- 22.03.2007 - Título "Há falhas no dossier de José Sócrates na Universidade Independente"
- O dossier relativo à licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente tem várias falhas. Há alguns documentos por assinar, ou sem data, timbre ou carimbo, tal como há elementos contraditórios, nomeadamente os relativos às notas atribuídas a José Sócrates.
- ... matrícula da UnI, a 14 de Setembro de 1995. Só que a sua data é posterior: nas costas da fotocópia vê-se um carimbo, assinado pelo chefe de secção da secretaria do ISEL, "conforme o original arquivado", com data de 8 de Julho de 1996.
-Plano de Equivalências de José Sócrates, sem qualquer timbre nem carimbo e onde se concretiza que cadeiras mereceram equivalência por parte da UnI. Ou do Pedido de Equivalência, uma folha não numerada (como todas as outras), onde apenas surge o nome José Sócrates Sousa, manuscrito pelo próprio, e o mapa de equivalências por ele proposto.
- espaço onde o responsável do conselho pedagógico pelo processo deveria colocar a sua assinatura está em branco. Documentos sem numeração Não se sabendo a data em que foi entregue,
- O primeiro-ministro despede-se apresentando os melhores cumprimentos, com "do seu José Sócrates" escrito à mão.
- a comissão científica da Faculdade de Ciências da Engenharia e Tecnologias deliberou "propor-lhe a frequência e conclusão das seguintes disciplinas do Plano de Estudos de Engenharia Civil: Análise de Estruturas, Betão Armado e Pré-Esforçado, Estruturas Especiais e Projecto e Dissertação". De fora ficou, "por falha", segundo Luís Arouca, a cadeira de Inglês Técnico.
- duas folhas avulsas, aparentemente folhas de rosto, que não se percebe a que se referem. Uma, com cabeçalho do gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ambiente, é um fax dirigido a Luís Arouca e aparenta ser uma folha de rosto. Na zona do texto, José Sócrates escreveu: "Caro Professor, aqui lhe mando os dois decretos (o de 1995 fundamentalmente) responsáveis pelo meu actual desconsolo."
- "As fichas de cada aluno já ninguém sabe delas. Nos primeiros anos, a nota final é acompanhada com fundamento, depois é deitada fora", - Luis Arouca.
- "Ao fim de cinco anos, vai tudo para o maneta."
- confrontado com o facto de as folhas do processo não estarem numeradas, o reitor afirmou: "A numeração importa. Mas nem sempre se numera."O certificado de habilitações, assinado pela chefe dos serviços administrativos, Mafalda Arouca, e pelo reitor, Luís Arouca, indica ainda que o curso foi concluído a 8 de Setembro de 1996, com média final de 14 valores
Jornal Expresso
- 31-03.2007 - Título " UnI emitiu diploma de Sócrates num domingo"
- Os únicos documentos apresentados como ‘o dossiê Sócrates’ na Universidade
Independente são um conjunto de papéis soltos, sem numeração nem qualquer carimbo da instituição.
- Aparentemente, só o reitor está na posse desta documentação. O mesmo Luís Arouca que, quarta-feira passada, seria constituído arguido por suspeita de vários crimes, entre os quais o de falsificação de documentos.
- O Gabinete do primeiro-ministro proibiu, mesmo, na passada terça-feira, um novo acesso do Expresso à documentação existente na reitoria da lndependente.
-O processo académico que consultámos — e que constitui, assim, o único conjunto de documentos que fazem prova da licenciatura do primeiro-ministro — foi analisado em condições «sui generis»: na reitoria de uma universidade em estado de crise interna e sempre na presença de Luís Arouca, que se fazia acompanhar por quatro homens, um dos quais nomeado há cerca de três semanas director do curso de Direito, João Alvaro Dias. Foram expressamente proibidas fotocópias.
- Nos documentos apresentados como prova consta apenas o nome do aluno (manuscrito), sem quaisquer referências adicionais. Apenas uma rubrica do professor da cadeira: quatro alegadamente de António Morais e outra de Luís Arouca. Duas folhas manuscritas e com algumas disciplinas quase ilegíveis, constituíam o plano de equivalências, que não tinha nem data nem assinatura.
- Não tivemos acesso a qualquer livro de termos — exigido por lei —. onde
constariam os dados académicos dos estudantes, ou a livros de sumários, horários e lista de alunos, de professores e de disciplinas daquele curso. Alegadamente, não existem.
- Constavam ainda do dossiê algumas notas (cartões, faxes e uma carta) manuscritas por José Sócrates e em papel timbrado da secretaria de Estado do Ambiente.
Um texto em inglês dactilografado e corrigido a vermelho foi apresentado como a prova escrita de Inglês Técnico, embora não estivesse redigido em nenhuma folha de teste da universidade.
As dúvidas que o processo levanta precisam de ser esclarecidas.
Jornal Correio da Manhã
- 1 de Abril de 2007, (link não disponível), uma alegada decisão tomada por José Sócrates, em jantar onde também curiosamente também terá estado outro aluno famosíssimo da Universidade Independente, Armando Vara, de se inscrever no Instituto Superior Técnico para obter aí o diploma de Engenharia Civil. Motivo de gozo para o "Dia das Mentiras"
Diário de Notícias
- 1 de Abril de 2007 - Título "Polémica sobre curso de Sócrates preocupa Governo".
"Há necessidade de fiscalizar tudo isto", diz ao DN o deputado Vítor Baptista, líder do PS/Coimbra. "Não há nada como tornar as coisas claras. Todas as explicações devem ser dadas. A gestão do silêncio não é a mais adequada", recomenda o eurodeputado socialista Manuel dos Santos. "
SIC Notícias
Jornal da noite (31.03.2007) -
- Excerto do currículo de José Sócrates escrito pela pena do gabinete:
* Bacharelato em Engenharia pelo ISEC,
* Licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente, com frequência também no ISEL,
* Pós-graduação com MBA em gestão de empresas pelo ISCTE.
Esta última versão oficial oficializa o MBA e deixa cair uma outra Pós-graduação que sempre constou do currículo oficial do primeiro-ministro: a Pós-graduação em Engenharia Sanitária.
[Esta é a terceira versão do curriculum oficial do primeiro-ministro: depois do "engenheiro" e do licenciado em Engenharia - e "engenheiria" (sic)... ]
O QUE É QUE È PRECISO MAIS?
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