Conhecemo-nos em Luanda enquanto estudantes e neste fim de semana, encontrámo-nos num almoço de aniversário organizado pelo Pedro Freitas e, matámos saudades. Aqui estão os malandros que vaguearam por Luanda em vez de estudarem - o Soba, sentado, a olhar de lado, o Trindade que apanhado pela "pelingrafia" apenas lhe restava sorrir, e o Mota, a fazer de conta que não é nada com ele. O único que, de facto, parece que tinha juízo, era EU. O Soba, desculpem, o Eduardo Costa Marques, enganava toda a gente. Tanto andava, tanto andava, que sempre conseguia o que queria. Ainda hoje não percebo como foi possível ter tido tantas namoradas. E não há problema dizer isso aqui porque a Maria, sua esposa, sabe muito bem do que a casa, ... gastou.
De tal forma enganava, no seu modo mais "soft" já muito batido e treinado, que quando chegou a Portugal, tornou-se político.
Só podia mesmo.
Por alguma coisa sempre foi o SOBA e, por mais voltas que a terra dê, sempre será ... SOBA.
O Eduardo Trindade, era o mais velho, chicoronho como eu, menos dado aos "malabarismos" do nosso Soba. Com ele partilhei um acidente quando nos deslocámos num fim de semana de Luanda para Sá da Bandeira (mais de 2.000km) para ... namorar.
"Gandas" Malucos!
Tanta pontaria fez que enfiou o Autobianchi debaixo de uma camioneta que estava parada na estrada. No resto da viagem, apanhei o maior frio da minha vida. Ah ... ninguém se magoou!
O Francisco Manuel dos Anjos Mota, era um rapaz especial. Ainda hoje é. Comprou um Austim 1300 em segunda mão, mas era sempre muito complicado andar com ele no carro. Nem respirar podíamos para não embaciarmos os vidros. Para fecharmos a porta tinhamos de a bater com conta-peso-e-medida. Nem mais, nem menos, era aquela "dose". Para entrarmos no carro, tínhamos de bater com os sapatos um no outro fora do carro para não levar areias ou coisa que o valha, lá para dentro. E quando as coisas não eram exactamente como ele queria, tinhamos de o ouvir "rezar baixinho" a noite toda.
Cada dia que ele parava à hora combinada para irmos passear, havia sempre uma norma nova a cumprir no carro. E para azar dele, era o único benfiquista, coitado. Falta-me ainda uma companhia que não está aqui na fotografia, faltou ao encontro - o Francisco Lourenço Martins Teófilo que dividia o apartamento comigo, próximo do Kinaxixe. O Homem dos sete ofícios. Não perdeu essa mania ainda hoje e, tanto é possível vê-lo numa orquestra de música, como num trabalho de topografia. É um professor reformado mas continua nas suas 7 quintas: fala com TODOS, fala de TUDO e ... conhece TODA A GENTE. Quando pede alguma explicação a alguém, quem estiver ao longe, até parece que é ele quem está a explicar. Utiliza melhor as mãos e os braços para falar que o Pinto da Costa o telemóvel para comunicar com árbitros.
Uma vez caiu de um hangar de aviões da Força Aérea com mais de 8 metros de altura. Partiu-se todo. Quando numa bela tarde cheguei a casa, encontrei-o cheio de febre a delirar. Mas, está vivo!
Sobro EU, obviamente.
Bom rapaz, atinado, controlava os excessos do grupo, não gostava de confusões, procurava deitar-me sempre cedo, estudante aplicado, cumpridor de horários.
Era a referência do grupo ... ehehehehe
Mas pronto, com tanta tropelia, tanta tropelia, são amigos do peito.
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