sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
PROTESTO DOS PROFESSORES EM AVEIRO
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
POLÍTICA E JORNALISMO - PROMISCUIDADE E OPORTUNISMO
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domingo, 24 de fevereiro de 2008
"PROFESSORESZECOS" - UMA NOVA CLASSE DE PROFESSORES A EMERGIR
Este mês a ministra da educação foi à assembleia da república e alguns deputados do PS questionaram-na sobre algumas das suas políticas da educação.
Confrontada com essas dúvidas o que faz a ministra... Responde ?
Não...
Acusa antes os deputados de ao colocarem dúvidas estarem a dar voz aos "professorezecos"...
Assim mesmo, os "professorzecos".
http://educar.files.wordpress.com/2008/01/ps.jpg
Esta notícia foi publicada no Público, mas, por alguma razão, passou praticamente despercebida, ...
PROPAGANDA E PETER PAN - ASSIM VAI A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL
Santana Castilho - Professor do ensino superior
No Parlamento, a 13, e na SIC, a 18, Sócrates falou duma Educação virtual, dum país que não existe senão no imaginário dele. Em qualquer dos locais, o homem cavalgou uma onda autista. Falou do que quis, mas não do que é. Como se estivesse num comício do PS, despejando propaganda sobre os fiéis. Parafraseando Churchill, o êxito dele não é mais que ir de fracasso em fracasso, mantendo o entusiasmo.
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Porque o primeiro-ministro não tem tempo para ler esses estudos, quando na SIC deu o exemplo dos Estados Unidos da América, ignorava, por certo, que a introdução, aí, do indicador "resultados obtidos pelos estudantes", logo fez aparecer professores a treinarem alunos nas técnicas de copiar nos exames.
PROFESSORES - UMA CLASSE A LUTAR PELA EDUCAÇÃO E PELA PROFISSÃO
O DESENCANTO DA EDUCAÇÃO
(...) Por isso, fiquei muito surpreendida quando, esta manhã, acordei com uma vontade intensa de procurar o endereço do meu blog ( até me esqueço dele!) e desabafar.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
QUEM SÃO OS MELHORES EMPREGADOS DOMÉSTICOS DOS PAIS? ... ORA, ORA ... OS PROFESSORES!
Já disse aos meus filhos que os deserdo se forem para professores !!!
Deus nos livre desta Ministra!
O DN de hoje traz mais uma má notícia para as escolas, os alunos e os professores.
O senhor Albino, Presidente da Confap, rejubila com a medida.
"Os alunos do 2º ciclo do ensino básico passam actualmente 39 horas por semana na escola.
A dona Lurdes e o senhor Albino acham pouco. E vai daí, juntam esforços e o sonho concretiza-se: os alunos vão estar, brevemente, enfiados na escola durante 55 horas semanais, ou seja, mais 16 horas do que actualmente.
O plano é assim: depois das 17 horas, as escolas do 2º ciclo passam a oferecer mais duas horas de Actividades de Enriquecimento Curricular, onde a Ministra vai enfiar a martelo a área de projecto, a formação cívica e o estudo acompanhado.
Para o senhor Albino, esta é uma boa medida. Assim, os pais podem trabalhar descansados, ir ao cinema, namorar e enfiar-se nos centros comerciais, enquanto os filhos ficam enclausurados entre quatro paredes, desafiando a paciência e a autoridade dos professores.
Ninguém contesta um modelo de sociedade e de economia que impede os pais de estar com os filhos antes das 20 horas.
A anomia e a anestesia deste Povo são tão grandes que poucos contestam uma sociedade que obriga as crianças a estarem 11 horas por dia na escola!Estou em crer que se quer fazer com as crianças aquilo que a economia já fez com muitos dos pais delas: embrutecê-las!
É provável que a Ministra ainda tenha tempo para anunciar a suprema das medidas, a mãe de todas as reformas da Educação: as escolas públicas irão passar a funcionar em regime de internato, oferecendo uma verdadeira "escola a tempo inteiro": 24 horas por dia de actividades lectivas, de enriquecimento curricular e de repouso.O senhor Albino ficará feliz e o Povo rejubilará. Os pais vão finalmente ver-se livres dos filhos: para sempre!
E os professores verão aprovado um novo e derradeiro estatuto: o estatuto de empregados domésticos dos pais!"
domingo, 17 de fevereiro de 2008
PROFESSORES EM LUTA NA EBI DE EIXO
TSUNAMI LEGISLATIVO DO MINISTÉRIO DA INDUCAÇÃO
ENTREVISTA DE SÓCRATES AO 4ª REPÚBLICA
Antes da entrevista do 1º Ministro à SIC, logo à noite, o 4R obteve uma entrevista exclusiva de Sócrates.Dividimo-la em duas partes: o passado e o futuro. Como é natural, apresentamos primeiramente a parte referente ao passado.
-Sr. 1º Ministro, desde que foi eleito, já teve duas derrotas eleitorais, mas mantém-se à frente nas sondagens. Como explica?
-Olhe, as Presidenciais. Escolheu M. Soares para Presidente e perdeu!...
-Confirma ter sido o responsável exclusivo pelos projectos da Guarda?
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-Falemos do futuro. O Programa Novas Oportunidades é para continuar?
-Naturalmente os de concentrar todas as maternidades numa mega Maternidade em Sines e todas as urgências numa mega Urgência na Ota, substituindo o aeroporto. É um propósito de que não abdicamos!…
-Mas vamos conseguir. O Governo é dinâmico e está a tomar medidas para fazer crescer as economias europeias. É a forma de criar emprego em Portugal.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
MANIFESTO PELA DIGNIDADE DA EDUCAÇÃO E DA PROFISSÃO
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Torna-se agora cada vez mais evidente que os professores deste país foram as cobaias de um ataque aos direitos laborais, segundo uma receita de efeitos garantidos: uma campanha inicial de difamação orquestrada com a cumplicidade de uma comunicação social subserviente, que visou justificar, no plano retórico e propagandístico, a redução sistemática de direitos no plano jurídico. Hoje é também óbvio que este programa teve como objectivo essencial a quebra do estatuto salarial dos professores, que passaram a trabalhar mais pelo mesmo dinheiro, que viram a progressão na carreira arbitrariamente interrompida, e que foram, desse modo, uma das principais fontes drenadas pelo governo para satisfazer a sua obsessão de combate ao défice.
Hostilizados por uma opinião pública intoxicada e impreparada para reconhecer aos docentes a relevância da sua profissão, desprovidos dos meios legais e materiais que lhes permitiriam dignificar o seu trabalho, é com fatalismo, entremeado por uma revolta surda, que os professores deste país encaram hoje o futuro mais próximo. Muitos consideram o Estatuto da Carreira Docente como um facto consumado, procurando adaptar-se-lhe o melhor possível. No entanto, as piores consequências desse Estatuto só agora começarão a revelar-se, e há sinais de que a ofensiva do governo contra os professores e contra a escola pública não chegou ainda ao fim:
Este ano vai ter início o processo de avaliação do desempenho, pautado pela burocratização extrema, por critérios arbitrários e insuficientemente justificados que poderão abrir a porta para acentuar o clima de divisão e a quebra de solidariedade entre os professores, para «ajustes de contas» adiados, para a perseguição aos profissionais que se desviem da ideologia pedagógica dominante, para a subordinação dos resultados dos alunos à demagogia ministerial do sucesso escolar compulsivo.
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Finalmente, o governo tem também a intenção de suprimir as nomeações definitivas para a grande maioria dos funcionários públicos, iniciativa que terá particular incidência numa classe docente cuja garantia de emprego já está, em muitos casos, consideravelmente ameaçada.
Tudo isto deveria impor, desde já, a mobilização dos professores e o abandono de uma postura de resignação. Não há processos legislativos irreversíveis. Por outro lado, não podemos esperar por uma simples mudança de ciclo eleitoral ou de legislatura para que o ataque à nossa condição profissional seja invertido. Ninguém, a não sermos nós, poderá lutar pelos nossos direitos.
Por tudo isto, e para contrariar a atitude cabisbaixa que impera entre a classe docente, consideramos importante lançar um conjunto de iniciativas, algumas delas faseadas, outras que poderão ser desenvolvidas em paralelo.
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Apoiar o movimento, que começa a surgir na blogosfera dedicada à nossa profissão, no sentido de se alargar o prazo de discussão do novo modelo de gestão escolar, e organizar nas escolas espaços de debate desse projecto-lei, tendo o cuidado de o situar no quadro mais geral dos constrangimentos legislativos a que hoje se encontra sujeita a nossa actividade profissional;
- Promover, nas diferentes escolas e nos agrupamentos de escolas, a discussão sobre as condições de aplicação do Decreto que regulamenta a avaliação de desempenho dos professores, tendo em conta a necessidade de se fixar critérios mínimos de rigor e de justiça nessa avaliação, e considerando que, se a avaliação dos alunos tem sido objecto de muita elucubração teórica, as escolas se preparam para avaliar os docentes sem ponderarem devidamente as dificuldades científicas e deontológicas que semelhante processo suscita;
- Encetar um processo de contestação do Estatuto da Carreira Docente nos tribunais portugueses e nas instâncias judiciais europeias, considerando que esse diploma atinge direitos que não são simplesmente corporativos, mas que constituem a base mínima da dignificação de qualquer actividade profissional.
- Pressionar os sindicatos para que estes retomem os canais de comunicação com os professores e efectuem um trabalho de proximidade junto destes, o qual passa pela deslocação regular dos seus representantes às escolas a fim de auscultar directamente os professores e de discutir com eles as iniciativas a desenvolver;
- Contactar jornalistas e opinion-makers que, em diferentes órgãos de comunicação, tenham mostrado compreensão pelas razões do descontentamento dos professores e apreensão perante o rumo do sistema de ensino em Portugal, no intuito de os incentivar a prosseguirem com a linha crítica das suas intervenções e de lhes fornecer informação sobre o que se passa nas escolas;
- Propor políticas educativas que se possam constituir em defesa de uma escola pública de qualidade, que não seja encarada como simples depósito de crianças e de adolescentes e como fábrica de «sucesso escolar» estatístico, políticas capazes de fornecer alternativas para as orientações globais do Ministério da Educação e para as reformas mais gravosas que o mesmo introduziu na nossa profissão.
FREDERICO DE MOURA E NOGUEIRA DE LEMOS - UMA AMIZADE ANTIGA, REFORÇADA PELA CIRURGIA ... FÁLICA!
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A ENTREVISTA MAIS CURTA DE SEMPRE - UMA SOLUÇÃO PARA O DESEMPREGO
A TRETA DA EDUCAÇÃO ... NUMA EDUCAÇÃO DE TRETA
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ARMANDO VARA, NÃO PRECISA DA VARA PARA SALTAR
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Ambos têm uma formação académica de alto gabarito, licenciados na Universidade Independente. E se Sócrates (socialista?) teve o brio de ver asua licenciatura passada a um DOMINGO, Armando Vara (socialista?) teve a sua licenciatura passada três dias antes de entrar como administrador da CaixaGeral de Depósitos. Agora está de volta ao sucesso. E aí está outra vez o transmontano a subir acorda a pulso socialista (?). Como tem saber e talento para tanta subida nãose sabe, mas que Armando Vara (socialista?) salta bem na dita que ninguém duvide.
Recordo este extracto de uma notícia do jornal Público, ainda deste ano: Ex-professor de Sócrates (socialista?) envolvido no projecto Morais, GEPI e construtora da Covilhã fizeram moradia de Armando Vara(socialista?) 20.04.2007 - 09h03 José António Cerejo , jornal PÚBLICO.
Armando Vara (socialista?), quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI ) e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto deMontemor-o-Novo.
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A arquitecta Ana Morais era à época casada com António José Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara (socialista?) entre Novembro de 1995 e Março de 1996. Nessa altura, recorde-se, foi nomeado director do GEPI por Armando Vara (socialista?) - cargo em que se manteve até Junho de 2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José Sócrates (socialista?) NUM DOMINGO, o título de licenciado em Engenharia pela UnI.
O BCP continua no bom caminho como se pode ver.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
O ESTATUTO DO ALUNO
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
A TORRENTE LEGISLATIVA DO MINISTÉRIO DA "INDUCAÇÃO"
Paulo Guinote
No entanto, julgo ser de senso comum que deveria existir algum cuidado na forma como se desenvolvem certos pacotes legislativos que enquadram actividades com calendários específicos. E também penso ser exigível uma mínima razoabilidade e exequibilidade no que se relaciona com os prazos previstos para que determinadas leis entrem em vigor.
A Educação é uma actividade que obedece a um calendário com características próprias a que se chama “ano lectivo”. Começa a 1 de Setembro de cada ano civil e não a 1 de Janeiro. Cada ano lectivo necessita de planeamento e preparação atempada. As Escolas e os agentes educativos ao prepararem cada ano lectivo devem estar na posse dos elementos mais relevantes para fazerem uma adequada planificação do seu trabalho, sendo que essa preocupação visa principalmente o sucesso escolar dos seus alunos. Em circunstâncias normais, seria de pensar que quando se preparam reformas legislativas na área da Educação os respectivos responsáveis políticos tivessem isso em atenção.
- Que divulgassem os diplomas em tempo útil e com um calendário que permitisse a sua aplicação nas melhores condições possíveis.
Infelizmente não é o que, em muitas circunstâncias, se passa e com este Governo e esta equipa no Ministério da Educação se tornou regra absoluta. Parece que nas Escolas se vive de acordo com o ano civil e Janeiro é o mês preferido para despejar leis, decretos, portarias, despachos e toda a restante panóplia de documentos menores (ofícios, circulares e ofícios-circulares). Sem um cuidado mínimo em esclarecer devidamente se existem períodos e regimes transitórios ou como é que se podem mudar regras quase a meio de um ano lectivo. Foi assim em 2007 com a publicação do Estatuto da Carreira Docente, que tinha implicações na assiduidade dos docentes, mas não só.
É assim este ano com uma verdadeira saraivada legislativa, já em letra de lei ou projecto, cobrindo áreas desde a avaliação dos docentes ao enquadramento dos alunos com necessidades educativas especiais, não esquecendo a proposta de alteração do regime jurídico da administração e gestão dos estabelecimentos de ensino não-superior. É absolutamente incompreensível que se legisle sem qualquer respeito pelo ritmo de funcionamento das escolas e pelo trabalho de alunos e professores. E que os pacotes legislativos se sucedam um pouco entre a estratégia do work in progress e a manta de retalhos.
Em termos muito concretos, os dois diplomas recentemente publicados (Decreto-Lei 3/2008 e Decreto Regulamentar 2/2008) na viragem do Ano Novo levantam imensas reservas em termos não apenas de forma como de conteúdo. Um cai nas Escolas, revogando o conhecido 319/91 sem especificar qualquer tipo de normas transitórias e prazos de aplicação. Alguém se esqueceu de colocar lá um artigozinho a explicar se todas as suas medidas são para aplicar já ou no próximo ano lectivo. O outro aparece com prazos perfeitamente aberrantes quanto à exequibilidade da sua aplicação na generalidade das escolas e agrupamentos.
Haverá nas Escolas e Agrupamentos a coragem para exercer o direito à resistência consagrado no artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, perante a falta de razoabilidade do que lhes é exigido pela tutela?
Será que o Conselho de Escolas, que foi criado a partir de cima, demonstrará a sua capacidade de representar efectivamente as Escolas?
Só que esta é uma questão demasiado importante para ser resolvida em duas ou três reuniões à porta fechada, sem efectiva discussão pública e sem que sejam demonstradas quer a necessidade de alteração do regime vigente, quer a efectiva bondade das propostas apresentadas como praticamente indiscutíveis.
- Desde logo a forma como desrespeita claramente a Lei de Bases do Sistema Educativo (artigos 46º e 48º) no que se relaciona com a composição e competências do futuro Conselho Geral.
- Em seguida o modo como pretende abafar o escrutínio público do projecto, apresentando o projecto a discussão por um curto período de tempo, coincidente com a tal torrente legislativa sobre as Escolas, diminuindo a capacidade de intervenção no debate de muitos dos potenciais interessados.
- Para além disso, o projecto proposto pelo Ministério da Educação é feito sem a apresentação de qualquer avaliação formal e rigorosa do regime em vigor e sem estudos que demonstrem a adequação das medidas agora propostas como obrigatórias e que antes eram facultativas. Pelo contrário, os resultados da avaliação externa das escolas realizada pela IGE indicam que a sua esmagadora maioria é bem ou muito bem gerida de acordo com os próprios parâmetros definidos pelo ME.
Era tempo de existir um mínimo de pudor e deixar que os seus destinos fossem definidos por quem tem dela uma mera visão instrumental ao serviço de uma construção estatística da realidade, ou melhor, de uma manipulação estatística da realidade.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
MANIFESTO: ESCOLA PÚBLICA PELA IGUALDADE E DEMOCRACIA
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
A ESCOLA QUE (INFELIZMENTE) TEMOS
Mas o futuro é risonho e é por tudo o que antecede que podemos compreender o insubstituível papel de duas figuras como José Mourinho e Luiz Felipe Scolari.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
UM PROJECTO DE DECRETO-LEI DE SARJETA - O NOJO E A VERGONHA
Das várias alterações propostas, algumas há tão graves – quer em si mesmas consideradas, pelo que revelam de falta de respeito e reconhecimento pelos professores e pelas suas funções docentes e pedagógicas, quer pelas consequências que inevitavelmente vão trazer à vida escolar do nosso país (tão vulnerável, tão fragilizada já por políticas educativas contraditórias, apressadas e insensatas) – que importa recusar com veemência e firmeza, de todos os modos possíveis.
Parecem-nos especialmente graves os pontos seguintes:
Conselho Geral:
Esta minoria para que são remetidos não corresponde ao papel que desempenham na escola – sem paralelo com qualquer outro – e reforça a sistemática desautorização e desrespeito pelo papel específico que lhes cabe, seja ele de natureza pedagógica ou científica, ou de ambas, como costuma ser. Do mesmo passo ignora-se a dignidade do estatuto do professor e subalterniza-se a sua função a interesses múltiplos verosimilmente presentes neste órgão todo-poderoso. Simbolicamente, a representação atribuída aos professores é eloquente quanto ao papel que, na Escola, a tutela lhes reserva.
Tão grave, ou mais grave ainda, o Presidente deste Conselho não pode ser um professor. Quanto a nós, deveria sê-lo, obrigatoriamente. Mas a tutela entendeu por bem vedar aos professores o acesso a este cargo. Não imaginamos que, expressamente, alguma vez de um documento legal constasse maior desconsideração pelos docentes. Esta desconfiança quanto aos professores – que perpassa por todo o documento – atinge aqui proporções inaceitáveis, e indicia a criação de uma escola à qual não gostaríamos de pertencer.
O Director, os Órgãos de Gestão Intermédia, o Conselho Pedagógico
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O Conselho Geral Transitório
Na composição deste órgão culmina a falta de respeito pelos professores e o desconhecimento – ou a ignorância – do que é a Escola e o seu funcionamento.
A este conselho cabem funções tão importantes como, por exemplo, a elaboração do Regulamento Interno que estabelece a composição dos vários órgãos da escola – aqueles que existem por força de lei e aqueles que são criados no âmbito da “autonomia” concedida aos estabelecimentos de ensino. Por outras palavras, a este órgão cabe redigir o documento “fundador da escola”, a partir do qual tudo o mais se organiza. Ora, justamente, dos vinte membros, apenas sete são professores. Representantes da autarquia são três (lembramos que com dificuldade a autarquia tem assegurado a participação esporádica de um elemento). Representantes da comunidade local são três. Que comunidade local é essa? Que interesses representa? Que vontade, que capacidade tem de participar neste conselho que vai “ criar” a escola onde, diariamente, professores e alunos desenvolvem o processo de ensino - aprendizagem? Os representantes dos pais são cinco, e apesar do respeito que nos merecem, parece-nos desproporcionado este número quando o comparamos com a representação dos docentes.
A composição deste conselho é uma afronta aos professores e o reconhecimento expresso de que, na escola, a sua voz é de importância relativa, a sua formação inútil, o seu papel secundário.
Rejeitando toda e qualquer acusação de corporativismo, afirmamos que os professores são profissionais que na escola têm o papel específico para o qual estão, ou devem estar, preparados: a eles cabe o desempenho das funções pedagógicas que lhes estão atribuídas, a leccionação das matérias curricularmente estabelecidas. Com os alunos, eles são o núcleo essencial da escola – sem eles, não há escola.
A comunidade educativa deve mobilizar-se para que os professores tenham condições para exercer as suas funções: tem direito a obter as informações que solicitar, pode pedir avaliações, deve exigir resultados, mas não pode assumir, em tempo algum, o papel exclusivo que cabe aos professores, como não o fará relativamente ao papel dos médicos, dos juízes, dos engenheiros…
O que o legislador pretende da escola não se depreende da leitura dos vários diplomas legais recentemente promulgados. Mas a verdade é que, sistematicamente, têm contribuído para a desmotivação, para o desânimo dos professores, sobretudo daqueles que mais respeitam a sua profissão. " Texto aprovado com 32 votos e uma abstenção.
Presenças de acordo com convocatória em anexo.
Aprovou-se igualmente que fosse enviado às seguintes personalidades / entidades:
Presidente da República - Primeiro-Ministro - Ministra da Educação - Presidente da Assembleia da República - Comissão de Educação da Assembleia da República - Conselho Nacional de Educação - Conselho de Escolas - Estabelecimentos de ensino público - Confap - Câmara Municipal de Lisboa - Meios de Comunicação Social - Fórum para a Liberdade de Educação
O JORNAL PÚBLICO E JOSÉ SÓCRATES
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Sabemos todos que o sr. ex-injenheiro José Sócrates muito gostaria de TAMBÉM controlar este jornal e inclui-lo no rol daqueles que são uns lacaios da sua máquina de propaganda. O sr. ex-injenheiro, licenciado com 16 valores a um domingo com 4 cadeiras (as mais difíceis) feitas com um único professor seu amigo numa Universidade privada (acabadinha de se fundar ... eheheh) já que na pública não passava de médias normais, e com fotocópias razuradas na Assembleia da República ... é um MENTIROSO.
Percebe-se portanto que também agora lance esta campanha contra o Público.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
OS PROJECTOS DE JOSÉ SÓCRATES
Não é motivo de riso por favor, já basta a desgraça de quem teve de lhe pagar para lá viver.
Quem mais não sabe, a mais não é obrigado. É óbvio !!!!!
Vê-se pela forma como projecta ... vê-se pela forma como desgoverna.