Os principais afluentes do rio Queve com áreas das respectivas bacias superiores a 300 km2
são : na margem direita Lumbuambua, Colele, Cusso, Cunhamgama, Cuvira, Caninda, Cussoi, Tunga,Chilo e Carlaongo.
Na margem esquerda: Calongua, Cuito, Hama, Cuvombua, Cuchém, Cuvele, Hungue, Cassalovir e Luati.
Até ao “gargalo superior” (altitude de 600 m) a constituição geológica da bacia é predominantemente granítica o que favorece a recarga dos aquíferos subterrâneos por apresentar embasamentos arenosos. Por tal motivo todas a linhas de água são perenes (têm caudal todo o ano), com fortes caudais, mesmo na estação seca (Cacimbo de Maio a Setembro). A estação das chuvas vai de Outubro a Abril).
Cerca de 80 % da área total é envolvida por uma cadeia montanhosa de vertentes muito inclinadas que limitam uma zona central vasta e plana pontilhada “aqui e ali” por numerosos inselbergs ou montes-ilhas graniticos que conferem uma rara beleza à região.
O maior afluente é o rio Cuvira com 2 410 km2 de bacia hidrográfica e apreciável caudal.
O caudal médio do rio Queve, na estação seca, situa-se entre 200 e 240 m3 /s. O menor caudal situa-se entre 20 a 30 m3 /s. No trecho próximo da jangada do Amboíva foi estimada uma cheia de 1 770 m3 /s tendo como escala a subida do nível do rio em 5,40 m.
são : na margem direita Lumbuambua, Colele, Cusso, Cunhamgama, Cuvira, Caninda, Cussoi, Tunga,Chilo e Carlaongo.
Na margem esquerda: Calongua, Cuito, Hama, Cuvombua, Cuchém, Cuvele, Hungue, Cassalovir e Luati.
Até ao “gargalo superior” (altitude de 600 m) a constituição geológica da bacia é predominantemente granítica o que favorece a recarga dos aquíferos subterrâneos por apresentar embasamentos arenosos. Por tal motivo todas a linhas de água são perenes (têm caudal todo o ano), com fortes caudais, mesmo na estação seca (Cacimbo de Maio a Setembro). A estação das chuvas vai de Outubro a Abril).
Cerca de 80 % da área total é envolvida por uma cadeia montanhosa de vertentes muito inclinadas que limitam uma zona central vasta e plana pontilhada “aqui e ali” por numerosos inselbergs ou montes-ilhas graniticos que conferem uma rara beleza à região.
O maior afluente é o rio Cuvira com 2 410 km2 de bacia hidrográfica e apreciável caudal.
O caudal médio do rio Queve, na estação seca, situa-se entre 200 e 240 m3 /s. O menor caudal situa-se entre 20 a 30 m3 /s. No trecho próximo da jangada do Amboíva foi estimada uma cheia de 1 770 m3 /s tendo como escala a subida do nível do rio em 5,40 m.
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Fig 6 A Cela, o Amboim e o Litoral são as três regiões edafo-climáticas da bacia do rio Queve. Na Cela os dois rios-Queve e Cussoi-transbordam anualmente,com relativa facilidade. Na estação seca(Cacimbo) as áreas inundadas apresentam gramíneas (capim) de notável aspecto vegetativo, bons para pecuária embora acres. A Cela apresentava em 1973 um bom desenvolvimento económico apoiado na produção de leite e lacticínios. Corrigiu-se a tempo o erro da Cela que foi o de se querer implantar ali o modo agrícola metropolitano sem estruturas rodoviárias de escoamento dos produtos.. O Amboim (a verde) é uma região orográfica intermédia com excepcionais aptidões agrícolas para as culturas tropicais ricas, com relevância para o café arábica. O Amboim ainda é bem servido por chuvas (800 mm anuais). Nesta região situava-se a maior “plantation”(fazenda) de Angola: a CADA (leia-se cádá). Tinha um dos melhores hospitais de Angola, tudo nela funcionava “em esferas”. A montante, a azul, destaca-se a Cela(rio Queve e rio Cussoi). Na foz (a azul) podem-se irrigar milhares de hectares “gota a gota”por aspersão e em pivots centrais por gravidade.
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4 – Aproveitamentos hidroelétricos
O rio Queve, como aliás todos os rios de Angola, decepcionou os governos de Lisboa nos longínquos anos dos fins do século 19. Só o rio Cuanza, no século 16, chegou a dar uma certa esperança de navegabilidade quando os portugueses subiram até Cambambe (onde se encontra a barragem de Cambambe) em cerca de 200 km; para montante da barragem o rio Cuanza precipita-se em rápidos, corredeiras e grandes quedas tornando inviável qualquer navegação, mesmo até de canôas. Outro rio conhecido naquelas épocas (Dande) ficou inviabilizado nos rápidos das Mabubas, onde se encontra erigida uma barragem. O rio gémeo do Dande-Zenza ou Bengo- que abastece Luanda- só dava navegabilidade, para barcos de muito pequeno porte, em cerca de 70 km entrando pela foz no Cacuaco. No século 19 chegou a haver um transporte regular, com pequenos barcos a vapor, do Cacuaco até Icolo e Bengo.
Foi num destes pequenos barcos que o missionário e explorador inglês David Livingstone iniciou a sua viagem de regresso até ao Linyanty (actual sudoeste da Zâmbia). Livingstone saiu pela foz do Bengo, no Cacuaco, em um pequeno barco a vapor em 20 de setembro de 1854,subiu o rio, passou pelas ruínas do convento de S.António até Icolo e Bengo cuja «...população era de 6530 africanos,172 mestiços e 11 europeus. Proporção de escravos 3,38%» conforme escreveu Livingstone, minuciosamente, no seu diário.
No contexto geográfico angolano o rio Queve insere-se na categoria de bacia média mas é excepcionalmente energivoso, pois pode produzir mais de 3000 MW de potência hidroeletrica, não incluindo os afluentes que têm as mesmas características orográficas.
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O perfil longitudinal é elucidativo. O rio Queve é extraordinariamente energivoso ( significa que tem grande potencial de energia eletrica). Reune todas as condições necessárias para geração de energia eletrica: chuvas abundantes, regulares e bem distribuidas, solos porosos, solos rochosos mas muito fendilhados (retêm a água durante um certo tempo), planícies de inundação propícias para transferência de água no tempo regularizando caudais através de grandes barragens; materiais de construção baratos, expropriações de pouca monta, povos sedentos de progresso e muito industriosos, regiões agrícolas bem definidas com vocação para cereais e gado bovino, ou para produtos tropicais ricos (café, algodão, rícino, frutas etc), áreas extensas no terço inferior susceptíveis de serem irrigadas gota a gota por gravidade ou outros processos. Por ultimo, mas das
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mais importantes, a zona do Amboim em escarpa ao longo de 70 km, pode albergar mais de 4 grandes aproveitamentos hidroeletricos a fio de água utilizando a água acumulada a montante.
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