BEM-VINDOS A ESTE ESPAÇO

Bem-Vindos a este espaço onde a temática é variada, onde a imaginação borbulha entre o escárnio e mal dizer e o politicamente correcto. Uma verdadeira sopa de letras de A a Z num país sem futuro, pobre, paupérrimo, ... de ideias, de políticas, de educação, valores e de princípios. Um país cada vez mais adiado, um país "socretino" que tem o seu centro geodésico no ministério da educação, no cimo do qual, temos um marco trignométrico que confundindo as coordenadas geodésicas de Portugal, pensa-se o centro do mundo e a salvação da pátria.
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quarta-feira, 4 de abril de 2007

CHIFUMA, CHICAMBO e SIMULAMBUCO

Não é difícil perceber a situação de Cabinda em relação a Angola, não é difícil perceber que Portugal traiu os cabindas ao ignorar os acordos e proteccionismo solicitado.
Assim sendo, sugiro a consulta dos seguintes documentos que não são difíceis de encontrar:
- Tratado do Chinfuma , celebrado ao Norte do Zaire e redigida a bordo da Corveta Rainha de Portugal - Boletim Oficial de Angola, nº 42/1883, pág. 733/735.

Aqui é possível ver os autos de posse dos terrenos cedidos ao governo português em virtude do artigo 10º desse tratado, feito entre Portugal os príncipes que governavam os terrenos de ambas as margens do Kacongo.- Tratados do Chicambo - Boletim Oficial de Angola, 6/1885, das páginas 81 à 86 assinados em 26 de Dezembro de 1884 entre o governo português e os príncipes governadores dos povos de Caio Chimisi, Suangili Mando, Buamongo, Guamongo, Chicambo Naeba e N´cula.

Também aí é possível ler-se o auto de posse dos terrenos cedidos ao governo português de acordo com o tratado assinado entre Portugal e os príncipes que governam os terrenos de ambas a s margens da lagoa do Caio.
Os tratados permitiram montar diversos postos militares que lá estão bem explicados, arredar os ingleses da zona então de conflito e gorar a intenção francesa de ocupação territorial. Neste contexto, a importância da corveta Rainha de Portugal foi decisiva.

O Tratado de Simulambuco, foi a concretização da ocupação de uma área perfeitamente definida e a cimentação do que nos espíritos e corações de ambas as partes - cabindas e portugueses - existia. Este Tratado está no post anterior.

Para além de tudo isto, a fixação das fronteiras foi feita e negociada a norte com a França e com com a Associação Internacional do Congo, assinada em 1886, com base no meridiano de Lucula. As delimitações a sul, foram definidas pela 3ª Convenção e está lá tudo bem descrito: as linhas, meridianos, confluências e embucaduras de rios etc, que delimitam esse território.
Estes textos dos Boletins Oficiais de Angola que referi, foram devidamente comunicados à França, Bélgica e AIC (mais tarde estado independente do Congo, dependente do Rei da Bélgica) e Inglaterra.

A Conferência de Berlim (15/11/1884 - 26/2/1885) também anuiu tal como os seus 14 membros plenipotenciários.
O que me deixa incrédulo, é que isto tudo à data do 25 de Abril, tinha 90 anos , praticamente a idade de uma geração. Não são coisas da pré história, não.
Não acredito que os políticos do 25 de Abril não o soubessem ou não tenham conhecimento desta VERDADE !
Na verdade aquilo que não quiseram fazer foi honrar compromissos assinados e reconhecidos pelo Mundo.
Uma canalhice a que o petróleo e o compadrio do MFA não são inocentes e o coitado do cabinda ficou indevidamente sem aquilo que É SEU .
Só quem estiver de má fé ou for faccioso, pode negar esta evidência.

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