspensa e ordem para voltar ao serviço, sob pena de perder o vencimento.“Sinto-me muito injustiçada.
Sei que há quem faça de conta que está doente, mas esse não é, infelizmente, o meu caso”, salientou a professora ao CM.ATESTADO ATÉ NOVA JUNTA
O período mínimo exigido terminou anteontem e Manuela Estanqueiro está actualmente de atestado médico, até poder ir a nova junta médica. “Estes 31 dias foram de extrema agonia e cheguei a desmaiar em plena sala de aula, para além de ter de descansar nos intervalos. Só consegui ultrapassar este sofrimento porque tive sempre o apoio dos colegas, da escola e da Direcção Regional de Educação do Centro.”A decisão da Caixa Geral de Aposentações deixou a docente de educação tecnológica “abalada psicologicamente”. “Depois de meses de quimioterapia, era o pior que me podia acontecer”, diz.
Manuela Estanqueiro diz que não a preocupa o facto de lhe recusarem a aposentação – da qual já apresentou recurso – só não entende como a podem considerar capaz para o serviço, quando tem uma doença grave diagnostica.
Por causa de tudo isto, viu a baixa revogada, quando “a tinha até Outubro de 2008”.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
PROFESSORA COM LEUCEMIA, OBRIGADA A DAR AULAS
Há 3 meses, a Professora Manuela Estanqueiro, minha vizinha e colega de escola até há pouco tempo, foi obrigada a ir trabalhar sob pena de perder o vencimento. Ficou sem a baixa médica que mantinha há quase 2 anos por causa de uma doença grave que lhe foi detectada - LEUCEMIA.
Hoje, 4 de Junho às 15.30 horas, a Manuela Estanqueiro foi a sepultar no Cemitério da Gafanha da Nazaré, em Aveiro.
Este é o Governo que temos, o Ministério da Educação que temos, o sentido de humanismo que nos transmite. Não é coisa para admiração depois da Ministra ter dito aos professores que as faltas por nojo, penalizam qualquer um na avaliação escolar. Professor que lhe morra um filho, um pai ou o cônjuge, tem de ir dar aulas, se for ao funeral, fica penalizado.
Sem querer mal à Ministra, gostava de saber como ela faria se esse azar lhe batesse à porta.
Tal como o Sócrates que quer a excelência e o rigor, ... mas é para os outros.
Quem não conhece o seu diploma que lhe saiu na Farinha Amparo a um Domingo?
Sinto-me REVOLTADO!
Sinto-me ENOJADO!
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