domingo, 6 de abril de 2008

SINTO-ME ROUBADO, ISSO MESMO ... ROUBADO

MNE atribui apoio financeiro
Cravinho dá 150 000 euros a Soares
O secretário de Estado da Cooperação atribuiu, no primeiro semestre de 2007, à Fundação Mário Soares um subsídio de 150 mil euros.

O apoio financeiro, atribuído segundo decisão de João Gomes Cravinho, em 16 de Fevereiro de 2006, consta de uma lista de transferências correntes e capital ontem publicada em Diário da República, e destina-se a apoiar projectos de cooperação com os PALOP.
Os subsídios atribuídos pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), destina-se a várias entidades, entre embaixadas e organizações não governamentais.
O apoio financeiro dado à Fundação Mário Soares corresponde a um projecto desenvolvido por essa entidade sobre ‘Política de Cooperação entre Portugal e os PALOP’.

Na sequência deste trabalho, o MNE e a Fundação Mário Soares assinaram, em Janeiro de 2007, um protocolo de colaboração institucional num montante total de 600 mil euros, a serem distribuídos em tranches, pelo período de quatro anos, ou seja, até 2010.

Constituída em 1991, a Fundação Mário Soares é uma instituição de direito privado e utilidade pública sem fins lucrativos, ligada à pessoa do ex-Presidente da República Portuguesa, segundo é descrito no site da própria Fundação.
Mas têm sido muitas as vozes a levantar questões relativamente aos critérios de atribuição de subsídios a esta instituição. Foi o que ocorreu em 2005 quando Luís Amado, na altura ministro da Defesa, atribuiu um subsídio de vinte mil euros à entidade para a realização de um projecto de investigação sobre a ‘Participação dos Portugueses em Missões de Paz’.

O apoio surgiu numa altura em que o Governo de José Sócrates previa um corte orçamental de 58 milhões de euros no financiamento de missões de Portugal no estrangeiro, o que levou o PSD a exigir do ministério da Defesa esclarecimentos.
Já em 1997, o Governo de António Guterres disponibilizou à Fundação 2,5 milhões de euros para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifício cedido pela Câmara de Lisboa, na altura presidida pelo filho de Mário Soares, João Soares.

JF

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