Milhões à despedida
Dezassete milhões de euros foram distribuídos por estes dias a quatro gestores da PT e sete da EDP que saíram das duas empresas depois de terminaram os seus mandatos.
Repare-se: saíram porque terminaram os mandatos, não por terem sido afastados a meio desses mandatos.
As razões pelas quais os gestores em causa receberam tantos milhões são diferentes. São também diferentes os estatutos de cada uma das empresas: a PT é privada, embora o Estado tenha uma participação que lhe dá direitos especiais; a EDP é uma empresa mista, onde o Estado detém ainda a maioria do capital.
As razões pelas quais os gestores em causa receberam tantos milhões são diferentes. São também diferentes os estatutos de cada uma das empresas: a PT é privada, embora o Estado tenha uma participação que lhe dá direitos especiais; a EDP é uma empresa mista, onde o Estado detém ainda a maioria do capital.
Em ambas, portanto, o Estado tem uma palavra a dizer. Mas ainda que a não tivesse, o escândalo não deixaria de o ser.
Em tempo de crise prolongada e num país onde os salários estão entre os mais baixos da União Europeia, os gestores portugueses ganham tão bem como os melhores nos países mais ricos - um fosso cada vez mais largo e mais fundo, que não pode deixar de chocar as opiniões e as consciências enquanto símbolo extremo de uma injustiça social crescente.
Em tempo de crise prolongada e num país onde os salários estão entre os mais baixos da União Europeia, os gestores portugueses ganham tão bem como os melhores nos países mais ricos - um fosso cada vez mais largo e mais fundo, que não pode deixar de chocar as opiniões e as consciências enquanto símbolo extremo de uma injustiça social crescente.
Estes contratos leoninos com prémios de milhões e mordomias extravagantes só têm um qualificativo apropriado: obscenos.
E tal qualificativo é tão válido e justo para as empresas públicas, como para as privadas porque todas operam no mesmo país.
E esse é o país onde milhões de pessoas vivem na miséria extrema ou na pobreza envergonhada
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