BEM-VINDOS A ESTE ESPAÇO

Bem-Vindos a este espaço onde a temática é variada, onde a imaginação borbulha entre o escárnio e mal dizer e o politicamente correcto. Uma verdadeira sopa de letras de A a Z num país sem futuro, pobre, paupérrimo, ... de ideias, de políticas, de educação, valores e de princípios. Um país cada vez mais adiado, um país "socretino" que tem o seu centro geodésico no ministério da educação, no cimo do qual, temos um marco trignométrico que confundindo as coordenadas geodésicas de Portugal, pensa-se o centro do mundo e a salvação da pátria.
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sexta-feira, 16 de março de 2007

EÇA de QUEIRÓS

Eça de Queiroz é por muitos considerado o maior escritor realista da literatura portuguesa, quer pela sua amplidão temática, quer pela capacidade narrativa, quer ainda, pelo rigor e criatividade do seu estilo impressionista.

Foi amigo de Antero de Quental, Teófilo Braga e outros escritores que integraram a chamada "geração de 70", que esteve na base da revolução da literatura portuguesa. Embora simpatizante da "Questão Coimbrã", preferiu manter-se distante e, foi em Évora, onde dirigiu um jornal que fazia oposição ao governo de forma elevada.

Mais tarde, vai para Lisboa, e passa a viajar pelo mundo como repórter. Em 1871 ao participar de forma brilhante nas "Conferências Democráticas", assume definitivamente os ideais defendidos pela "geração de 70".

Este país à beira mal plantado, está de tal maneira em 2007 que mais parece que ainda estamos a viver com 140 anos de atraso (Eça, 1867 "O Distrito de Évora"). Ai Eça, Eça ... que falta fazes tu cá hoje!

Estive em 2006 em Havana, capital de Cuba, e foi com um arrepio que encontrei esta singela homenagem do povo cubano a este GRANDE escritor português num café central da capital.
Numa das paredes exteriores do café esta placa ilustrativa:
É um café que foi regular e frequentemente visitado pelo cônsul de Portugal em Cuba - Eça de Queirós -, um café muito arejado, asseado, bonito, acolhedor, talvez boas razões, entre outras, para a sua escolha. No seu interior, era possível encontrar uma parede inteira com um painel em azulejo, que lhe era totalmente dedicado:"sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia" - E.Q. gran escritor português, diplomático y consul de Portugal en La Habana (1872-1874).
Situa-se na rua em frente ao Hotel Ambos Mundos, em Habana Velha, onde viveu no quinto andar, entre 1932 e 1939, o escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961) onde conseguiu escrever o livro "Por Quem os Sinos Dobram", apesar das inúmeras caminhadas que fazia ao fim da tarde, percorrendo todas as Bodeguitas, começavam na Bodeguita del Medio* e acabavam na luxuosa El Floridita (onde tem uma estátua em bronze) completamente bêbado.
* Os dizeres "Meu mojito em La Bodeguita. Meu daiquiri em El Floridita" estão num quadro, assinado pelo escritor, no Bodeguita, que é simples e sempre cheio.
Dados mais relevantes deste GRANDE PORTUGUÊS
1845: Em 25 de Novembro, nasce na Póvoa do Varzim José Maria Eça de Queirós. - 1855: Entra como aluno interno no Colégio da Lapa, no Porto. - 1861: Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. - 1864: Conhece Teófilo Braga. - 1865: Representa no Teatro Académico e conhece Antero de Quental. - 1866: Forma-se em Direito. Instala-se em Lisboa, em casa do pai. Parte para Évora, onde funda e dirige o jornal Distrito de Évora. - 1867: Sai o primeiro número do jornal. Estreia-se no foro. Regressa a Lisboa. -1869: Assiste à inauguração do Canal de Suez. - 1870: É nomeado Administrador do Distrito de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O Mistério da Estrada de Sintra. Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar. - 1871: Conferências do Casino Lisbonense. - 1872:
Cônsul em Havana. - 1873: Visita os Estados Unidos em missão do Ministério dos Negócios Estrangeiros. - 1874: É transferido para Newcastle. - 1876: O Crime do Padre Amaro. - 1878: O Primo Basílio. Escreve A Capital. - 1878: Ocupa o consulado de Bristol. - 1879: Escreve, em França, O Conde de Abranhos. -1880: O Mandarim. - 1883: É eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências. - 1885: Visita em Paris Émile Zola. - 1886: Casa com Emília de Castro Pamplona. - 1887: A Relíquia. - 1888: Cônsul em Paris. Os Maias. - 1889: Assiste ao primeiro jantar dos "Vencidos da Vida". - 1900: A Correspondência de Fradique Mendes. A Ilustre Casa de Ramires. Em 16 de Agosto morre em Paris.

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