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EXCESSO DE PESO NOS JOVENS É MAIOR EM PAÍSES DO SUL QUE DO NORTE
Aos 11 anos, as crianças portuguesas são "significativamente mais baixas" do que a maior parte das suas congéneres da União Europeia e também mais pesadas do que o padrão de referência para a idade.
Aos 11 anos, as crianças portuguesas são "significativamente mais baixas" do que a maior parte das suas congéneres da União Europeia e também mais pesadas do que o padrão de referência para a idade.
Deste cruzamento resulta que, em conjunto com as crianças espanholas, as portuguesas são aquelas que têm um Índice de Massa Corporal mais acima da norma para a idade, segundo revela o estudo europeu Pro Children, financiado pela UE e concluído em 2007.
Em vez de 17,68 (raparigas) e de 17,48 (rapazes) dados como padrão para a sua idade, as meninas portuguesas de 11 anos subiam para os 19,1 e os rapazes para os 19,4. Dos nove países avaliados no âmbito do Pro Children - Áustria, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Suécia -, que em Portugal foi coordenado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação do Porto, só o país vizinho apresenta um desvio parecido.
Em vez de 17,68 (raparigas) e de 17,48 (rapazes) dados como padrão para a sua idade, as meninas portuguesas de 11 anos subiam para os 19,1 e os rapazes para os 19,4. Dos nove países avaliados no âmbito do Pro Children - Áustria, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Suécia -, que em Portugal foi coordenado pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação do Porto, só o país vizinho apresenta um desvio parecido.
Com base em inquéritos enviados para as escolas e que foram entregues depois aos pais para estes responderem, entre Outubro e Dezembro de 2003, o Pro Children confirmou que o passo seguinte já fora também dado.
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"Está relacionada com a perda dos valores da alimentação tradicional de características mediterrânicas, e também com o baixo nível educacional dos pais", explica, chamando também a atenção para o facto de os países do Norte terem acordado para o problema bem mais cedo. Segundo dados da International Obesity Task Force, no Sul da Europa a prevalência da obesidade infantil situa-se entre os 20 e os 35 por cento, enquanto no Norte está entre os 10 e os 20 por cento.
Em todo o mundo, esta "epidemia do século XXI", como já foi classificada e que, segundo os especialistas, tem vindo a ultrapassar os piores prognósticos, abrangerá 155 milhões de crianças. Na Europa, a expectativa é de que o seu número (22 milhões já terão excesso de peso) aumente ao ritmo de mais 400 mil por ano.
A obesidade é já responsável por seis por cento das despesas de saúde. Em Portugal, dados da DGS situam este patamar nos 3,5 por cento: 235 milhões de euros. No futuro será pior. Um dos principais especialistas portugueses em diabetes, Davide Carvalho, prevê que, devido à obesidade crescente, em 2025 Portugal será o quatro ou quinto país com mais casos daquela doença.
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Os próximos estudos permitirão talvez apurar as razões para esta discrepância, sendo certo que não é a sopa a culpada
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