Conforme podem verificar no site, o Pedro manifesta as suas preocupações e objectivos, todo o histórico da sua tragédia, as suas recordações e a sua actualidade e, procura nos braços de amigos todo o apoio de que necessita permanentemente.
Paulatinamente, tem conseguido da cama onde se encontra, e pela luta e persistência que tem desenvolvido os vários objectivos a que se tem proposto por etapas.
Não tem sido fácil e só quem o conhece, sabe o quanto de lutador ele é devendo ser tido como um exemplo para todos nós
O Pedro tem todos os contactos no seu site para quem pretender ajudar
Experimentem falar com o Pedro.
Experimentem.
É a voz de um jovem que não virou a cara à luta, que sente o mesmo direito à vida como qualquer um de nós, que consciente das dificuldades que tem e terá, quer viver, quer viver com dignidade, sem dependências excessivas, sem ver à sua volta o sofrimento das outras pessoas que se preocupam com ele, especialmente o pai João, reservando para si, de uma forma conformada, todo o infortúnio que lhe bateu à porta.
A sua maior e última vitória foi a operação a que se sujeitou submeter recentemente na esperança de poder ganhar mais alguma autonomia funcional. Uma "aventura" que está por pagar e que lhe custa a módica quantia de 30.000 euros em números redondos. Necessita de ajuda de todos, qualquer colaboração será muito bem recebida.
A sua maior e última vitória foi a operação a que se sujeitou submeter recentemente na esperança de poder ganhar mais alguma autonomia funcional. Uma "aventura" que está por pagar e que lhe custa a módica quantia de 30.000 euros em números redondos. Necessita de ajuda de todos, qualquer colaboração será muito bem recebida.
Achando-se ainda assim uma pessoa com sorte, no sentido em que o acidente poderia, segundo ele ter sido pior, garante que não vai parar. Percebeu que muitos tetraplégicos se acomodaram e atiraram a toalha ao chão. Ele não é desses, não senhor, inclusivamente quer dar a conhecer ao mundo, toda a sua infortunada experiência, com o objectivo de mostrar como se deve lutar, como se deve saber lutar a todos quantos possam estar com as mesmas dificuldades.
Um verdadeiro exemplo de tenacidade, vontade e querer. Com um Pedro destes, tenho a certeza que o seu sonho será uma realidade. É difícil, e eu que tenho acompanhado todo o seu esforço e luta posso-vos garantir que é mesmo muito difícil. Trata-se de um rapaz anónimo, como anónimo é o povo. Se fosse do jet-set ou filho de um político da treta, estaria muito melhor. Tenho a certeza.
Uma vez mais vos convido a verem o site do Pedro Freitas: www.pedrofreitas.org e verificarem o quanto ele tem lutado, o quanto nem sempre tem sido ajudado como necessita e merece, o quanto é um exemplo que todos devemos ter como referência.
Vejam com os vossos próprios olhos. Contribuam e ajudem!
Anexo:
A medula é a parte do nosso sistema nervoso central que transporta as informações do cérebro ao resto do corpo e do corpo para o cérebro. É como um sistema de comunicação de rede com dados que vão e vêm instantaneamente com informações da sensibilidade, do movimento, do controle do intestino, da bexiga, etc.
Tem a espessura de um dedo, o comprimento da base da cabeça até ao cóccix dentro de uma espécie de tubo dentro da coluna vertebral.
A coluna vertebral é a estrutura óssea, que protege a medula, é formada por várias vértebras e dividida por um disco que amortece os impactos nas costas e que se divide em 4 partes:
Região Cervical - região do pescoço. (C1 a C8 ) que é exactamente a zona de lesão do Pedro
Região Dorsal - do pescoço à cintura. (D1 a D12)
Região Lombar - abaixo da cintura. (L1 a L5)
Região Sacral - abaixo da lombar. (S1 a S5)
Que função tem então a Medula?O corpo mexe por ordem do cérebro com comunicação da medula, assim como as informações da sensibilidade (calor, dor, etc) chegam ao cérebro pela medula. A medula é assim, o canal principal da comunicação do cérebro para o corpo. No caso do Pedro Freitas, a lesão medular foi causada por um traumatismo raqui-medular, produzindo imediata tetraparesia (04/03/2003).
Os relatórios médicos estão "linkados" no seu site na parte do Historial Clínico.
Que consequências para os traumatizados na medula ?Sendo uma lesão gravíssima, pode afectar o movimento e/ou a sensação do corpo além de comprometer o funcionamento de alguns órgãos internos. A quantificação e afectação da lesão depende do nível da lesão e o quanto a medula foi lesada. Isto é, o nível da lesão é dado pela numeração das vértebras e nervos e calculado pelo último nível normal, sendo que abaixo dele as funções já estão alteradas.
Se consultarem uma vez mais o site, no Historial Clínico verificam que no dia 06-03-2003 depois de ter sido operado e "após vários exames médicos, onde se concluiu fractura dos corpos vertebrais da C5 e C6 , e fractura do arco posterior da C5 .
A medula mostrava sinais de contusão na C5 e edema que se estendia da C3 até à D2 (07/03/2003)." É por isso, por a lesão ter sido tão alta, que o Pedro perdeu toda a sensibilidade praticamente da linha dos ombros para baixo, isto para não ser milimétrico, mantendo apenas alguma "enervação" não me lembro se no cúbito se no rádio do braço esquerdo, o que lhe permite ter "meio punho".
Por ter os extensores do punho afectados, se, por exemplo, pretender "teclar" tem de fixar à sua mão esquerda uma cinta com um "lápis" (apontador) que lhe permitirá "acertar" nas teclas desejadas.Bom ...
O tempo é a grande resposta da recuperação havendo no entanto algumas fontes causadoras de "prejuízo", nomeadamente no seu caso:
- Mal posicionamento.
- Ausência de movimentação articular
- Edema por imobilização.
- Microhemorragias, provenientes de movimentos bruscos e excessivos.
- Espasticidade. com consequências diversas ao nível das contraturas musculares e articulares, de edemas e da dor ao movimento.
Recordo-me do Pedro se referir persistentemente às dores provocadas pelos espasmos que segundo ele ... "eu nem imagino".
Mas para além de tudo isto, para além do corpo, há o espírito. E do espírito já nós estamos mais à vontade para perceber o quanto é importante que ele consiga atingir os objectivos a que se propõe.
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