"Quero fazer-vos uma declaração sobre o facto de ter fumado no avião. De facto fumei, com o ministro da Economia enquanto conversávamos, mas no convencimento de que se podia fumar, porque assim sempre aconteceu nas outras viagens anteriores".
O primeiro-ministro referiu-se de seguida à possibilidade de ter violado a lei ao fumar dentro do avião.
"Estava convencido que não estava a violar nenhuma lei nem nenhum regulamento. Infelizmente há essa polémica em Portugal e eu quero lamentar essa polémica. Se por algum motivo violei algum regulamento, alguma lei, lamento e peço desculpa, não voltará acontecer", disse Sócrates.
"Este episódio despertou-me para o facto de os fumadores, inconscientemente, poderem violar leis e regulamentos que desconhecem. Não sei se a última lei se aplica ou não aplica (em voos fretados), mas o Governo tem uma especial responsabilidade e eu também quero contribuir para isso."
Ai sim? Mas então quem é que fez a lei? Não foi ele? Como é possível desconhecer a lei? ... no convecimento de que se podia fumar? Já o Director Geral da ASAE também estava no convencimento de que não se podia fumar nos casinos ... ahahahahaha. Pedir desculpa, fica-lhe bem mas, o que ele terá é de pagar uma multa. Mas não pode ser uma multa qualquer. deveria ser uma MULTA EXEMPLAR. EXEMPLAR!!
Ora bem, então e porquê que uma vez mais, José Sócrates está a mentir com quantos dentes. Porquê que ele é mentiroso?
Basta ler o que diz o jornal PÚBLICO, que foi quem denunciou esta vergonha, esteve presente no mesmo avião e ainda teve que fumar o fumo que o sr. primeiro ministro deitou para fora.
"O Airbus A 330 da TAP saiu de Lisboa às 21h00 de segunda-feira. O filme de segurança foi claro a explicar que aquele era um voo de não-fumadores, as luzes de proibição de fumar mantiveram-se acesas durante todo o percurso de oito horas e no folheto de segurança era também claro e explicado em letras garrafais a proibição. Pelas 23h00, servida a refeição, alguns membros do gabinete do primeiro-ministro, que seguiam na traseira do avião, onde estavam também os jornalistas, começaram a dirigir-se para a frente da aeronave com maços de tabaco na mão. Falavam entre si no facto de “já se poder fumar”. Uma cortina junto à porta de emergência escondia os fumadores dos restantes passageiros. No local o cheiro a fumo era intenso."
"Embora escondidos atrás da cortina" ... "Pelas 23h30 foi a vez do próprio primeiro-ministro se esconder atrás da cortina e acender um cigarro" ... "Voltaria lá mais uma vez, como o PÚBLICO pode ver, cerca de meia hora mais tarde" ... "Pelas duas da madrugada o primeiro-ministro, membros do seu "staff" e alguns empresários reuniram-se em conversa junto à “zona” fumo, apesar de nesse momento e durante cerca de uma hora estarem acesas as luzes de obrigatoriedade de os passageiros se encontarem sentados e com os cinto de segurança apertados. Nessa altura, alguns já nem se escondiam atrás da cortina para fumar. ... Pelas 3h05 o próprio primeiro-ministro, acendeu um cigarro à frente de todos, desta vez também sem se esconder atrás da cortina" ... "em outras ocasiões o primeiro-ministro tinha fumado em voos TAP"
O PÚBLICO não viu, nem ouviu em nenhuma ocasião durante as oito horas de voo algum membro do gabinete do primeiro-ministro questionar fosse quem fosse sobre a possibilidade de se fumar a bordo, num voo onde foi sempre claro que tal era proibido.
Mas quando é que este homem aprende a não dizer mentiras? A deixar de ser mentiroso?
Sem comentários:
Enviar um comentário